A Paragem do 18 no Cabeço Verde

Este Blog é muito abrangente e heterogéneo...Destina-se aos políticos,aos cidadãos normais,aos sócios do Benfica,aos apreciadores de jaquinzinhos fritos,aos funcionários públicos,aos adeptos do Sporting,aos que pagam impostos e aos que nem sabem o que isso é,aos ouvintes da Rádio Renascença,aos descontentes com a administração do condomínio,aos internautas que acham que Linux é a Liga Internacionalista para a União dos Xiitas,aos que gastam o tempo de trabalho a ler estas coisas,aos médicos ...

quarta-feira, maio 31, 2006

MAIS PALAVRAS PARA QUÊ ? OS NÚMEROS FALAM POR SI. Parte I



Após vários comentadores e responsáveis de partidos políticos terem vindo a público pronunciar– se sobre os resultados da auditoria realizada às contas da Câmara no mandato de 2002-2005, permitam que cá o Zé do Barreiro também escreva alguma coisa sobre este assunto.

É verdade que se trata, apenas e só, das opiniões de um simples Cidadão Barreirense, embora Militante do Partido Socialista, mas também é verdade – e nós sabemos - que muitos Cidadãos e Militantes do PS são da nossa opinião – e até existem Militantes do PS mais radicais que nós - mas por vários motivos, que compreendemos, não emitem nem nunca emitirão as suas opiniões publicamente.

Aliás, este vosso Amigo Zé do Barreiro está na expectativa daquilo que se irá discutir e argumentar, sobre a auditoria, no período de antes da ordem do dia ou no ponto da informação escrita do Presidente da Câmara, na próxima Assembleia Municipal …

Aqui deixo uma sugestão ao meu Amigo Hélder Madeira, ilustre Presidente da A.M.: Vá pensando num local mais espaçoso para a realização dessa Assembleia Municipal, devido ao facto da quantidade de Barreirenses que vão querer assistir.
Bom, então vamos a isto.

Será conveniente e obrigatório referir que os resultados da auditoria se referem ATÉ 31 DE OUTUBRO DE 2005. Esta informação é fundamental para nossa análise.

Comecemos por divulgar TODA a verdade. E a verdade concreta e inequívoca é que a auditoria tornou claro - comprovado - que o anterior executivo da Câmara do P.S. deixou um saldo positivo de Tesouraria, em 31 de Outubro de 2005, de 7.098.473 €.

Também ficou comprovado, pela auditoria, que a Câmara tem a receber, de dívidas de Terceiros curto prazo, qualquer coisa como 3.935.334 €.

Ora, segundo divulgado pelo P.S. em Conferência de Imprensa, é entendimento do anterior Presidente da Câmara que, legitimamente, terão de se somar esses valores como receita pare se poder fazer face à dívida, que só em dividas totais a Terceiros de curto prazo é de 11.189.257,00 €, valor detectado pela auditoria.

Mas, meus Amigos, é entendimento cá do Zé que nesta situação não se pode fazer uma soma de merceeiro para que se resolva, em parte, este problema. Explico:

O actual executivo da Autarquia – fosse ele de que Partido fosse – não ia arrecadar esse valor de um dia para o outro, já que o executivo do P.S. não conseguiu cobrar esse valor no mandato em que esteve na Câmara, nem nada que se pareça … Esta é a verdade.

Já que, 3.319.533 € dessas dívidas, têm mais de seis meses e 2.974.915 € têm mais de um ano !!!

Acham que, perante este cenário, a CDU, o PSD ou o BE, por qual golpe de mágica, iriam cobrar/receber 3. 935. 334 € de um dia para o outro ?

Meus Senhores, sejamos realistas e … sobretudo pessoas sérias. Ou, então, arranjem outro tipo de argumentação.

Mas há mais: existem 90.000 € de juros de empréstimos por liquidar, que a auditoria detectou e que o actual executivo não tinha, ainda, considerado nos documentos já divulgados.

O endividamento à banca atingiu 25,5 milhões de Euros, o que significa que está esgotada a capacidade de endividamento da C.M.B., ou seja, não se pode, por Lei, solicitar mais empréstimos aos Bancos.

Existem compromissos assumidos – adjudicados/ orçamentados e não orçamentados – por liquidar, na data de 31/10/2005, no valor de 13. 862.000 €, números da auditoria !!!

