A Paragem do 18 no Cabeço Verde

Este Blog é muito abrangente e heterogéneo...Destina-se aos políticos,aos cidadãos normais,aos sócios do Benfica,aos apreciadores de jaquinzinhos fritos,aos funcionários públicos,aos adeptos do Sporting,aos que pagam impostos e aos que nem sabem o que isso é,aos ouvintes da Rádio Renascença,aos descontentes com a administração do condomínio,aos internautas que acham que Linux é a Liga Internacionalista para a União dos Xiitas,aos que gastam o tempo de trabalho a ler estas coisas,aos médicos ...

terça-feira, novembro 28, 2006

A GRANDE CONFUSÃO OU OS MISTÉRIOS COMPLICADOS NA “MARMITA” ( a nova designação do PS/Barreiro após o Congresso Nacional )


Meus caros Camaradas e Amigos, vou confidenciar-vos um assunto que há já algum tempo me está a fazer uma confusão dos diabos ( embora, por defeito e feitio o vosso Amigo Zé seja “per si” um sujeito assaz confuso e complicado. Todavia esta situação, pensamos, também confundirá e complicará a inteligência do mais comum dos mortais, concretamente a dos Militantes de base do Partido Socialista do Barreiro … )

Iremos referir-nos ( ainda ) às eleições de delegados ao último Congresso Nacional e, em sequência, aos elementos que foram eleitos para a Comissão Nacional do partido, incluindo alguns que ficaram em suplentes na lista desse órgão – lugares, também, de uma dignidade indiscutivel.

As eleições para delegados ao XV Congresso Nacional do Partido Socialista realizadas nos passados dias 27 e 28 de Outubro, nas três Secções do Concelho do Barreiro produziram os seguintes resultados:

Na Secção do Barreiro, a lista A, encabeçada por Madalena Alves Pereira, obteve 108 votos, elegendo 4 delegados: Madalena Alves Pereira, Juvenal Silvestre, Sofia Cabral e André Pinotes Batista.

A lista B, encabeçada por Alexandra Ruivo, obteve 64 votos que corresponderam à eleição da própria Alexandra Ruivo e do camarada Horácio Romano.

Na Secção do Lavradio, a Lista A, encabeçada pelo Camarada António Reguengos, obteve 86 votos, tendo elegido António Reguengos, Vítor Munhão e Ana Coelho.

Por outro lado, a lista B encabeçada pela camarada Ana Isabel Santos, obteve 54 votos, elegendo a sua cabeça de lista.

Nesta Secção houve 2 votos brancos e 3 nulos.

Na Secção dos Trabalhadores Socialistas da Autarquia do Barreiro, a Lista A – única - elegeu Cláudio Maurício Anaia delegado ao Congresso. Pelas informações que nos chegaram, eleito com uma maioria inequívoca dos votos dos Militantes da sua Secção e sem ter nenhum voto contra, branco ou nulo.

Todos estes Camaradas foram ao Congresso a Santarém, representando as suas Secções, exercendo com dignidade a sua militância no partido, consubstanciada nas despesas que tiveram de suportar na participação na Reunião Magna da Família Socialista – deslocações, combustível, portagens, alojamento, alimentação, a DÁDIVA DO SEU PRECIOSO TEMPO, prescindindo, mesmo alguns, durante três dias, das suas famílias.

Alguns fizeram intervenções verbais, que não foram, de todo, inferiores às demais intervenções que se ouviram no Congresso. Dignificaram com brio e galhardia os Militantes do Concelho do Barreiro !!!

Vejamos, agora, pelo que sabemos – pretendemos esclarecer que não tivemos acesso, ainda, às listas completas dos suplentes aos diversos órgãos - quem foram os Militantes do PS/Barreiro que foram eleitos/suplentes para a Comissão Nacional do partido:

Emídio Xavier, Eduardo Cabrita, Amílcar Romano e Ana Coelho.

Sendo que, Eduardo Cabrita é um elemento indefectível da quota do Secretário Geral, pertencendo já, inclusivamente, desde Domingo passado, à Comissão Política Nacional. Esta situação não tem qualquer discussão nem é sujeita a qualquer dúvida. Assunto arrumado.

Ana Coelho. Delegada eleita pela Secção do Lavradio. Cota legitima das mulheres, segundo os Estatutos. Tudo nos conformes. Nada a acrescentar. Os nossos sinceros parabéns a esta Camarada.

Amílcar Romano. Um dos suplentes na lista da CN. Não foi delegado ao Congresso.

Emídio Xavier. Apenas uma pergunta: como aparece este Militante na lista dos efectivos da C.N. ?

E o António Reguengos ? Em que lugar ficou nas listas nacionais do Partido, depois de ter obtido 86 votos na sua Secção ?

E a Alexandra Ruivo que obteve 64 votos na Secção do Barreiro, o que é obra ?

E os Camaradas Horácio Romano e Vítor Munhão, delegados inequivocamente eleitos nas suas Secções ?

E mesmo os Camaradas Juvenal Silvestre, Sofia Cabral e André Pinotes Batista, em que lista de órgão nacional figuram ? E o Claúdio Anaia ?

E a Camarada Ana Isabel Santos que obteve 54 votos na sua Secção e que, obviamente, também, sendo mulher, em que lista/órgão foi colocada ?

Será que todos estes Camaradas, mencionados nos cinco parágrafos anteriores, são apenas utilizados como carne p´ra canhão ?

Há alguém com inteligência acima da média, que possa dar uma explicação plausível sobre isto, para que cá o pacato Zé do Barreiro possa finalmente entender coisas tão complicadas e confusas ?

( Safa, só a formulação da pergunta é deveras complicada … Ah, mas todos sabem que o Zé é um tipo absolutamente complicado e por isso tem desculpa ).

Nada, mas mesmo nada, de pessoal, nos move contra o EX ou o AR, mas não será por causa destas e de outras situações semelhantes que, segundo o comentário do “Inigmático”, a “MARMITA” se está a transformar rapidamente numa PANELA DE PRESSÃO que irá explodir a qualquer momento, quanto menos se espera ?


Ou como alguém escreveu num comentário recente:
“Amigo Zé:
Tenho um assunto que promete ser bombástico!
Confidenciaram-me que há camaradas que já andam com algumas dores de cabeça!
Há quem diga que tem a ver com as fidelidades, e conta-se que o JPL dos fidalguinhos é que sabe!!!!
Após a publicação deste post, darei mais pormenores!!!!!
Até breve”


Até breve, Amigos e Camaradas, também digo eu.

Zé do Barreiro.


Ps: Mas não se esqueçam de responder às perguntas deste Post. Era importantíssimo conhecer as vossas respostas e opiniões.

sexta-feira, novembro 24, 2006

UMA OUTRA OPINIÃO – POÉTICA ? LÍRICA ? FICTÍCIA ? - DE ALGUÉM QUE ESTEVE NO CONGRESSO DO P.S.
















Alguns dias antes do dia 10 de Novembro de 2006, recebi um convite para ir ao Congresso. Confesso que fiquei bastante satisfeito porque, pela primeira vez desde que sou militante, era tratado por V. Exa.

Ainda que não fosse só por isso, entendi que devia fazer das tripas coração e comparecer à chamada. Era o meu Partido que me convidava !!!

Então no Sábado meti os pés a caminho.

