A POSIÇÃO DA QUERCUS SOBRE A COMPONENTE RODOVIÁRIA NA TTT – Coerência precisa-se.
Meus Amigos,
Porque entendemos ser de muita relevância, para se compreender profundamente o que se passa com a questão da Terceira Travessia do Tejo incluir ou não a componente Rodoviária, achamos conveniente abordar TODOS os parâmetros, interesses, premissas, organizações que uma infra - estrutura com esta dimensão envolve.
Claro que, também, não poderíamos deixar de nos referir à Quercus, a única peça deste “Puzzle” que faltava abordar aqui no Blog, sobre esta matéria.
As posições que a QUERCUS defendeu, com “unhas e dentes”, quando o Governo PPD/PSD/Cavaco Silva/Ferreira do Amaral decidiram que a 2ª Travessia do Tejo seria no corredor nascente/Sacavém-Montijo, preterindo a solução Chelas – Barreiro, são, no mínimo, um dos mais completos tratados sobre a falta de coerência de que temos conhecimento.
Não esquecer, Caros Amigos, que estamos por alturas de 1998/1999, quando estas posições foram tornadas públicas por esta Organização Ambiental …
Cá vai.
A Quercus tomou posições públicas e participou num grupo de trabalho, que inclui organizações de ambientalistas de grande importância a nível nacional ( L.P.N., G.O.T.A. e Instituto D. Dinis ) que realizou várias acções de esclarecimento da opinião pública contra a proposta de construção da nova ponte no corredor nascente.
Apesar de todos os protestos, em relação ao local de construção da nova ponte, esta foi construída sobre o corredor nascente, estabelecendo a ligação entre Sacavém e o Montijo.
Esta opção não visa resolver os problemas de congestionamento da tráfego actual da ponte 25 de Abril, em virtude da distância que apresenta em relação aos centros urbanos mais densamente povoados, isto porque o tráfego deslocado da ponte actual para a nova ponte será de apenas oito a 19 por cento, notoriamente insuficiente para descongestionar ou constituir alternativa ( a ponte no Barreiro deslocaria 21 a 46 por cento do tráfego ).
E quanto à opinião pública? A esmagadora maioria ( cerca de 81 % ) prefere a ponte Chelas - Barreiro ( tráfego de Almada, Seixal, Barreiro, Moita, Sesimbra ) contra os 3% de utentes que optam pela ponte Sacavém - Montijo. Os restantes 16%, oriundos essencialmente de Setúbal, Palmela, Alentejo e Algarve, não têm qualquer preferência.
As autarquias do Montijo e Alcochete não estarão , ao defender o corredor nascente, a contradizer-se com posições anteriormente assumidas em defesa da Reserva Natural do estuário do Tejo, por ocasião da, então, polémica do Campo de Tiro de Alcochete?
A escolha Sacavém - Montijo e não Chelas - Barreiro deve-se ao facto, segundo a opinião do Ministro Ferreira do Amaral, ( NOTA: o Ministro do Ambiente deste Governo, Valente de Oliveira, apresenta a sua demissão … ), de que a construção de uma ponte Chelas - Barreiro ser «inviável devido a condicionantes técnico-económicas».
Mas será que o dinheiro é mais importante que o equilíbrio ecológico do Estuário do Tejo?
Está claro que não existe nenhuma vantagem em termos ambientais na opção nascente.
Portanto, quanto à escolha do local da Nova Travessia Rodoviária sobre o Tejo em Lisboa consideramos uma opção errada e condenamos a acção do governo durante o processo pelos seguintes motivos:
A postura do Estado Português na Comissão Europeia (CE) quanto à nova ponte sobre o Tejo tem sido ocultar e não cumprir nas questões ambientais.
Até Outubro de 98 ainda se aguardava resposta do CEMA à solicitação de informação por parte da CAO.
A construção da nova ponte sobre o Tejo vai provocar bastantes problemas a nível ambiental em toda sua área circundante, uma vez que a sua construção recai em pleno complexo de salinas do Samouco, considerada Zona de Protecção Especial.