Pretendemos destacar, apenas e por agora, a dívida a Fornecedores Diversos, que a 31/10/2005 era de 6.650.310 €, dos 11.189.257,00 € da dívida total a Terceiros de curto prazo.

Apenas para se compreender melhor a gravidade da situação em relação a esta dívida:

Dívidas a Fornecedores diversos - 31/12/2005 - 6.518.160 €

Dívidas a Fornecedores diversos - 31/12/2004 - 3.437.942 €

Dívidas a Fornecedores diversos - 31/12/2003 - 2.871.451 €

Alguém, do Partido Socialista do Barreiro, terá alguma explicação plausível para o estado a que isto chegou ? Mas sem demagogia nem conversa da treta …

Para não nos tornarmos enfadonhos a debitar mais números, iremos terminar por hoje e apresentaremos uma segunda e última parte na próxima 6ª Feira.

Deixamos, no entanto, esta pequena frase da Conferência de Imprensa do PS/Barreiro:

No diálogo com os jornalistas, foi referido por Luís Ferreira, líder dos socialistas, que o "Relatório da Auditoria deixa-nos tranquilos, não precisamos de manobras para enganar os barreirenses".

Mais palavras para quê ?

Zé do Barreiro.

7 Comments:

  • At 31 maio, 2006 17:19, Blogger António Cabós Gonçalves said…

    Meu caro Zé:

    Como é mais ou menos conhecido, tendo sido solidário, durante muito tempo, com os nossos eleitos na Câmara Municipal do Barreiro, solidariedade essa prestada, em termos concretos, em centenas de horas de trabalho não remunerado e disponibilidade para o que me pediam, houve um momento, muitos meses antes das eleições, em que expliquei todas as razões que me levaram a não querer ter nada que ver com o que vinha a seguir...

    Pese embora as discordâncias, algumas de fundo, pela forma como politicamente ia sendo gerida a Câmara Municipal do Barreiro, nalgumas áreas muito sensíveis, não posso, contudo, aceitar o simplismo fácil das leituras a preto-e-branco com que os nossos adversários políticos têm vindo a "pincelar" a sua actividade!

    Por isso acho útil deixar aqui, na íntegra, o documento produzido pelos nossos vereadores no mandato anterior, para que cada um tire as suas conclusões com o conhecimento integral das posições de ambos os lados em presença.

    Para além disso, não penso que seja muito saudável, nem ajude muito à nossa causa, esta constante autoflagelação em que parece sermos especialistas...

    António Cabós Gonçalves

    CONFERÊNCIA DE IMPRENSA

    O DIREITO À VERDADE A PROPÓSITO DA AUDITORIA


    Ao longo da última semana, o Partido Socialista (PS) do Barreiro tem vindo a pronunciar-se sobre a auditoria promovida pelo senhor Presidente da Câmara Municipal, procurando levar ao conhecimento da população todos os incidentes e pequenas habilidades que rodearam esta novela de contornos kafkianos. Os vereadores socialistas no executivo camarário não podiam permanecer à margem desta questão, e vêm agora a público denunciar a estratégia ardilosa promovida por quem, ao fim de largos meses, continua sem apresentar uma proposta ou um projecto para a cidade.
    Consideramos que é precisamente em virtude deste preocupante deserto de ideias que, à falta de uma melhor estratégia, se optou por lançar uma cortina de fumo sobre factos que são cada vez mais incontestáveis, escolha esta que não contribui em nada para a credibilização e o prestígio da classe política. Basta fazermos uma pequena resenha dos acontecimentos mais recentes para nos apercebermos de que algo muito errado está a ocorrer nos Paços do Concelho. Senão vejamos:

    - A actual vereação não recebeu qualquer tipo de informação sobre a adjudicação da auditoria, tendo sido apenas informada do momento em que este processo foi desencadeado, sem qualquer especificação dos objectivos e dos custos que lhe eram inerentes. De igual modo, continuam por esclarecer os critérios que conduziram à escolha desta empresa de auditores e não de uma outra qualquer.

    - Em momento algum - e apesar da nossa total disponibilidade desde a primeira hora -, fomos ouvidos para prestar esclarecimentos sobre matérias que nos diziam directamente respeito, dado que fomos responsáveis pela gestão financeira da autarquia no decurso do mandato transacto. Só tomámos conhecimento do documento em apreço depois de, na última reunião da Assembleia Municipal, termos sido confrontados com inúmeros comentários por parte da CDU a seu respeito. No mínimo, consideramos estranha esta coincidência.

