A Paragem do 18 no Cabeço Verde

Este Blog é muito abrangente e heterogéneo...Destina-se aos políticos,aos cidadãos normais,aos sócios do Benfica,aos apreciadores de jaquinzinhos fritos,aos funcionários públicos,aos adeptos do Sporting,aos que pagam impostos e aos que nem sabem o que isso é,aos ouvintes da Rádio Renascença,aos descontentes com a administração do condomínio,aos internautas que acham que Linux é a Liga Internacionalista para a União dos Xiitas,aos que gastam o tempo de trabalho a ler estas coisas,aos médicos ...

sexta-feira, fevereiro 23, 2007

DIVAGANDO SOBRE ALGUNS NÚMEROS …


Meus Amigos,

Desta vez propomos que nos debrucemos sobre a análise de alguns números, que sabemos ser assunto algo fastidioso para alguns dos nossos leitores, mas que, neste momento, é importante fazer sobre os mesmos, uma conveniente reflexão.

Iremos fazer uma divisão.

PRIMEIRA - Apesar de terem passado um pouco mais de três anos, convido os meus Amigos a analisarem e reflectirem sobre o quadro que se apresenta na imagem e tirarem conclusões sobre o que se passa – entre outras Áreas – na Península de Setúbal e no Distrito de Setúbal.

É nosso entendimento que, nestes últimos três anos, a situação económica - financeira apresentada no quadro, não teve alterações significativas.

SEGUNDA – Iremos apresentar a situação concreta existente no Barreiro.

Ponto prévio - Pela enésima vez afirmo que sou militante do Partido Socialista com a quotização rigorosamente em dia e sê-lo-ei até que a minha alma se separe do meu corpo. Ponto final.

Não conheço, nunca falei – nem sequer alguma vez cumprimentei – com o actual Presidente da Câmara do Barreiro, Sr. Carlos Humberto ( embora isso não tenha relevância para aquilo que pretendemos apresentar neste Post, mas que fazemos questão de reforçar ).

Creiam – e é mesmo verdade - que nos dá uma enorme “dor de estômago” ter de escrever aquilo que iremos se seguida apresentar.

Ponto 1 - Vários leitores tem comentado - e muito bem - neste Blog que a Câmara do Barreiro não deu verbas/subsídios para o Grupo Carnavalesco e por isso não houve o habitual desfile pelas ruas do Barreiro, excepto em Coina, não dá nada ou tem dado muito pouco para o Luso F.C.; para o F.C. Barreirense; para o G.D. Fabril; para o Galitos; para o Silveirense. Só para mencionar estas históricas e ilustres Colectividade desportivas do Concelho.

Ponto 2 - Meus Amigos, os meus Camaradas Socialistas incluídos, digam-me francamente o que poderá fazer a Câmara do Barreiro com este negro panorama financeiro, conhecido após a Auditoria externa às contas da Autarquia, realizada até Outubro de 2005.

Ponto 3 - Valor das dívidas totais a 3ºs de curto prazo - 11.189.257,00 €.
A auditoria verificou 3.251.513,0 € de dívidas não orçamentadas - fora do orçamento - não cabimentadas, algumas delas nem estão registadas nos Serviços de Contabilidade da Câmara, dívidas estas a 30 Entidades !!!

Sendo de 2.277.260,0 € o total de encargos não cabimentados e sem registo na Contabilidade !!!

Será de referir que o valor dos encargos não cabimentados e sem registo na Contabilidade, calculado e disponibilizado pelos Serviços da autarquia em 30/11/2005, apresentava um valor de 1.500.161,0 €. Portanto o valor real detectado pela auditoria é superior em 777.099,0 € !!!

Dos 2.277.260,0 €, o valor de 1.800.296,0 € tem facturas já passadas à espera do respectivo pagamento e 476.964,0 € são encargos não comprometidos, não facturados ( sem facturas passadas ) e completamente fora do orçamento e à margem dos Serviços de Contabilidade !!!

Os 974.253,0 € restantes são o valor de trabalhos executados, concluídos, mas sem facturas passadas !!!

Como já se aperceberam, somente estamos a falar dos 3.251.513,0 €. Mas, atenção, esta divida total, que inclui também os compromissos assumidos, cabimentados e orçamentados, atinge os 13.862.249,0 € !!!

O endividamento à banca atingiu 25,5 milhões de Euros, o que significa que está esgotada a capacidade de endividamento da C.M.B., ou seja, não se pode, por Lei, solicitar mais empréstimos aos Bancos.

Sabemos que a Câmara está apagar, escrupulosamente, à Banca esta dívida. Já o fez em 2006 e continua a amortizá-la em 2007.
Terminando e pedido desculpas pela catadupa de números apresentada, pergunto –vos se com este panorama de dívidas a pagar, a Câmara ainda terá disponibilidade financeira para distribuir os merecidos subsídios a que têm direito as várias Colectividade existentes no Município ?

Para a vossa competente reflexão.