A alternativa apresentada pela Quercus ( Chelas- Barreiro ) constituía uma ameaça comparativamente inferior do que a localização definitiva da Ponte Vasco da Gama representa para a Reserva.
ESTAS POSIÇÕES, REPETIMOS, FORAM DIVULGADAS PUBLICAMENTE EM O.C.S. E EM VÁRIOS ESTUDOS ELABORADOS POR ALTURA DOS ANOS 1998/1999 …
Em 10 de Abril de 2007, dez dias depois de ter terminado o prazo oficial, para a divulgação da decisão, por parte do Governo, se a TTT comportaria, também, a componente Rodoviária – estranhíssimo e muito curioso, não acham ? - a Quercus vem a terreiro defender a opção exclusivamente ferroviária, apresentando as 5 razões da sua opção.
As Conclusões – e apenas as conclusões - são as seguintes:
A Quercus aproveita para considerar que a travessia rodoviária Algés – Trafaria, por motivos que nos levam também a recusar a componente rodoviária em relação à ponte Chelas-Barreiro e por outros específicos daquela área junto à foz do Tejo, deverá continuar a ser inviabilizada.
Neste quadro, as opções em termos de localização, custos e decisão deverão ser as seguintes:
1. Travessia exclusivamente dedicada a tráfego ferroviário de alta velocidade e convencional;
2- Travessia exclusivamente dedicada a tráfego ferroviário de alta velocidade e convencional, com reforço de alguns aspectos estruturais, que não ao nível do tabuleiro, permitindo a eventual utilização rodoviária A LONGO PRAZO (mínimo de 20 anos), se necessário.
Para terminar, não deixa de ser interessante divulgar as declarações do Ministro das Obras Públicas – Engº Carmona Rodrigues – do Governo PPD/PSD/CDS-PP, PROFERIDAS EM 08 DE NOVEMBRO DE 2003 …
«Terceira Travessia sobre o Tejo a partir de 2006
O Governo está a preparar a construção de uma terceira travessia sobre o Rio Tejo, no âmbito dos traçados aprovados no acordo para o comboio de alta velocidade (TGV). O local para a edificação da ponte está ainda em estudo, mas o ministro das Obras Públicas, Carmona Rodrigues, indica, para já, que esta será uma realidade dentro de cerca de dois anos.
Em entrevista à edição de hoje do PÚBLICO, Carmona Rodrigues avançou que existem duas possibilidades para a entrada do TGV em Lisboa: "uma é sair de Lisboa para o norte e fazer uma travessia do Tejo mais barata em Vila Franca ou Alverca e descer depois para Évora; a outra é uma nova ponte Chelas-Barreiro que no início será apenas ferroviária, mas que daqui a a 30 anos possa ser também rodoviária". »
Coincidências? Falta de coerência? Memória curta? Irresponsabilidade? Leviandade ? Tentar lançar a confusão para a decisão final do Governo PS ?
Deixo ao vosso critério.
Zé do Barreiro.
36 Comments:
At 17 maio, 2007 16:50, Anónimo said…
1ª Pergunta: Desde o Governo que deciu a construção da ponte do Montijo qual é o percurso desses grandes ambientalistas até hoje?
2ª Pergunta: Se o Ps sempre foi a favor da ponte Barreirro/Chelas porque razão agora está com dúvidas?
3ª Pergunta: Será que na opinião dos ditos ambientalistas não haverá dedo do PS?
Por agora são estas as dúvidas que eu tenho.
At 18 maio, 2007 00:42, Anónimo said…
Luis Carlos na Comissão.
Oh meus amigos sejam sérios.....
At 18 maio, 2007 01:48, A Reguengos said…
Boa noite Zé,
Peço desculpa pelo atrevimento, mas muito agradecia que pudesse divulgar pelo seu o nosso blog:
terceiratravessiatejo.blogspot.com
por forma a que os seus fiéis leitores (nos quais me incluo, obviamente!) possam tomar conhecimento da Comissão de Apoio à Terceira Travessia do Tejo Rodo-Ferroviária Barreiro-Chelas que represento.