    - As fugas de informação que ocorreram desde o passado dia 17 de Maio, contribuíram para consolidar a nossa convicção de que estamos na presença de uma mera manobra de diversão. Os órgãos de comunicação social reproduziram, desde essa data, versões truncadas e parcelares da auditoria, o que só é compreensível pelo enorme estado de necessidade de quem estava a contar que o relatório espelhasse uma realidade repleta de escândalos e incompetências.

    - Por último, continuamos a aguardar que nos sejam dadas explicações cabais sobre o motivo que levou a que não tenhamos sido convidados para a conferência de imprensa do dia 26 de Maio, isto quando esteve presente no referido evento a senhora vereadora Regina Janeiro. O executivo municipal é composto por diversos partidos que representam o sentir múltiplo dos barreirenses, não sendo admissível que se continue a discriminar eleitos com larga representatividade no seio da sociedade civil.


    Chegou o momento de o senhor Presidente da Câmara deixar de agir como funcionário de um partido, passando a respeitar as mais elementares regras democráticas e de cortesia. É inconcebível que, no decurso da conferência de imprensa, tenha afirmado que não foram os vereadores da CDU a divulgarem a auditoria, o que lança sobre os outros partidos uma suspeição que refutamos liminarmente. Basta lembrar quem é que beneficiou com o teor das notícias publicadas ou recordar as funções desempenhadas anteriormente pelos assessores principescamente contratados pelo actual executivo para vislumbramos a origem de toda esta confusão.

    Sem querer, para já, questionar a estrutura da auditoria, procuraremos analisar de forma mais detalhada a mesma, esclarecendo o que se prestar a isso e assumindo os erros que tenhamos cometido


    I - As pretensas despesas não cabimentadas ou sem a respectiva nota de requisição.

    No que diz respeito aos já famosos “outros encargos”, os vereadores do PS refutam a ideia propalada e propagandeada de que se fizeram uma série de compras ou encomendas sem as devidas requisições. Nada mais falso. Senão vejamos:

    a ) Os €974.253 indicados na pág. 57 tinham o compromisso registado, e muitos deles não estavam facturados.

    b) Dos €1.800.296+€476.964, referidos na pag. 56 , uma parte substancial (€1.702.731) referem-se a compromissos com a Amarsul, ADSE, EDP, Serviços Municipalizados (TCB), TST, Onitelecom e Simarsul. Os três primeiros são casos típicos em que o cabimento inicial previsto no orçamento para o pagamento de serviços é posteriormente ultrapassado pelos seus valores reais.
    Em relação aos TCB, existe uma conta corrente entre a Câmara e estes, até porque o município os subsidia. Aliás, o aparecimento de verbas a pagar aos TST resulta directamente da impossibilidade dos TCB fornecerem autocarros para serem cedidos às colectividades.
    No caso da Oni, ficou acordado, no contrato estabelecido com esta empresa, que os pagamentos só começariam a ser feitos em Maio e em Novembro de 2006. Por uma questão de controle, os valores eram indicados mensalmente.
    Em relação à Simarsul, encontramo-nos na presença do pagamento de valores de caudal mínimo de tratamento de águas residuais que não foram efectuados e que, por isso, não devem ser, por enquanto, pagos.
    c) Não deixa de ser curioso que a Rumo apresente uma factura após 31/10. Trata-se, por
    certo, de uma importância que o anterior executivo achou que não devia pagar, de acordo com o protocolo celebrado em 2001, e que a auditoria o considerou pouco explícito.

    d) No caso do concerto dos D’ZRT, assumimos a existência de uma falha processual. Embora existisse nos serviços um contrato com a banda, o espectáculo não foi correctamente cabimentado, porque ao pagamento se deveria subtrair uma percentagem sobre os bilhetes vendidos.

    e) No que diz respeito à empresa de segurança 2045, existia um contrato que viabilizava a contratação de mais pessoal, definindo a relação custo/hora em função do dia, período do dia e número de trabalhadores envolvidos. Assim, no decurso das Festas da Cidade, constatámos que foi necessário reforçar a segurança. Tal facto esgotou mais cedo o cabimento anual. Por conseguinte, no 4º trimestre deveria ter sido feito o reforço orçamental, de acordo com os procedimentos habituais.