Zé do Barreiro.

terça-feira, fevereiro 20, 2007

“É CARNAVAL, NINGUÉM PODE LEVAR A MAL” – Dito popular




Ele há cada Sociedade de Advogados !!!

Divirtam-se enquanto, ainda, é dia. Amanhã voltarão as tristezas e as peripécias duras da vida, né verdade ?


Zé do Barreiro.

terça-feira, fevereiro 06, 2007

OPINANDO SOBRE A ACTUAL SITUAÇÃO DO CAMPO DE JOGOS DO LUSO F.C.




Não conhecemos, em pormenor, o que se passa em relação ao enorme problema que a Direcção do Luso F.C. tem em mãos para resolver, quanto ao seu campo de jogos ( Campo da Quinta Pequena ) e quanto ao seu novo complexo desportivo.

Tão somente iremos dar a nossa opinião, correspondendo, com todo o gosto, ao desejo e ao desafio do “quim da escavadeira” que, num dos seus oportunos comentários escreveu :

«“Fico muito triste por tirarem o campo do luso daqui ao lado e termos que ir para longe para ir ver a bola. No outro dia um amigo disse-me que era para fazer ali mais uma urbanização.”»

Bom, em 1926, foi acordado o aluguer do campo de futebol da Quinta Pequena.

Portanto, há mais de 80 anos que o campo do Luso F.C. está implantado em plena zona urbana e central do Barreiro, o que, convenhamos, não será, nos tempos actuais, o local mais indicado para a localização de um campo de futebol.

Todavia, foi prometida, pelo anterior executivo camarário, a cedência de um novo terreno, nas imediações do Bairro Novo da CUF. ( Quinta/Mata dos Lóios ), devido ao facto da localização do campo da Quinta Pequena se encontrar no centro da cidade, o que tem levado à criação de uma certa pressão por parte de diversas forças para que o Luso abandone aquela área.

A principal força de pressão para que o Luso abandone aquele local é precisamente o seu senhorio que avançou com uma acção de despejo no Tribunal – que por mera coincidência, teve hoje mesmo, 06 de Fevereiro de 2007, uma sessão de julgamento.

Sabe-se publicamente que não foi feito o levantamento de alvará de loteamento por parte de um dos proprietários dos terrenos dos Lóios, tendo expirado o prazo. Essa área que se destinará a equipamento virá à posse da Câmara, que por sua vez a cederá ao Luso na modalidade de direito de superfície.

Isto é, se o urbanizador – João Manuel Duarte – não ceder os terrenos a curto/médio prazo, o complexo desportivo do Luso F.C. continuará a sofrer os inerentes e infalíveis atrasos. E aqui – terá de ser dito – não se podem assacar culpas à Direcção do Luso, aos seus Associados e à Câmara do Barreiro.

Nesta situação pouco agradável e difícil, pela qual está a passar este histórico clube Barreirense apenas poderá socorrer-se da boa vontade do urbanizador e do senhorio. De mais ninguém.

Do urbanizador no sentido de ceder as parcelas de terreno o mais depressa possível e/ou do senhorio ter a boa vontade de autorizar que o Campo de jogos continue na Quinta Pequena até tudo estar resolvido no novo espaço cedido ao Luso para a instalação do seu complexo desportivo.

Terão estas duas entidades essa boa vontade ?

Pessoalmente gostaria de acreditar que sim, mas a verdade é que corre nos Tribunais uma ordem de despejo instaurada pelo senhorio. Uma acção litigiosa, portanto.

O que nos parece que, desta parte, não haverá qualquer tipo de boa vontade …

O que nos resta, aqui deste Blog, é lançar um apelo vigoroso à Empresa de João Manuel Duarte, da qual não sabemos qual o tipo de relacionamento com a Direcção do Luso F. C., a fim de desbloquear o mais depressa possível, a parcela de terreno que falta.

Não podemos fazer mais nada.

E, caro Amigo “ Quim”, futuramente, lá terá de se deslocar aos Lóios se quiser ver o Luso F.C. jogar …

Zé do Barreiro.

sábado, fevereiro 03, 2007

A PONTE CHELAS/BARREIRO – O QUE “DIZEM” A R.A.V.E. (Rede de Alta Velocidade ) E A LUSOPONTE. Parte II




Não. Não, meus Amigos, não é uma ponte como esta que os Barreirenses anseiam !!!

Vamos, então, concluir o assunto que iniciámos no Post anterior.

A construção da ponte para o modo rodoviário terá de ser negociada com a Lusoponte, que tem o exclusivo das travessias sobre o Tejo abaixo de Vila Franca de Xira. Em causa estão as portagens a pagar na exploração rodoviária.

Maria Cândida Carvalho, porta-voz da Lusoponte, disse – EM NOVEMBRO DE 2006 - que os estudos de tráfego desenvolvidos pela empresa, com o objectivo de estudar a melhor solução para descongestionar a ponte 25 de Abril, não é o corredor Chelas-Barreiro, mas sim Algés-Trafaria, e o Governo foi informado disso.