Entrei pelo Norte de Santarém, pela estrada nacional, e não vi nenhuma indicação alusiva ao local do Congresso. Vi, sim, uns pórticos vermelhos que me diziam que Santarém era terra de liberdade. Nestes tempos conturbados, pensei logo que devia ser por ter sido libertada por D. Afonso Henriques. Estava enganado: no Congresso um camarada esclareceu quem o ouviu, entre os quais, eu, que assim era porque ali havia nascido o valoroso jovem capitão democrata Salgueiro Maia.

Não soube de quem partiu a iniciativa, mas acho que foi uma oportuna e justa homenagem.

O local do Congresso era um enorme edifício destinado de raiz a Centro de Exposições. O edifício está implantado nos limites Sul da cidade e num local ermo, onde em volta cabiam milhares de automóveis. Apresentei-me à porta de entrada do edifício, armado de convite na mão, pronto a mostrar quanto vale ser militante e, para meu espanto e frustração, ninguém me pediu nada.

Afinal a entrada era franca para militantes, simpatizantes, anti - simpatizantes e até adversários partidários ...

Nos átrios, exterior e interior, juntavam-se pessoas, aos magotes, que conversavam animadamente. Foi por aqui que encontrei os primeiros camaradas conhecidos, que logo me informaram que tudo estava a correr muito bem.

O interior do edifício dividia-se em três espaços: o palco que era ocupado por duas mesas e um púlpito ao centro; uma plateia onde estavam instalados e unidos os 1700 delegados e três anfiteatros circundantes destinados a quem para lá quisesse ir.

Foi aqui que me sentei. Numa das mesas referidas, sentavam-se os dirigentes do Partido, designadamente os camaradas Presidente e Secretário-Geral, e na outra elementos da COC.

O púlpito destinava-se aos delegados oradores de três minutos, com condescendências ...

A este propósito, o ilustre camarada Presidente, com o fino humor que se lhe reconhece, confessou que já não tinha idade para ser mau. Do seu passado e das suas quase memórias ressalta que nunca o foi.
O Partido estava matematicamente super bem representado: se 5 milhões elegem 230 deputados (0,0046 %), no Partido 26.389 militantes elegeram 1.512 delegados (5,73 %). Se entendermos que os militantes escolhem entre si os melhores para delegados, é de concluir que, qualitativamente, os delegados eram a nata da nata dos militantes.

Os oradores foram-se sucedendo: ora um alto dirigente do Partido, ora um, sem dúvida, emérito delegado, de quem nunca tinha ouvido falar.

Os dirigentes proclamavam a excelência das orientações e das medidas necessárias e impopulares do Governo e traçavam o rumo da União Europeia; os eméritos militantes delegados entre outras lamentações verberaram as discriminações salariais em função do género, a reduzida participação das mulheres na vida política e mais e mais... Para felicidade geral, enquanto assisti, as vozes de uns fizeram perfeita alternância com as dos outros.

Cada orador disse o que lhe ia na alma em plena liberdade e podendo transgredir todas as proibições. E alguns o fizeram. Existiram momentos de muita emoção, de grande comoção e também outros de humor e divertimento. Uma verdadeira catarse em que todas as perturbações psíquicas foram eliminadas graças à superação emocional devida à rememoração dos penosos factos passados e presentes.

Todos juntos éramos muitos. Poucos ou nenhuns antes de irem sabiam ao certo ao que iam. O ambiente era sereno e ordeiro. A camaradagem afastava para longe a solidão. Estávamos todos reunidos animados do mesmo ideal. Viam-se homens, mulheres e até crianças que debutavam na política. Esqueceram-se as desigualdades.

O Congresso foi uma festa. Foi uma festa de um Partido inteiro. A festa trouxe consigo a unidade.

Quando, no Domingo, o nosso camarada Secretário-Geral e Primeiro-Ministro de Portugal encerrou, em apoteose, o Congresso com um forte e brilhante discurso, todos os presentes, com uma excepção notada, aplaudiram cheios de entusiasmo, de compreensão, de espírito de sacrifício, de confiança num futuro melhor e de ilimitada esperança.

Daqui a dois anos há outro Congresso.


Pergunto: este Camarada e amigo esteve no XV Congresso Nacional do PS ou nalgum paraíso, por exemplo, nas Seicheles, embalado por alguma sereia que o deixou a sonhar durante esses três dias ?

Ah, já sei. O meu amigo estava a ser irónico …

Chiça !!! Não sabe quanto aliviado fiquei, já pensava que estava a ficar xoné !!!


Bom fim de semana,

Zé do Barreiro ( num exercício de total transfiguração. Ou de esquizofrenia ? )

quarta-feira, novembro 22, 2006

COISAS ( E LOISAS ) PASSADAS NO XV CONGRESSO NACIONAL DO P.S. - QUE FICAM PARA MEMÓRIA FUTURA - O meu Amigo Paulo Pedroso.



No PS, para além de José Sócrates, António Costa e Silva Pereira, também manda no aparelho um jovem de bom aspecto chamado Marcos Perestrello, lançado do total anonimato para a ribalta por António Costa e secretariado por Capoulas dos Santos.

Foi ele, se não estamos em erro, quem organizou o Congresso de Santarém e que, juntamente com José Manuel dos Santos e o cineasta Barroso, preparou o filme apresentado na abertura do Congresso – no tempo em que o partido era vivo, ERA PARTIDO - para presentear os congressistas.

Segundo o Expresso, Marcos Perestrello e respectivo secretário mostraram-se muito incomodados por Paulo Pedroso ter chamado a atenção da organização do congresso - deles, portanto - para o facto do Secretário Geral do partido o ter convidado para a Comissão Nacional e de, afinal, o nome do ex-ministro de António Guterres não aparecer na lista.

Com o emproamento de quem sabe, pode e manda, Perestrello garantiu que o nome de Pedroso "nunca esteve na lista e nunca foi pedido a ninguém que recolhesse a assinatura dele".

Verdade ou mentira, o certo é que o líder se viu forçado a convidar Pedroso para a Comissão Nacional, tal como o ministro Luís Amado que, como aristocrata da política e não do aparelhismo, foi esquecido pelos caciques de serviço.

No lugar de Pedroso, ou mesmo de Amado, eu não teria aceite nada de gente desta natureza. Paulo Pedroso tem legítimas expectativas e ambição política que manifestamente não cabem na lógica "socrática" em vigor.

Isto não tanto por causa de Sócrates, mas mais por causa da nomenclatura que o rodeia.

Pedroso foi bom enquanto durou. O tempo e circunstâncias desagradáveis fizeram dele uma peça incómoda num partido onde reina a paz dos cemitérios ( ou a paz podre ).
Ao aceitar fazer parte da Comissão Nacional do P.S., nestas condições, Paulo Pedroso só se diminuiria inutilmente.

Já que estará muito em breve, mas mesmo muito brevemente como Deputado na Assembleia da República, pelo circulo de Setúbal, onde poderá intervir e tornar a ser visível politicamente …

Tal como João Soares, António José Seguro e Ana Gomes, não tinham necessidade, acrescentamos nós …

Digam lá se, mesmo levemente … muito levemente … só a roçar … , estas situações não fazem lembrar a corte de Luís XIV ?

Até amanhã,

Zé do Barreiro.

sábado, novembro 18, 2006

AINDA NA “RESSACA” DO CONGRESSO DO P.S. … GASTANDO OS ÚLTIMOS CARTUCHOS …



Hoje, Domingo, faz precisamente uma semana que terminou o XV Congresso Nacional do Partido Socialista.