    f) Não dispomos de dados suficientes para discutirmos, na totalidade, a situação da Construtora San José. Parte dos trabalhos apresentados a mais foram motivo de longa discussão, e só aceites no fim do processo. A dívida da energia tem a ver com a dificuldade havida com a certificação do projecto de instalação eléctrica, incluindo o do posto de transformação.

    g) De acordo com a lei, muitos dos contratos de empreitadas são feitos com base em séries de preços, tendo no concurso sido indicados as quantidades e os preços unitários. Conforme a lei prevê, no decorrer da obra, compete à fiscalização acompanhar as respectivas medições (autos de medição). Sempre que as quantidades executadas ultrapassam os valores previstos no contrato, torna-se necessário fazer uma correcção de custos. Geralmente, tais ajustes ocorrem no final da obra, e só nessa fase são cabimentadas as despesas.

    h) Também as revisões de preços previstas na lei só são apresentadas, em geral, no final da obra, ou, inclusivamente, algum tempo depois desta acabar, só havendo nessa altura condições para as cabimentar. Este caso, tal como a situação anterior, explica alguns dos valores apresentados, por exemplo, pela Construtora São José, pela Lindley, pela Mimogal e pela Seth.

    i) Todos os outros casos são situações em que os valores surgidos ultrapassavam o valor inicial, devido a maior prestação de serviços.


    Em conclusão: Sempre que surgem este tipo de situações, deve o executivo, de imediato e na próxima alteração orçamental, corrigir as verbas de forma a cabimentar estas modificações. Os serviços sempre procederam deste modo. Se assim não agiram agora, não foi por certo por serem incompetentes, mas porque alguém teve interesse em deixar “apodrecer” a situação.
    Recorde-se que, como a auditoria reconheceu, no fim do ano existia um saldo cabimental no orçamento superior a 4 milhões de euros, ou seja, este montante é superior ao valor não cabimentado, o que permitiria essas correcções orçamentais.


    II – As dívidas a fornecedores e os créditos a favor da autarquia.

    a) Nas “dívidas a fornecedores”, estimadas em 7,5 milhões de euros, estão incluídas as facturas recebidas em Setembro e Outubro, e ainda não vencidas a 31 de Outubro (menos de 60 dias). Estas, mesmo em situação de grande estabilidade, só deveriam ser pagas em Novembro e Dezembro, e com as receitas destes meses. Nestas situações em concreto, devemos abater um valor nunca inferior a 1,5 milhões de euros.

    b) Relativamente aos “compromissos registados não realizados”, como o nome indica, a sua não realização não acarretou despesas e, por isso, não gerou mais dívidas. Trata-se de fornecimentos ou obras que estavam previstas realizar-se, mas que não avançaram para que existisse cabimentação orçamental em outras áreas.

    c) Sobre as “dividas a receber” pela autarquia - cerca de 4 milhões de euros -, o facto de a câmara, sob orientação do anterior executivo ter considerado cerca de 3,4 milhões como de cobrança duvidosa foi uma medida cautelar. Assim, não só estavam a ser desenvolvidos sistemas de penhora que permitiam recuperar parte significativa daquela verba, como cerca de 50% dela eram situações que, embora estando em contencioso, já tinham sido ganhas em 1.ª instância. Junte-se a isto o facto de as prescrições só caducarem ao fim de 8 anos se, entretanto, não tivessem sido feitos ofícios no sentido de recuperar a dívida, o que não foi o caso da nossa prática corrente.




    III – Os limites de endividamento.

    A CDU tem-nos sistematicamente acusado de termos ultrapassado o limite de endividamento. Tal acusação é falaciosa e denota uma falta de pudor assinalável. Este limite foi calculado até 2002 da seguinte forma: as amortizações mais juros tinham de ser inferiores a 25% dos fundos municipais transferidos (ex-FEF). Ora, na data que referimos, esse limite foi reduzido para metade (12,5%).
    Duas coisas aconteceram: por um lado, o PS, quando fez o empréstimo, estava ainda dentro do limite e não o teria ultrapassado em todo o mandato se este não tivesse sido alterado. Em contrapartida, mesmo que o PS não tivesse feito o empréstimo, o actual limite (12,5%) teria sido ultrapassado. E isto porque a CDU contraiu empréstimos bancários nos últimos 6 anos (de 1996 a 2001) de mais de 20 milhões de euros que não pagou, e que, como tal, transitaram para o executivo socialista.