Certo da sua melhor atenção.
Melhores cumprimentos,
At 19 maio, 2007 10:57, Zé do Barreiro said…
Meus Amigos,
Recomendo vivamente à QUERCUS e ao GEOTA que atentem para quem sabe inequivocamente do que fala e para quem, actualmente, em Portugal, é a maior autoridade sobre o assunto – o Sr. Presidente da R.A.V.E., Luís Pardal.
Diz que há opções de ordenamento do território e ambientais que só podem ser assumidas pelo poder político. É verdade. E aqui o Governo terá de decidir, manifestamente …
Mas que, também, se trata de uma questão de "equidade". Se se faz uma terceira ponte para a ferrovia, porque não incluir a componente rodoviária?
A inclusão do tabuleiro rodoviário na TTT custa mais 500 milhões de euros, é um facto.
Mas a RAVE considera que não há vantagem económica relevante na opção de construir agora a ponte apenas para a ferrovia e deixá-la preparada para um futuro tabuleiro rodoviário.
Cá está uma verdade inquestionável !!!
Saudações,
Zé.
At 19 maio, 2007 12:54, Anónimo said…
Boa tarde a todos;
Coragem, é o que vos desejo sinceramente, a luat que vão ter pela frente a isso vos vai obrigar, não tenham dúvidas.
Agardou-me a forma como se dirigem à população do Barreiro, e acima de tudo, a contêxtualização organizada dos objectivos que definem como directrizes indispensáveis para uma acariação de direitos a que o Barreiro à muito se exige.
Coragem, camaradas, podem contar com os Barreirenses que amam o BArreiro, e desejam acima de tudo o melhor para esta terra à muito esquecida.
José Martins
At 21 maio, 2007 11:13, Zé do Barreiro said…
Meus Amigos,
Leiam esta “pérola” – agora do GEOTA - das soluções que propõem para descongestionar o tráfego da Ponte 25 de Abril:
Para resolver o problema do congestionamento da ponte 25 de Abril, o GEOTA propõe:
1. Apostar seriamente num sistema integrado de transportes na área metropolitana de Lisboa, com adopção de um título único de transportes, melhoria das interfaces, densificação do metropolitano de Lisboa e introdução/ampliação dos modos ferroviários ligeiros em sítio próprio (metro de superfície/eléctrico ligeiro), como de resto é preconizado no PROTAM;
2. Criar estacionamentos e interfaces adequadas nos terminais de transportes na periferia;
3. Alargar o projecto do Metro Sul do Tejo (MST), para poente até à Costa da Caparica e Trafaria e para nascente até ao Barreiro e Montijo;
4. Especificamente para a travessia do Tejo, em vez de novas rodovias, equacionar prioritariamente a ligação do MST Algés -Trafaria, a ligação do metropolitano de Lisboa à Margem Sul ou ainda, se vier a concretizar-se a ferrovia Chelas-Barreiro, então a ferrovia da ponte 25 de Abril deverá passar a ser utilizada pelo metro.
Reparem na confusão ( quase raia uma grande trapalhada … ) das propostas do GEOTA.
Digam lá, muito sinceramente, caros Amigos, se a inclusão da componente Rodoviária na T.T.T. não resolveria, de imediato, o problema do congestionamento de trânsito na 25 de Abril, sendo uma solução muito, mas mesmo muito, menos complicada ?
Acham que cá o Zé estará a ser tendencioso por defender apenas e exclusivamente o Barreiro, simplesmente porque mora nesta Cidade ?
Ou trata-se de puro e simples realismo ?
Zé.
At 21 maio, 2007 19:48, Zé do Barreiro said…
DO BLOG 'cumixoso.blogspot.com' COM A DEVIDA VÉNIA:
Não Há Pachorra !!!