De hoje precisamente a uma semana, Domingo, reúne a Comissão Nacional, na sua primeira reunião pós Congresso, para segundo os Estatutos do Partido, eleger a Comissão Política Nacional que por sua vez reunirá de imediato para eleger os 11 membros do Secretariado Nacional.

Como, no nosso entendimento, ainda estamos em pleno período de “ressaca”/ rescaldo do Congresso e, também, como na nossa humilde opinião, a partir de Domingo que vem, irá ficar tudo rigorosamente na mesma no funcionamento interno do Partido e no que respeita ao relacionamento com as suas bases, aproveitamos para publicar um último texto sobre alguns acontecimentos que se passaram no decorrer da Reunião Magna da Família Socialista.

Para a vossa análise e retirada de conclusões, apresentamos uma breve resenha do que ficou deste Congresso …

1. Ficou uma micro-minoria de delegados que não votaram favoravelmente a Moção do Secretário Geral – 6 abstenções e 1 voto contra.

2. Ficou a votação na Moção da Helena Roseta e do José Leitão que levaram para o Congresso 11 delegados eleitos e acabaram por ter 36 votos no Documento.

3. Ficou a sensação – pelo resultado das votações secretas realizadas: 700 abstenções; vários votos brancos e vários votos nulos – que a Helena Roseta e os delegados eleitos e demais apoiantes da sua Moção, poderiam e deveriam apresentar uma lista à Comissão Nacional, cujo resultado seria uma grande surpresa …

4. Ficaram grandes salvas de palmas consoante o nome e a importância de certos oradores e as palavras que proferiram.

5. Ficaram algumas Moções Sectoriais e algumas intervenções com algumas dicas quase envergonhadas de chamada de atenção, quer para a acção governativa, quer para a organização interna do PS ( Eleições Primárias ), quer para o próprio Congresso ( suas regras e práticas ).

6. Ficou um programa e os horários que não foram cumpridos (no Sábado os trabalhos começaram 1 hora mais tarde).

7. Ficou – e esta é preocupante existir no Partido Socialista - que as Moções Sectoriais, com a exigência de pelo menos 20 delegados subscritores, cuja apresentação se deveria seguir às Moções de Estratégia e de Orientação Política Nacional, não foram apresentadas NEM DISCUTIDAS !!!

8. Ficou que os apresentadores das Moções Sectoriais ( se foram perspicazes e entregaram a tempo o papel de 'Peço a Palavra' ) tiveram o mesmo tempo, 3 minutos, para falar que os restantes delegados que não apresentaram moções ao Congresso.

9. Ficou que o “alinhamento” ou ordenação dos pedidos para falar foi feito de forma não cronológica - não pela sequência da sua ordem de entrega à mesa - tendo sido introduzidos na longa fila de espera muitos “mediáticos” – “barões” e amigos - de que resultou alguns delegados só serem chamados ao fim da noite para fazerem a sua intervenção, quando tinham sido dos primeiros a inscrever-se.

10. Ficou que a certa altura - às 19:00 h, em vez das programadas 22:00h - e no meio das muitas intervenções ainda por fazer, estas são interrompidas para a Mesa apresentar uma proposta de votação para mandatar a Comissão Política para fazer «Alterações Estatutárias» !!! Note-se que, embora estivesse plasmado no programa distribuído no 1º dia, as Alterações Estatutárias não estavam previstas tendo até sido esse tema “desincentivado” da discussão pelo Secretário Geral, como insistentemente divulgado da comunicação social.

11. Ficou que - e pasme-se ( ou talvez não) - que esta proposta é aprovada e quase por unanimidade - com 10 heróicos votos contra. Já que os Delegados ( que não foram mandatados para tal ) dão, assim, “carta branca” a este órgão para actuar como bem entender numa matéria tão importante como são as alterações estatutárias do PS !!!

Até que ponto estas situações são “normais” ( comportamentos “típicos” portugueses) ou são aproveitamentos intencionais ( manipulação consciente )?

Em qualquer das opções exemplificam a falta de respeito, falta de ética e falta de igualdade de tratamento – violação clara de princípios e regras estatutárias - por parte da Mesa e da C.O.C. para com os delegados a este Congresso.

Por outro lado, a aceitação destas situações pelos delegados, sem serem sequer questionadas, revela mais uma vez que a maioria dos delegados apenas se representam a si próprio e aos seus interesses pessoais.

É um défice de Democracia interna no PS que urge alterar rapidamente.

Ou será que, aos poucos, vai deixar de existir Ética, Transparência, Democracia e Socialismo no interior do PS ?

Pois bem, meus Amigos e Camaradas, foi isto – numa breve resenha - que ficou do XV Congresso do Partido Socialista e que quisemos aqui publicar, PARA MEMÓRIA FUTURA !!!

Zé do Barreiro.

A ESQUIZOFRENIA DE SÓCRATES


Digam lá se é ou não verdade.

Um dia José Sócrates é um reformador ambicioso, enfrenta corporações, desafia sindicatos, proclama vitórias, trata com paternalismo a oposição. Noutro José Sócrates é um socialista moderno, vem salvar o Estado-Providência, ataca Jardim, desconfia da banca.

Noutro também, José Sócrates é um político pós-moderno a quem as contradições não atormentam e a linguagem do pragmatismo seduz. Com isto não há acordo possível. A ideia da esquerda é que José Sócrates se transformou num neoliberal de direita, a ideia da direita é que José Sócrates está prisioneiro da esquerda. Que José Sócrates seja visto de forma diferente por pessoas diferentes, não admira. Mas todos ficamos confusos. Ninguém o vê como um dos seus. José Sócrates está, provavelmente, sozinho.

Mas não está. O PS, sem nenhum alvoroço, rendeu-se diligentemente a José Sócrates. Os críticos são superficiais e residuais. O PS também tem uma ideia de José Sócrates. Percebeu que José Sócrates lhe garante dois preciosos bens políticos: persistência no poder e respeitabilidade tecnocrática.

Eu disse que também tinha uma ideia de José Sócrates:

José Sócrates é um bom tecnocrata. Até é possível gostar dele. Mas precisávamos de um bom político…

Freud explicará isto
?

terça-feira, novembro 14, 2006

O QUE SE PASSA NO MEU PARTIDO SOCIALISTA ? Serão os sinais dos tempos ?




No rescaldo final que pretendo fazer sobre o Congresso Nacional do Partido Socialista, lanço - para quem de direito – algumas questões que me deixam enormemente preocupado.

Mas mesmo enormemente preocupado !!!

Assim, por aquilo que acompanhei e constatei durante o ultimo fim de semana, entendo que algo de muito grave se passa no interior do PS, fenómeno que não consigo entender nem encontrar qualquer explicação plausível para tal.

Claro fica que esse problema é totalmente meu.

Vejamos:

# Como é possível José Sócrates ter sido reeleito com 96,8% dos votos dos Militantes Socialistas?

# Como pode ser possível que Militantes do partido, que são professores, e que foram delegados ao Congresso, que ainda há dias rumaram a Lisboa para participar nas manifestações de protesto contra as actuais políticas da Ministra da Educação, batessem palmas a todas as intervenções proferidas por José Sócrates e votassem a favor da sua Moção ?