    IV – Análise global da situação financeira da Câmara Municipal do Barreiro.

    A auditoria veio confirmar que a situação da autarquia, apesar de se encontrar longe do ideal, não é de modo algum compaginável com o discurso catastrofista do actual executivo. Desde logo, por ser agora irrefutável que estavam disponíveis, em 31/10/2005, tanto em bancos como em caixa, mais de 7 milhões de euros, o que viabiliza uma confortável folga de tesouraria. Como já referimos anteriormente, basta recordar que a C.M. Seixal tinha, segundo o seu relatório de contas em 31/12/2005, apenas 250 mil euros - ou seja, 28 vezes menos.
    Por outro lado, no relatório que temos vindo a analisar, são mencionados valores em dívida referentes a candidaturas diversas que perfazem um montante global de €1.837.844, assim como consideramos incontornável fazer uma referência aos quase 4 milhões de euros de que a autarquia é credora.
    De seguida, apresentamos esquematicamente o quadro financeiro em que o município se encontrava no período a que se reporta a auditoria:

    Disponibilidades em tesouraria----------------------------------€7.098.473
    Dívidas a receber------------------------------------------------- €3.935.334
    Verbas a receber------------------------------------------------- €1.837.844
    Total de activos---------------------------------------€12.871.651

    Dívidas a fornecedores-------------------------------------€7.550.744
    Outros encargos---------------------------------------------€3.251.513
    Total de encargos-------------------------------€10.802.257


    Verifica-se, assim, a existência da seguinte disponibilidade financeira:
    Liquidez (€12.871.651- €10.802.257)---------------------€2.069.394




    CONCLUSÃO FINAL

    Neste momento, julgamos que não restam dúvidas aos barreirenses sobre quem fala verdade em todo este processo. Chegou a altura em que a mistificação e os acessos febris de demagogia não poderão mais continuar.
    Como nunca deixamos de afirmar, este município, à semelhança de muitos outros, sempre se confrontou com uma situação financeira delicada. Aliás, todos nós temos bem presente a auditoria do Tribunal de Contas (TC) relativa ao último ano de gestão da CDU, em que o panorama traçado era de igual modo preocupante.
    O Partido Socialista, quando tomou posse em 2001, foi confrontado com um relatório do TC que refere situações idênticas às que constam da actual auditoria, tratando pelos nomes os responsáveis pelas falhas processuais aí constantes. Contudo, preferimos governar e tomar as decisões vitais para o futuro da nossa cidade, não soterrando os barreirenses em desculpas e acusações sobre quem nos antecedeu, tal como a CDU está actualmente a fazer. Esperamos que o bom senso prevaleça e que não venhamos a ter essas mesmas pessoas, agora membros da Assembleia Municipal, a criticarem o que fizeram no passado.
    Pela nossa parte, voltamos a sublinhar que, em 31/10/2005, existiam em caixa mais de 7 milhões de euros em tesouraria. Neste preciso momento, a situação financeira encontra-se controlada, e a verdade é que a autarquia, passados 6 meses, tem ainda disponíveis 5 milhões de euros e no final deste mês, com as receitas provenientes do IMI, voltará a ter 7 milhões de euros.
    Quanto ao senhor presidente da Câmara, voltamos a solicitar-lhe que nos esclareça se está disponível para repetir o mesmo tipo de auditoria no verão de 2009, de forma a que possamos todos avaliá-lo pelo trabalho que terá ou não realizado no decurso deste mandato.
    A demagogia tem o inconveniente de ser uma arma que, normalmente, acaba por atingir quem não consegue viver sem ela. Sugerimos que, passados 232 dias após as eleições de Outubro, a maioria CDU comece a pensar finalmente nos problemas reais dos barreirenses.

    Os vereadores do Partido Socialista na Câmara Municipal do Barreiro.

    Emídio Xavier
    Luís Cerqueira
    Amílcar Romano
    João Soares

     
  • At 01 junho, 2006 00:22, Anonymous Anónimo said…

    Meus queridos amigos.
    pelo que se percebe no comunicado do PSD, parece-m que estes, não se querem meter nisto.
    Razões?
    Se calhar porque nos assuntos mais complicados de explicar, Mercado de Santo André, Ligação Alto Seixalinho - Santo André, Básica dos Fidalguinhos, afinal de contas, o responsável era nem mais nem menos o digníssimo vereador representante dos Sociais Democratas no Barreiro.