Contudo, face à decisão de avançar para a solução Chelas-Barreiro, a Lusoponte, "vai estudar o projecto". Mas até à data, adiantou: "a Lusoponte ainda não foi formalmente contactada pelo Governo".

Tornamos a repetir que estas declarações foram proferidas em Novembro de 2006.
Nos termos do contrato de exclusividade assinado com a Lusoponte, o Governo não poderá entregar a concessão da terceira travessia a outra entidade.

Por seu lado, a Lusoponte poderá ser obrigada a receber a concessão, apesar de considerar que o corredor Chelas-Barreiro não vai resolver os congestionamentos da ponte 25 de Abril.

A futura ponte terá uma extensão de treze quilómetros, dos quais sete sobre o rio, e a sua realização vai viabilizar o tempo de percurso acordado com Espanha para a ligação entre Lisboa e Madrid, fixado em 2h45m.

A travessia dará acesso à estação de alta velocidade de Lisboa, cuja localização continua a ser estudada. Em causa estão duas soluções: gare do Oriente ou nova estação em Chelas/Olaias.

Se a solução for a gare do Oriente, a ponte terá apenas a componente Ferroviária.

Se a solução for Chelas/Olaias, a ponte terá as componentes Ferroviária e Rodoviária em conjunto.

Ora, tudo indica que a solução QUE JÁ SE ENCONTROU, é a de Chelas/Olaias …

Quanto ao financiamento desta importante infra-estrutura, o Executivo português vai apresentar em breve uma proposta à Comissão Europeia para se candidatar aos fundos comunitários para a construção do TGV, que poderão atingir os 22 por cento. Também a terceira travessia sobre o Tejo será candidata a este financiamento.

O grosso virá dos fundos de coesão e de desenvolvimento regional, havendo outra parte no âmbito do financiamento das redes transeuropeias de transportes. Este "pacote" de oito mil milhões contempla 30 projectos, pelo que se prevê “grande concorrência".

O administrador da RAVE revelou que, para tirar o máximo partido do pacote Portugal e Espanha deverão entregar um projecto conjunto relativo ao troço Évora-Mérida.

Também a TTT deverá "concorrer" a este fundo, que financia até 20% os projectos que tenham de vencer obstáculos naturais.

Portanto, se o Governo pretender utilizar, ao máximo, os fundos comunitários a que pode concorrer, terá de avançar, já, também, com a componente Rodoviária na ponte Chelas-Barreiro.

Meus Amigos, acham que o Governo iria perder esta oportunidade única ?

Vamos ver, vamos ver. Para o FINAL DO PRIMEIRO TRIMESTRE DE 2007 faltam apenas dois meses …

Bom fim de semana.

Zé do Barreiro.

quinta-feira, fevereiro 01, 2007

A PONTE CHELAS/BARREIRO – O QUE “DIZEM” OS ESTUDOS DA R.A.V.E. (Rede de Alta Velocidade ). Parte I




Por entendermos ser um assunto absolutamente importante para o Barreiro – e não só – iremos publicar dois artigos sobre as conclusões a que chegou a R.A.V.E. - Rede de Alta Velocidade - sobre se a Terceira Travessia do Tejo/Ponte Chelas-Barreiro deve ser construída com as valências Ferroviária e Rodoviária simultaneamente ou apenas com a valência Ferroviária.

Cá vai, então, a primeira parte à atenção de todos os Barreirenses.

Tiago Rodrigues, responsável da Rave - Rede de Alta Velocidade, disse – EM NOVEMBRO DE 2006 - que tudo indica que o modelo a adoptar será semelhante ao da ponte Vasco da Gama.

O modelo de financiamento da futura travessia vai ficar concluído até ao final do primeiro semestre de 2007.

A Rave terá ainda de definir se a travessia será na primeira fase apenas ferroviária ou se avança já com a componente rodoviária. A concessão poderá obedecer a várias fórmulas: a exploração ferroviária e a rodoviária isolada, ou em conjunto.

No global, a ponte custará 1,7 mil milhões de euros, com a parte rodoviária. Deste valor, 600 milhões correspondem à alta velocidade. A ponte terá duas vias para servir os comboios de alta velocidade, em bitola europeia, e duas vias ferroviárias em bitola ibérica para servir os comboios de mercadorias e os serviços de suburbanos.

O projecto contempla ainda a construção de duas vias laterais com três faixas para o tráfego rodoviário em cada sentido. O corredor para a sua construção está reservado há vários anos.

O Grupo Barraqueiro, através da sua empresa para o sector ferroviário, a Fertagus, demonstrou interesse junto do Governo para gerir a infra-estrutura, que irá permitir completar a ligação da cintura urbana de Lisboa, dando resposta às necessidades da margem Sul, além de colmatar as restrições de carga existentes na ponte 25 de Abril.

É claro que o governo – o Primeiro Ministro e o ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações - têm conhecimento pormenorizado destes estudos.

E o FINAL DO PRIMEIRO TRIMESTRE DE 2007, para a divulgação da decisão do Governo sobre esta importante infra-estrutura, está a aproximar-se …

( Continua )

Zé do Barreiro.
 

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