# Como pode ser possível que Militantes do partido, que são médicos conceituados, com assento no Congresso, que no passado mês de Outubro, na Convenção da Ordem dos Médicos que se realizou no Centro Cultural e de Congressos em Aveiro, se indignaram duramente contra as actuais políticas da saúde, e inclusivamente o manifestaram na presença de Correia de Campos, actual Ministro da Saúde, tivessem aplaudido todas as intervenções proferidas por José Sócrates e votassem a favor da sua Moção ?

# Devido ao exposto nas duas perguntas anteriores, como é possível que a moção de José Sócrates tenha sido aprovada com apenas 1 voto contra de Helena Roseta, e apenas 6 abstenções ?

# Porque motivo se ausentavam da sala as vozes gritantes da discórdia, dentro do seio do PS, sempre que havia lugar a votações?

# Qual a justificação de, em três dias de Congresso, Manuel Alegre só tivesse aparecido apenas num só dia, embora tivesse feito uma intervenção espectacular ?

# Não querer assistir à morte do seu PS que sempre foi de esquerda e, por consequência, à morte do socialismo democrático ?

# Porque é que os Militantes em Congresso tudo aplaudiam, apesar das convicções contrárias de muitos fora daquela sala e das suas adversidades políticas públicas com o próprio rumo que José Sócrates vai impondo no Governo, algumas delas já alteradas e diferentes daquelas que o Partido Socialista levou para a campanha eleitoral ?

É pena que a massa humana seja tão frágil, tão dependente, tão pouco corajosa, tão deslumbrada com o bem-estar do poder. Ficou a perder o Partido Socialista, que com toda a certeza continuará a viver os seus dias numa podre unanimidade.

Ficou a perder o País, que continuará a viver num vazio de protestos, de inconformismos, de lutas inglórias, enfim, de mais sofrimentos.

Mas nós sabemos que o engano também é como o azeite, mais tarde ou mais cedo virá ao de acima e que a verdade, essa impõe-se naturalmente à ilusão, e nessa altura vermos aquele que realmente vencerá.

Tal como já dizia António Aleixo: «Vós que de lá do vosso império prometeis um mundo novo, calai-vos que pode o povo querer um mundo novo a sério».

E se isso acontecer, o PS, nessa altura, terá muito pouco ou nenhum campo de manobra para poder corrigir a situação …

Algo se passa, realmente, no seio do histórico e credível Partido Socialista – o meu partido de sempre - e algo de muito grave.


Zé do Barreiro.


Ps: Ah, só para que conste: das 65 fotografias tiradas no Congresso, da responsabilidade de dois fotógrafos oficiais, somente 3 - SOMENTE TRÊS - são de Militantes de base do partido. ELUCIDATIVO, NÃO É ? Vão já ao site do PS verificar …

Claro que é assunto sem nenhuma importância para o País, mas …

segunda-feira, novembro 13, 2006

MAIS UM CONGRESSO NACIONAL DO PS CHEGOU AO FIM. APENAS MAIS UM. OUTROS SE SEGUIRÃO. ROTINEIRAMENTE …


Mais um Congresso Nacional chegou ao fim. Obedecendo implacavelmente à rotina …

Canta-se o Hino. Apagam-se as luzes da ribalta. Enrolam-se as passadeiras. Desarmam-se as prateleiras ( perdão, aquilo a que chamaram mesas para os delegados pousarem os cotovelos ). Sacode-se o pó dos tapetes. Despedem-se os camaradas com um “ até daqui a dois anos” ( pois, pois … porque a malta só se torna a ver quando houverem eleições para o CN …). Pagam-se as contas do hotel. Avança-se para a A1. E … ala que se faz tarde, regresso a casa.

Uns de papo feito e peito cheio por terem sido eleitos - escolhidos, nomeados, preferidos pelos mais altos dirigentes Concelhios, Distritais e Nacionais do partido, grande honra – para os órgãos nacionais, outros nem por isso …

É verdade mesmo. O Congresso acabou e – como acontece quando terminam todos os outros Congressos do Partido, quer Nacionais, quer Distritais - após os discursos, elaboração de listas, votações, eleição dos vários órgãos, realização da primeira Comissão Nacional para a eleição e tomada de posse dos restantes órgãos nacionais, após tudo isso, irá continuar, rigorosamente, tudo na mesma.

Neste Congresso Nacional, o Camarada José Sócrates foi o candidato único a Secretário-Geral e os Socialistas terão de o respeitar e aceitar durante os próximos dois anos como líder do partido.

Porque como se diz habitualmente nestas situações, é o Secretário Geral de TODOS os Socialistas.

Após terem passado os dois últimos anos, José Sócrates continua a não me convencer como sendo o melhor líder para o PS.

Não é o melhor líder para o PS, faço questão de repetir, porque é do partido e só do partido que me estou a referir neste Post.

Por isso e pela primeira vez, em 23 anos, não fui votar nestas eleições internas.

Foi esta a minha opção de escolha.

Camarada José Sócrates, a minha opinião vale o que vale, o senhor obviamente que lhe dará pouca ou nenhuma importância claro, mas pretendo dizer-lhe com toda a convicção:

O senhor durante estes dois anos de mandato irá borrifar-se – como sempre o fez – para os Militantes de base do nosso Partido. Quero deixar isto muito claro.

No entanto arrisco fazer-lhe um desafio:

TENHA A CORAGEM DE ME DESMENTIR, CAMARADA JOSÉ SÓCRATES, TENHA A CORAGEM DE ME PROVAR QUE ESTOU ERRADO.

Tem os próximos dois anos para o fazer … Tem os próximos dois anos para provar o contrário.

Já agora, quando é que vem ao Barreiro para conviver e estar com os seus Camaradas deste Concelho tão especial como difícil eleitoralmente ?

Ou é somente quando há eleições para Congressos que vem ao Distrito ?

Ao Distrito ? Perdão, ao Parque das Nações !!!

Muitas coisas há para alterar, Camarada José Sócrates, muitas coisas há para alterar no relacionamento com os Militantes de base do partido …

Muitas felicidades e saudações Socialistas,

Zé do Barreiro.

domingo, novembro 12, 2006

SESSÃO DE ENCERRAMENTO DO CONGRESSO NACIONAL DO PARTIDO SOCIALISTA




SEM COMENTÁRIOS !!!

sábado, novembro 11, 2006

O CONGRESSO NACIONAL DO PARTIDO SOCIALISTA – Helena Roseta e José Leitão deram o mote, outros irão continuar … - Reflexão XII





















Helena Roseta e José Leitão deram o mote e ainda a procissão – do Congresso – ainda vai no adro …

Nós recusamo-nos a pertencer a este rebanho (quase) absolutamente domesticado …

Dêem - lhes sem dó nem piedade, estão no local certo, corajosos Camaradas !!! Sejam implacáveis !!!


EM CIMA DO ACONTECIMENTO:

Helena Roseta quer que Sócrates ouça mais os militantes e que PS legisle a despenalização do aborto se o ‘sim’ ganhar sem carácter vinculativo.

«Só serão compreendidas as medidas diferentes daquilo que prometemos se as razões para essa diferença forem justas e isso implica que sejam discutidas livremente no seio do PS».

O aviso foi deixado hoje por Helena Roseta, no Congresso do PS em Santarém, que sustentou que os socialistas têm que ser «implacáveis e humildes» na sua própria auto-avaliação.

