A Paragem do 18 no Cabeço Verde

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sábado, novembro 22, 2014

APENAS DOIS ARTIGOS DE OPINIÃO... ACTUALÍSSIMOS! QUO VADIS POBRE PARTIDO SOCIALISTA ? QUO VADIS ?



                                         
                      ( Última sondagem - 05 de Dezembro 2014 )

O primeiro:

De  JOÃO MIGUEL TAVARES - 04/11/2014


« UMA PESSOA, UM NOME: SÓCRATES

Embora eu considere José Sócrates a pior coisa que aconteceu a este país desde o PREC, nunca levei a sério a ideia da “assombração socrática”, e muito menos a tese tonta de que António Costa estaria a preparar a segunda encarnação do socratismo.

Se Sócrates ainda valesse alguma coisa em termos eleitorais, ele não teria sido posto de lado durante a campanha das primárias. Ora, ninguém o viu a desfilar pelas ruas, nem a discursar nos palanques, junto àquele povo socialista que alegadamente lhe quer tão bem. Aliás, ninguém sequer viu a sua sombra no Fórum Lisboa na noite da vitória, apesar das suas declarações de amor semanais a António Costa na RTP. Terá sido por acaso?

Não, não foi por acaso. José Sócrates rouba votos, e qualquer socialista com dois dedos de testa sabe isso. António Costa sabe isso. Augusto Santos Silva sabe isso. Pedro Silva Pereira sabe isso. Até João Galamba sabe isso. O único que parece não saber isso é mesmo Eduardo Ferro Rodrigues, que aparentemente esteve fechado numa cave durante dez anos, surgindo na passada sexta-feira na Assembleia da República a elogiar “uma pessoa, um nome: José Sócrates”.

A frase, ainda por cima, foi proferida em tom empolgado e a transbordar de orgulho pelo trabalho desse grande combatente anti-troika, o que deu logo origem a urros de indignação entre os partidos do governo, a acalorados aplausos na bancada socratico-socialista, e – imagino eu – a suores frios na testa de António Costa.

Costa, aliás, já havia feito na véspera algumas curiosas afirmações na Quadratura do Círculo, ao ser confrontado com a postura morna e indecisa do PS no debate sobre o orçamento. Sem desmentir a inexistência de uma linha clara em relação ao futuro das finanças públicas, António Costa afirmou que o PS ainda estava “a arrumar a casa”, e que o debate sobre o orçamento tinha chegado numa altura complicada – tão complicada que deve ter-se esquecido de passar os olhos pelo discurso de Ferro Rodrigues e explicar calmamente ao seu novo líder parlamentar que sobre o senhor José o PS diz sempre que respeita o seu legado, mas nunca – nunca mesmo – toma a iniciativa de o nomear.

A razão é simples: os socialistas até podem gostar muito da ferocidade e energia do ex-engenheiro técnico, mas gostam muito mais do poder – e hoje em dia, para chegar ao poder, ele atrapalha, e muito. Incapaz de se manter longe da ribalta, de não ripostar aos que o atacam e mortinho por tentar impor a sua narrativa do resgate, Sócrates aceitou uma cadeira de comentador semanal que tem feito maravilhas pela sua impopularidade. Em vez de optar pela travessia do deserto, permitindo que aos poucos a memória dos portugueses se esbatesse, Sócrates preferiu recordar semanalmente a sua existência, fazendo o patriótico favor de nos dizer o que sente e o que pensa, para que nunca mais possa vir a ser eleito.

É evidente que os socialistas mais astutos já perceberam isso, e que a chamada “tralha socrática” estará em breve a servir António Costa com a mesma devoção com que serviu José Sócrates. Agora, parece-me bastante claro que para chegar lá, e sobretudo para chegar lá com algo que se assemelhe a uma maioria absoluta, convinha avisar Ferro Rodrigues e os deputados mais destrambelhados que tecer loas a Sócrates em voz alta é meio caminho andado para que a direita moderada fuja dos socialistas como o diabo da cruz. O PS tem de escolher: ou quer recuperar José Sócrates ou quer recuperar o país. Os dois juntos, não dá. »


O segundo:

De João Pereira Coutinho - Correio da Manhã - 14.11.2014

« FANTASMAS

Assisti à entrevista de António Costa na RTP, no dia 13/11/2014.

António Costa tem razão: Portugal não foi o único país atingido pela crise de 2011.

Mas essa não é a questão.

A questão é saber por que motivo existiram outros países europeus que não foram ao tapete. Responder a ela implica discutir o único território que Costa não quer pisar: o passado. Ou, mais propriamente, os governos Sócrates e as políticas de endividamento público que prepararam Portugal para a bancarrota. Na entrevista, não se ouviu uma palavra séria de Costa sobre a matéria. Pelo contrário: ouviram-se várias palavras sobre a necessidade de regressar ao ‘investimento público’ (com dinheiro europeu ou Nacional), o que mostra que o líder do PS ainda não aprendeu nada nem esqueceu nada.

O homem garante que não é um ‘fantasma’ nem um ‘clone’ de Sócrates.

Talvez não seja.

Mas, por enquanto, é difícil separá-los. »


E não mencionei uma única palavra sobre a detenção de José Sócrates no aeroporto de Lisboa quando vinha de Paris, ao fim do dia de ontem, 21 de Novembro de 2014...

Acham que era necessário?

Saudações Socialistas,

Zé do Barreiro.


PS: Meus Amigos e Camaradas, tenham atenção às sondagens, já a quererem demonstrar alguma coisa.


Quo Vadis pobre Partido Socialista ? Quo Vadis ?
 

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