     
  • At 01 junho, 2006 03:18, Anonymous Anónimo said…

    "...acho útil deixar aqui, na íntegra, o documento produzido pelos nossos vereadores no mandato anterior, para que cada um tire as suas conclusões ..."

    Grande António. Elegante, como sempre.
    Está lá tudo.Mesmo!
    Alguém percebeu ?
    Pois eu acho que estou a ver a tua resposta: who cares ?

    Fazes muito mais do que a tua parte e a tua parte vale muito mais do que tudo isto.

     
  • At 01 junho, 2006 10:14, Blogger Zé do Barreiro said…

    Pois é caríssimos Amigos,

    O comunicado do PSD não diz rigorosamente nada sobre a auditoria, o que é muito preocupante, corrijo, diz que os auditores é que não souberam fazer a auditoria com profundidade.

    Querem vêr que ainda acabam por ser os auditores os verdadeiros culpados pelo descalabro ...

    O comunicado do PS também não conta/não esplica tudo ...

    E o meu Amigo Cabós Gonçalves, inteligente como é ( também não diz nada ), faz o seu papel, aliás muito bem feito: não se compromete porque AINDA é membro da CPC/PS/Barreiro. Muito bem visto !!! De Mestre !!!

    Inté,

    Zé.

     
  • At 02 junho, 2006 16:03, Blogger Zé do Barreiro said…

    Caro penúltimo “Anónimo”,

    Como não quero que lhe falte nada, aqui vão alguns nºs das empreitadas que referiu à data de 31/10/2005 – valores sem IVA:


    MERCADO DE Sto ANDRÉ

    Valor adjudicado - 1.435.743 € Total pago – 1.487.212 € Mais 51.469 €.

    JARDIM DE INFANCIA E ESCOLA BÁSICA DOS FIDALGUINHOS

    Valor Adjudicado – 901.079 € Total pago - 1.006.286 € Mais 105.207 €.

    VIA DE LIGAÇÃO QUINTA DA LOMBA – QUINTA DO MACHINHO ( Av. Do Parque )

    Valor Adjudicado – 599.000 € Total pago - 656.559 € Mais 57.559 €.


    E … por aí fora.

    Sem mais comentários da minha parte … mas pode retirar, o meu amigo, as suas conclusões.

    Mande sempre,

    Zé.

     
  • At 02 junho, 2006 16:22, Anonymous Anónimo said…

    Porque é que o relatório da auditoria não é disponibilizado no site da autarquia?

    E as ordens de trabalho das sessões de câmara ?

    E as deliberações da Câmara e das Assembleias ?

    Não se tratam de documentos de livre acesso e do interesse de todos os munícipes e cidadãos em geral?

    Seria Simplex quanto baste...

     
  • At 05 junho, 2006 13:47, Blogger Zé do Barreiro said…

    Caríssimos Amigos,

    Vejam ( e leiam ) esta pequena pérola que fui buscar ao nosso distinto colega barreirocaustico.blogspot.com, texto que convido todos a lá ir e ler na integra.

    Transcreve-se apenas o parágrafo final:

    “ Mas, já agora que ninguém nos está ouvir, digam lá se acham mesmo que esta auditoria foi financeira ou se... pelo contrário... consideram... que na realidade foi política? “

    Comentário do Zé:

    Ou teria sido financeira e política ? ou nem uma coisa nem outra ? uma coisa parece certa: NÃO FOI, NEM NUNCA SERÁ UMA AUDITORIA QUE CONDENE JUDICIAL E CRIMINALMENTE OS RESPONSÁVEIS E AUTORES DA SITUAÇÃO FINANCEIRA A QUE A AUTARQUIA CHEGOU. AUTARQUIA QUE NÃO É MAIS NEM É MENOS DO QUE O CONJUNTO DOS 75.000 HABITANTES DESTA TERRA QUE FORAM CLARAMENTE LESADOS E SERÃO CERTAMENTE PREJUDICADOS, PARA JÁ, NOS PRÓXIMOS 4 ANOS. Essa é que é essa …

     

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