A ex-deputada, que apresentou a sua moção de estratégia global, queixou-se do funcionamento interno do partido e das reais dificuldades de participação dos militantes: «Não nos colem etiquetas de críticos sempre que fazemos uma pergunta».

Pegando nas palavras de José Sócrates, Roseta defendeu que «não haverá esquerda moderna sem a componente de cidadania activa».

A bastonária da Ordem dos Arquitectos, que tinha prometido falar sobre as últimas presidenciais, fez apenas, a esse propósito, um pedido. «Por favor, não voltem a escolher candidatos sem ouvir os militantes», disse, referindo-se ao facto de ter havido dois candidatos presidenciais da área do PS, Mário Soares e Manuel Alegre.

Sobre o referendo sobre a despenalização do aborto, Roseta pediu que o grupo parlamentar aprove no Parlamento essa despenalização, caso ganhe o ‘sim’ em refendo, mas sem carácter vinculativo. «Não vamos ficar mais quatro ou oito anos à espera não se sabe de quê», disse.

A dirigente socialista Helena Roseta propôs hoje que o PS despenalize o aborto até às 10 semanas de gravidez mesmo se o «não» ganhar o referendo, caso este não tenha a participação da maioria dos eleitores.

«Se o resultado do referendo não for vinculativo, quer para um lado ou para o outro, proponho que o grupo parlamentar do PS assuma a responsabilidade de mudar a lei», declarou a ex-deputada, no congresso socialista de Santarém, recebendo palmas.

«Não vamos ficar mais quatro anos ou mais oito anos à espera não se sabe do quê. Vamos para a frente, temos maioria«, reforçou Roseta que, em conjunto com José Leitão, é a primeira subscritora da moção global ao congresso «Solidariedade e Cidadania».

Helena Roseta, apoiante das candidaturas de Manuel Alegre à liderança do PS em 2004 e às presidenciais deste ano, congratulou-se que o partido tenha agora uma posição oficial a favor da despenalização do aborto, ao contrário do que sucedeu no referendo de 1998, não vinculativo, em que o «não» venceu por escassa margem.
José Leitão discursou a seguir a Roseta, destacando o empenho de «milhares de militantes» em sindicatos ou movimentos cívicos espalhados por todo o país, que «sentem de forma mais intensa os sinais dos cidadãos sobre as políticas do Governo».

José Leitão mostrou-se preocupado com a «ausência de uma estratégia no que respeita à reforma da Administração Pública», considerando que «o corte da despesa devia estar sujeito a uma avaliação política global» prévia do PS sobre o «papel do Estado» nas sociedades actuais.

«Não faz sentido cortar só por cortar», até porque a «classe média e os trabalhadores em geral esperam mais serviços do Estado e não menos», afirmou, apelando aos socialistas para não serem «insensíveis aos sinais de crispação» de «sectores que são habitualmente a base de apoio» do partido.

«Muitas das ditas corporações nada mais são que grupos sociais que temos de associar às nossas políticas reformistas», sustentou José Leitão, que lamentou também não serem discutidas na reunião magna dos socialistas as alterações estatutárias do partido.


Vamos continuar por aqui … muito atentos e na expectativa …

Zé do Barreiro.

sexta-feira, novembro 10, 2006

O CONGRESSO NACIONAL DO PARTIDO SOCIALISTA – Começa hoje. E a expectativa é enorme … - Reflexão XI
























Chegou, finalmente, o dia do inicio do XV Congresso Nacional do Partido Socialista !!!

Aguardado com muita expectativa … pelos … pelos … (grande expectativa) … é pá Zé, desembucha. Diz lá por quem, homem.

Pelos … MILITANTES DO PARTIDO SOCIALISTA.

Porquê ? Perguntarão.

Bom, é sabido publicamente que o Secretário-Geral do partido, Camarada José Sócrates, através da sua Moção, já deu indicações claras de que o Congresso deve focar os seus trabalhos para o País e não para questões internas, e já o afirmou peremptoriamente mais que uma vez.

Talvez por isso só depois da Reunião Magna da Família Socialista se avance para o debate da revisão dos Estatutos.

Mas já há uma linha de orientação. Além da extinção da Comissão Permanente, José Sócrates quer acabar com “as micro-secções” e racionalizar recursos. E qual é o universo?

O dirigente Nacional, responsável pela organização do partido, Camarada Marcos Perestrello, apenas recorda que, estatutariamente, actualmente o mínimo de militantes para formar uma secção é de 15.

Este número sofrerá alterações. Haverá mecanismos de adaptação, pois não se pode comparar a dimensão de uma Secção de Lisboa com uma do Interior. Só na capital, há 17. E a nível nacional rondará as 800.

Mas o processo só será discutido depois do Congresso. O que é uma pena !!!

Como será inequivocamente lamentável que não se aborde no Congresso situações como esta que tomámos recentemente conhecimento:

« Camaradas, sou militante do PS, da concelhia de Vila Nova de Famalicão (distrito de Braga) e vou denunciar o clima de terror e falta de democracia existente no PS neste momento venho relatar o meu caso e o de várias colegas da concelhia de Vila Nova de Famalicão que foram expulsos e suspensos.

Tínhamos uma Comissão política concelhia liderada por uma mulher que face a diversas traições por parte dos barões do partido foi forçada a demitir-se numa reunião que nada teve de bonito. Foi nomeada uma Comissão instaladora que o melhor que fez foi apresentar Presidentes de Junta e outros desconhecidos e amigos que fizeram com que o PS tivesse uma vergonhosa derrota em Famalicão.

Após as autárquicas de 2005 a Comissão de Gestão que geria os destinos da concelhia de Vila Nova Famalicão, face ao desaire eleitoral onde perdemos quase todas as juntas de freguesia e a Câmara Municipal, demitiu-se.

A distrital e a concelhia prometeram que haveria eleições para a comissão politica concelhia e foi marcada a data de 18 de Dezembro 2005 para o efeito. Enviadas convocatórias a todos os militantes. Apresentaram-se duas listas a sufrágio: uma encabeçada por N.S. (Lista B), militante afecto ao Dr. F.M. e outra a F.S. (Lista A).

Apresentadas as listas e porque a distrital e a concelhia tiveram conhecimento que os militantes estavam em massa a pagar as quotas resolveram dizer que a lista A (do candidato F.S.) não cumpria as quotas femininas, (à data) nada nos estatutos do partido obrigava a isso, somente sugeria.

Então a distrital liderada por J.B. e influenciada por F.M., resolveu no dia 17 de Dezembro adiar as eleições para 18 de Fevereiro 2006.

O adiamento foi comunicado aos militantes por um edital afixado na porta da sede no dia 18 de Dezembro e que muitos não chegaram a ver. Claro que os amigos foram avisados por ‘sms’ que poderia ser de qualquer pessoa, só passados alguns dias é que recebemos em casa o adiamento das eleições.

Um grupo de militantes descontentes com a falta de democracia, ética, etc., resolveram avançar com as eleições, no estipulado dia 18 de Dezembro, tendo para o efeito contratado um notário e alugado uma roulotte e fizeram-se as eleições á porta da sede, que estava fechada e não foi aberta, nem ninguém disse que as eleições eram ilegais, nomeadamente o Dr. M., Dr. S. O., Eng. J. B., etc.

Apresentaram-se a sufrágio cerca de 700 pessoas, onde a lista ‘B’ obteve cerca de 40 votos e a lista ‘A’ 647 votos. Todo o acto foi legitimado pelo notário e teve testemunhas a fiscalizar. A Comissão de gestão, que se tinha demitido em Outubro, assume como por milagre, novamente funções, vem a terreno e faz processos disciplinares a alguns militantes, que envia para a distrital e para a nacional.

Após uma atribulada “novela” em que os militantes de base, 3 mulheres e um homem, não recebem os processos e a distrital diz que receberam e outras coisas parecidas foram suspensas 3 militantes e o quarto demite-se. Os outros 2 militantes, como pertenciam aos órgãos distritais, o seu processo foi para a nacional (não sei se alguma vez chegou lá).

Neste entretanto estamos em Fevereiro de 2006 e a lista ‘A’ encabeçada por F.S. é impedida pela distrital de ir a sufrágio e a lista ‘B’ de N.S. ou melhor de F.M. vai sozinha a votos e ganha, sem que os apoiantes da lista ‘A’ se apresentem na sede. Enquanto decorriam os processos disciplinares há as eleições para a Federação distrital de Braga a 16 de Abril de 2006, onde eu e os outros colegas integramos uma lista de delegados ao Congresso (distrital), contra uma outra liderada pelo Dr. F. M..

Participamos, votamos e ganhamos á lista encabeçada por F.M. sendo eleitos delegados todos aqueles que tinham a decorrer processos disciplinares, pois ninguém impediu ninguém nem de votar nem de fazer parte da lista.

Como ganhamos foi enviado um fax, pela distrital de Braga, em 05 de Maio, para o candidato que apoiávamos (J.R.), a dizer que tinha que nos substituir pois alguns dos delegados eleitos estavam preventivamente suspensos desde 22 de Março de 2006, o que ninguém sabia pois nunca houve qualquer comunicação aos militantes, - até se pensava que o caso tinha ficado por conversa e não fora adiante.

Poderão os camaradas imaginar a revolta de 3 militantes a chegar ao congresso, em Cabeceiras de Basto, e terem conhecimento que tinham sido afastados?

O congresso distrital decorreu num clima de crispação.

Após o congresso os processos disciplinares agilizaram-se e duas militantes tiveram 8 meses de suspensão, uma 10 meses e dois foram expulsos do partido. Se bem que duas militantes ainda não conheçam a decisão final pois todo o processo anda de acordo com as vontades da concelhia e da distrital de Braga.

Neste processo todos os intervenientes nas eleições de 18 de Dezembro estiveram serenos a pensar que haveria justiça e não se pronunciaram, nem fizeram ondas. Entretanto, 3 simpatizantes do PS que tinham apoiado a lista do PS á Junta de freguesia de Delães, a única que se conseguiu “roubar” ao PSD, resolvem filiar-se no PS.

Pasme-se … a concelhia manda a informação á nacional que não podia aceitar a filiação pois não conhecia as convicções políticas das militantes que se propuseram.

Chega o Congresso Nacional e são preparadas 2 listas de delegados apoiantes de José Sócrates, entretanto e como vinha sendo hábito, a nacional numa acta que não continha qualquer assinatura, expulsa dois camaradas: D.S. e F.S..

Em solidariedade, o subscritor da lista de delegados, J.C., retira a lista e suspende o mandato em todos os órgãos concelhios, nacionais e distritais.
A vereadora do PS na Câmara Municipal, M.J.G., suspende o mandato.

A única mulher do PS na Assembleia Municipal, C.M., suspende o mandato.

O Presidente de junta do PS de Joane, que se mantém há cerca de 12 anos, suspende a militância do partido.

Várias pessoas afectas ás Assembleias de freguesia pelo PS vão suspender os mandatos e a militância.

O presidente da secção de Ribeirão demite-se dos órgãos da concelhia.

Diversos militantes querem entregar os cartões ao partido, tudo isto em solidariedade com os militantes expulsos, pois em 2005 tivemos uma situação bem pior e ninguém foi expulso ou suspenso.

Em 2005 foi criado um movimento que foi a eleições contra o PS e nos fez perder a Câmara e as juntas e, neste momento, essas pessoas ocupam os mais altos cargos no PS Famalicense, nomeadamente: vereador da Câmara de Famalicão e Vereador da Assembleia Municipal d… Braga e Famalicão são um amontoado de ilegalidades.

Dos cerca de 2000 militantes só cerca de 100 foram votar para os delegados ao congresso, não por não terem as quotas em dia mas por solidariedade aos expulsos e suspensos.

E mais uma vez o Dr. F. M. faz parte da lista de delegados.

Caros camaradas, como o camarada J. C. retirou a lista de delegados, ficamos sem qualquer voz no Congresso e penso que os camaradas, nos poderão ajudar denunciando esta situação aberrante que se passa em Vila Nova de Famalicão e que ninguém se interessa em modificar, interessa sobretudo ao Dr. F. M. e ao Eng. B. que estão a integrar os filhos na sucessão.

Mais, a nova concelhia foi eleita e não se apresentou aos militantes nem fez qualquer assembleia-geral, pois podiam aparecer as vozes discordantes e era ‘chato’.

Mais, durante um ano temos estado nas assembleias de freguesia completamente sozinhos, pois a concelhia não se digna convocar-nos para nos ajudar a lutar contra a maioria laranja.

Desde já agradeço antecipadamente que os camaradas e outros denunciem estas situações pois o nosso PS está a tornar-se um partido anti-democrata, sem debate, diria mesmo que sem rumo.
Caros camaradas o meu apelo é ainda mais forte pois quase todos os envolvidos são mulheres e cada vez mais me convenço que o machismo não acaba nunca. Grande poder têm os barões dentro do PS.

Saudações políticas e pessoais. »


É POR ESTAS E OUTRAS SITUAÇÕES SEMELHANTES QUE OS MILITANTES DO PARTIDO SOCIALISTA ESTÃO NA EXPECTATIVA DO QUE IRÁ ACONTECER, REALMENTE, NO XV CONGRESSO NACIONAL …

Será que algum Delegado (a) terá a coragem de levar estes assuntos ao Congresso ?

Estaremos muito atentos e naturalmente … na expectativa.

Até amanhã, meus Amigos ( sim, por motivos óbvios e que se justificam perfeitamente, continuaremos a postar durante este fim de semana )

Zé do Barreiro.

quinta-feira, novembro 09, 2006

O CONGRESSO NACIONAL DO PARTIDO SOCIALISTA – Sabem quais as razões da Função Pública estar a fazer greve geral ? - Reflexão X




Quais serão os motivos que levaram os funcionários públicos a fazer uma Greve Geral nos dias de hoje e de amanhã ?

Apresentamos um exemplo – apenas um exemplo – de muitos que se poderiam apresentar que justificam inequivocamente a luta que esses trabalhadores estão a levar a cabo.

Cá vai ( e é absolutamente verdadeiro ):

« Sem querer parecer narcisista aqui vai um exemplo real (o meu) para que o meu ilustre Amigo posa perceber o que é neste momento a nossa administração pública:

idade: 44 anos
habilitações: uma licenciatura, três pós-graduações, a frequentar um mestrado (justamente em gestão e administração pública)
curriculum profissional:
- funcionário público há 19 anos
- assessor de um secretário de estado entre 1999 e 2001
- chefe de divisão numa direcção geral entre 2001 e 2005:
- em 2005 fui nomeado subdirector-geral, cargo de que me demiti a meu pedido (e em solidariedade com o director-geral) quatro meses depois.

De regresso ao meu quadro de origem (um instituto público) fui encaminhado para um andar do instituto onde estão várias pessoas absolutamente inactivas há muitos anos. Uns foram chefes de gabinete, outros foram directores-gerais, outros foram outras coisas parecidas. Com menos de 55 anos, sou o único. Deram-me um gabinete, e até hoje (desde há mais de um ano) não me foi confiada qualquer tarefa.

Ou seja, ESTOU PROIBIDO DE TRABALHAR, pese embora pagarem-me o vencimento.

Neste cenário sou um sério candidato ao pré-despedimento chamado "mobilidade" (não será mais do que um pré-despedimento).

É esta a reforma da administração pública que querem fazer? E a casta dirigente que criou as mais bizarras situações, não é reformada (já que pelos vistos não pode ser responsabilizada)?

O cenário que acabo de descrever não será porventura dos mais dramáticos. Imaginem um casal de funcionários ambos administrativos (vencimentos muito modestos), com filhos a estudar, e que correm o risco de através da dita "mobilidade" estarem daqui a um ano com 50% do rendimento que têm hoje...

Não sei o que o futuro nos reserva, mas não me surpreenderia ver aquilo que por ora se pode considerar impensável... »


Trata-se de uma coisa chamada DESESPERO, Sr. Primeiro Ministro, é o DESESPERO de muitos funcionários públicos, INCLUÍNDO MUITOS QUATROS SUPERIORES DE TOPO.

A CLASSE MÉDIA QUE LHE DEU A MAIORIA ABSOLUTA, SR. PRIMEIRO MINISTRO !!!

Valerá a pena dizer mais alguma coisa ?

Até amanhã,

Zé do Barreiro.

quarta-feira, novembro 08, 2006

O CONGRESSO NACIONAL DO PARTIDO SOCIALISTA – Será o actual Partido Socialista um Partido de Esquerda ? - Reflexão IX



Muito boa gente – Incluindo destacados Militantes Socialistas - tem colocado esta preocupante e pertinente questão.

A maioria dos Militantes do Partido Socialista pensa que sim, mas a verdade é que existem muitos dirigentes com grande capacidade de intervenção e proximidade do líder José Sócrates que não têm já nada a ver com o socialismo ou, como gostam de afirmar, com o socialismo democrático.

Quem se recusa a dar a cara pelo partido em prol de uma candidatura que pudesse derrotar Cavaco, com o argumento que tem interesses profissionais e pessoais que o impedem, não pode ser Socialista ou social-democrata. Onde está a solidariedade política?

Quem após participar num governo do Partido Socialista, passou a 1º representante em Portugal de uma das maiores empresas multinacionais, espanhola e capitalista quanto baste, não pode ser socialista. [ Sem pretender fazer quaisquer rodeios: Joaquim Pina Moura ]

Quem ao longo da sua carreira política só tem dado maus exemplos de gestor das causas públicas, favorecendo interesses de oligarquias profissionais e ocupando desavergonhadamente o aparelho de estado, por nomeação legal é certo, favorecendo grupos e particulares, familiares e membros da direita e outros, desde que lhe sirvam os seus interesses pessoais, também não pode ser socialista.

E o partido socialista está cheio desta gente em postos de decisão.

Barrando o caminho a novas adesões com qualidade.

Impedindo o debate interno.

Impedindo a revisão de uns Estatutos verdadeiramente estalinistas por impedirem na prática que novos candidatos consigam aproximar-se do poder.
Não são Socialistas...

Meus Amigos, olhem a Zita Seabra. Pelo menos não andou a travestir-se e foi direita ao colo da direita e do capitalismo... mantendo alguns dos seus tiques de esquerda, quanto baste para iludir os desprevenidos.

Até amanhã,

Zé do Barreiro.

terça-feira, novembro 07, 2006

O CONGRESSO NACIONAL DO PARTIDO SOCIALISTA – Murmurar, Falar Baixinho, Não Falar, Caladinhos ou Mudos ? - Reflexão VIII


Muito se tem falado e escrito sobre a ausência de debate interno no PS, sobre a desertificação à volta de Sócrates, sobre o perigo de autismo do poder, quando há tiques autoritários num partido com maioria absoluta.

O congresso do PS, partido maioritário no poder, com maioria absoluta e um chefe com tiques autoritários, arrisca-se, dizemos nós, a fazer um grande e hipócrita aplauso à linha dura de governação.

Não estando obviamente em causa a liderança de José Sócrates, deveriam estar em causa as políticas sectoriais, discussões ideológicas e da praxis do partido e do governo, alternativas ou justificações da falta delas. Acreditamos que o próprio Sócrates e, sem dúvida, o Governo, sairiam rejuvenescidos e reforçados politicamente, independentemente da legitimidade que, obviamente, ninguém contesta.

Se há temas controversos no nosso socialismo e que têm sido objecto de duras críticas dentro do núcleo duro do PS (António Vitorino, Jorge Coelho, Maria de Belém Roseira, e outros), são os temas da saúde, concretizadas nas tentativas de reformas do SNS, com a concentração e reestruturação das maternidades e dos serviços de urgência, com a reorganização e implementação das unidades de saúde familiar, com a introdução de taxas de utilização, com a escassez de recursos, etc.

Há umas semanas ficou a saber-se que o Ministro Correia de Campos iria propor a discussão de uma moção sectorial sobre a saúde, o que se aplaude pela sua oportunidade, esperando - se o debate e a clarificação do rumo que o PS pretende dar a este Sector. Uma excelente decisão do titular da pasta da Saúde .

No entanto o DN em "positivo e negativo" e o Diário Económico - para além de informar que há mais de 30 moções sectoriais a serem discutidas no congresso, sobre temas diversos - afirma que Correia de Campos retirou a proposta de discussão sobre a Saúde.

A confirmar-se esta notícia, parece-nos um estrondoso erro e uma enorme desilusão no que diz respeito ao PS, ao Governo e, sobretudo, a este Ministro.

Nas áreas mais difíceis e mais polémicas – como também a Educação, a Segurança Social, as Finanças Locais, a Justiça - espera-se que haja coragem e humildade políticas para defender e procurar soluções. Se o problema é o medo de ver as opções tomadas e a tomar serem criticadas ou desaprovadas, não se percebe, de facto, para que servem os Congressos Nacionais.

Da mesma forma também não se entendo a ausência de pedidos de discussão sobre este tema, por parte dos críticos de Correia de Campos.

O País deu um mandato ao PS para governar quatro anos – quase cinco - em maioria absoluta. O PS é constituído não apenas pelos nomes sonantes do aparelho, mas por todos os seus Militantes.

Estes, pelos vistos, não parecem estar à altura da sua responsabilidade.

Estão, estamos, à espera de quê ? Do resultado das eleições de 2009 ?

Depois já será tarde … muito tarde … e não haverá hipótese de corrigir o que quer que seja …

Qual será, NESTE MOMENTO, a decisão mais correcta, que a família Socialista deverá tomar: Não Fazer Ondas, Continuar a Murmurar, Falar Baixinho, Não Falar, Estar Caladinhos ou simplesmente Emudecer ?

Só aos genuínos Militantes de base do Partido Socialista – cerca de 90.000, onde estão incluídos os 25.000 que foram votar - compete responder.

SÓ A ESTES !!!


Zé do Barreiro.

domingo, novembro 05, 2006

O CONGRESSO NACIONAL DO PARTIDO SOCIALISTA – BREVE PANORÂMICA DO QUE SE PASSA NA ALDEIA GLOBAL SOCIALISTA … Parte II - Reflexão VII


E assim continua a saga no meu PS … Para a reflexão de todos os Socialistas, neste dia calmo, sereno e tranquilo de um Domingo de Novembro …


Episódio 1 ( Parte II ) - NA SECÇÃO DE CAMPO DE OURIQUE

Lista B denuncia irregularidades nas eleições para o Congresso Nacional.

A lista B de delegados ao congresso do PS queixou-se de irregularidades nas eleições realizadas na Secção de Campo de Ourique (Lisboa), na passada sexta-feira, dia 27 de Outubro. A Comissão Nacional de Jurisdição foi chamada a intervir e marcou novo escrutínio para o dia 04 de Novembro.

Virgínia Essenreiter, da Lista A diz que o líder de Secção, Flávio Fonte, entregou uma lista fora dos prazos regulamentares. No dia das eleições, um dos elementos dessa lista tentou entregá-la ao presidente da Assembleia. Este recusou e eles tentaram boicotar as eleições, denunciou esta Militante.

Mesmo assim, houve eleições !!!

No entanto Flávio Fonte reclamou para a Comissão Coordenadora do Congresso (COC), que marcou novas eleições. A lista A recorreu para a Comissão de Jurisdição, que não aceitou a reclamação, procedimento que Virgínia Essenreiter, entende não ser uma situação normal.

Já Flávio Fonte – Secretário coordenador da Secção - afirmou que o presidente da Assembleia Geral da Secção entendeu não aceitar a lista, sem explicações, tendo pedido à COC a impugnação das eleições. A COC deu-lhe razão e enviou nova convocatória.

Já agora o resultado das eleições nesta Secção, após repetição:

Eleição para o Secretário-Geral - Sim: 82; Não: 2; Brancos: 2 e Nulos: 1

Eleição de Delegados ao XV Congresso - LISTA A - Moção A José Sócrates: 34 votos = 2 delegados eleitos.

LISTA B - Moção A José Sócrates: 52 votos = 3 delegados eleitos.


Episódio 2 ( Parte II ) - NA SECÇÃO DO PS DE PEDRAS RUBRAS/PORTO

Será claramente para rir quando num partido – e para mais o PS – as eleições são realizadas no consultório particular de um seu dirigente... sim, eleições em consultórios ou escritórios só mesmo para rir, mas talvez dê vontade de chorar – amargamente – quando a Federação do PS/Porto e/ou a Direcção Nacional não façam rigorosamente nada para corrigir esta e outras situações semelhantes.

Claro que na Maia, em Pedras Rubras, se os Militantes quisessem apresentar outra lista ou outras listas de apoio a outras Moções nunca o poderiam fazer. Não podem existir mais candidaturas, se não aquelas que forem aprovadas pelo médico, dono do consultório, sede da Secção !!!

Sabemos de fonte segura que, em tudo o que é sítio na Maia, já é motivo de irónica risota o PS ter consentido tamanha enormidade.

Mas, pergunto eu, os Camaradas Pedras Rubras não conseguem circunscrever as acções desse tal médico a um hospital ou a um consultório?

Mas já que se trata de homem que optou por servir Esculápio, ofereçam-lha a "Criação do Mundo" de Miguel Torga. Ou então já que estamos a falar da zona do Porto, ofereçam-lhe alguns textos de Abel Salazar.

Se o tipo não se emendar, caberá aos Militantes defender a democracia e pô-lo no olho da rua. Porque esperam?

Pois é, meus Amigos, não são esses doutores com consultório de influências e favores que dominam grande parte das Concelhias e Federações do PS deste país?

E não são esses doutores que esvaziam a discussão política no PS? E não são esses doutores que têm amigos influentes no aparelho nacional que os tornam importantes e imprescindíveis na luta pelo poder?

A maior parte desses doutores são culturalmente tudo menos Socialistas, aliás não são alguns desses doutores pessoas influentes no tecido económico das suas terras? E geralmente não são novos ricos?

É muito difícil pô-los a andar porque o partido no actual contexto segura-se regional e nacionalmente neles !!! Portanto, não há nada a fazer. Essa é que é essa …


Ah, já agora … no PS/Barreiro nada de novo … Tudo uma calmaria na paz dos anjos … Lamentavelmente !!!

E vamo-nos aproximando “perigosamente” do Congresso Nacional …

Zé do Barreiro.

quarta-feira, novembro 01, 2006

O CONGRESSO NACIONAL DO PARTIDO SOCIALISTA – Reflexão VI


Como procuramos ser um Militante minimamente informado sobre as Moções que irão ser apresentadas e discutidas no próximo Congresso Nacional do PS, conseguimos a proeza – e a paciência - de ler totalmente a Moção de Orientação política apresentada pelo Camarada José Sócrates ao Congresso, o que 99% dos Socialistas e 95% dos delegados ao congresso não estão dotados de tal pachorra.

Normalmente, quem lê as moções apresentadas aos congressos partidários são os que as escrevem e os que revêem as provas. A estes juntam-se meia dúzia - literalmente meia dúzia – de otarios.

Sim, porque quem gasta do seu precioso tempo a ler Moções apresentadas aos Congressos, seja de que partido for, é um autêntico e grandessíssimo otário e um ingénuo.

Simplesmente porque ainda tem a ingenuidade de acreditar que aquilo que lá está escrito se irá realizar e aplicar …

Dos que, também, leram o documento encontra-se um certo Cidadão que, de tal modo ficou contagiado, que descobriu que José Sócrates é um cabide.

Não admira tal conclusão depois do esforço a que foi sujeito por tão intensa leitura. E têm saído tantos romances nos últimos dias...

Aí vai.

«“O CABIDE

Não vale a pena ler a moção de José Sócrates ao congresso do PS. Um panegírico ao governo, um monótono caderno de encargos. Nem digo zero de debate ideológico. Seria pedir demais. Zero de política.

Papel do Estado e economia: banalidades que poderiam ser assinadas por qualquer dirigente do PSD. Política externa: sempre e nunca mais do que o bom aluno europeu. Fica-lhe o liberalismo nos costumes. Uma moção naquele politiquês vazio a que nos habituou. «A principal prioridade do PS é clara: merecer a confiança dos portugueses.» E pronto, é isto.

Já a oposição interna, corajosa mas com falta de rasgo e liderança, fica-se pelo papel de consciência critica.

Mais por estilo do que por convicção, Sócrates queria ser Blair e queria ser Zapatero. Só que Blair fez uma escolha táctica com consequências ideológicas: a destruição do que restava da forte esquerda sindical britânica que dominava o seu partido. Sócrates não tem nada para destruir. Só que Zapatero fez uma escolha estratégica: a tentativa de se afirmar como alternativa à decadência do centro-esquerda europeu.

Sócrates limita-se a repetir o que Durão Barroso começou.

A Sócrates caem bem as causas modernas, o estilo autoritário, o simplex e o fato.

Mas é apenas isso: UM CABIDE.”» Fim de transcrição.


( Não resistimos em publicar a segunda parte deste texto igualmente recebido por e-mail, enviado por outro grande Amigo que conhecemos no ultimo Congresso Nacional – o de Guimarães. )
 

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