Esta "gente", continua a chatear! Olhem lá, as vossas Maezinhas lhe vos deu de mamar qundo eram pequenos? É que senão, há por aí muitos bois! Porra, parem de chatear o País e quem quer modernizar e evoluir!!! Agora são os terrenos da nova fábrica do IKEA no Norte, onde devem ter sido abatidas uma arvores (era deixar arder no verão) e alteração ao PDM de Paços de Ferreira.
Antes disso, e isto já me toca a mim particularmente, por causa da Terceira Travessia do Tejo Chelas-Barreiro em que a Quercus defende opção exclusivamente ferroviária. Deculpem lá, mas de que me serve uma nova ponte para Lisboa, se depois é só para ver o TGV passar?
E na vossa opinião, a Ponte deverá ficar preparada para daqui a 20 anos poder ser utilizada por veiculos?? Ora, vão-se encher de moscas!
# posted by cumixoso : 4/23/2007 05:57:00 PM
ASSIM É QUE É FALAR !!!
AH GANDA CUMIXOSO É ASSIM MESMO, SEM PAPAS NA LÍNGUA !!!
At 22 maio, 2007 08:24, Anónimo said…
Daqui a 20 anos já não há poluição.
P... que os Pariu.
Continuo a perguntar não estarão estes gajos a ser pagos e bem pagos por alguém.
At 22 maio, 2007 14:04, Anónimo said…
A Quercus decide sózinha alguma coisa?
Os seus "pareceres" são vinculativos?
A Quercus é ou não é uma ASSOCIAÇÃO NÃO GOVERNAMENTAL?
Como Tal, pode ou não pode emitir as suas opiniões como qualquer um de nós, ou não?
Pode ser omitido ( e registo que o Zé não o fez no seu post)o facto de já existir actualmente a Ponte Vasco da Gama?
At 22 maio, 2007 14:31, Zé do Barreiro said…
Pois …
De facto já existe actualmente a Ponte Vasco da Gama, o que significou que o Governo da altura se borrifou claramente para as opiniões da QUERCUS.
Olhe, caro Anónimo, só desejo ardentemente que o actual Governo do PS também se marimbe para os actuais pareceres e opiniões da QUERCUS e do GEOTA sobre a TTT.
E se o fizer, pelo menos por esta via, a Ponte terá certamente a componente Rodoviária no imediato !!!
E … tenho dto.
Zé.
At 22 maio, 2007 17:35, Anónimo said…
Rostos Blog:
Dia 15 de Maio
A Ponte rodoviária e ferroviária
O dia foi marcado pela realização de uma conferência de imprensa, protagonizada por quatro cidadãos, localmente todos conhecidos como militantes do Partido Socialista, que se apresentaram aos órgãos de comunicação social como representantes de 200 pessoas, que dão a dimensão de uma Comissão “apolítica” – melhor apartidária – em defesa da existência das vertentes rodoviária e ferroviária.
Será que esta é uma corrente do PS que está contra o governo que, ao que parece, está um pouco inclinado para que a ponte Barreiro-Chelas, seja apenas ferroviária e para a alta velocidade?
Aliás, uma corrente de opinião, que apoia as palavras do Presidente da Câmara Municipal do Barreiro e que, de alguma forma responde ao apelo de o Barreiro se “autoorganizar” em defesa da vertente rodoviária.
Neste caso, a tendência destes militantes socialistas, poderá dizer-se é mais próxima do “pensamento marxista-leninista”, está com alguma disponibilidade para fazer uma política “frentista”, ao velho estilo da FSP…pelo estilo de acção politica que optaram por concretizar, serão, talvez, uma espécie de “comunistas envergonhados”.
Aliás, não é, certamente, por mero acaso, que apresentam como “primeira figura de relevo” que apoia a Comissão, o Vereador Independente da Câmara Municipal do Barreiro, João Soares.
O que leva a crer que, na verdade, esta tendência socialista seria defensora que todos os eleitos deveriam assumir pelouros, em defesa dos interesses do Barreiro e dos barreirenses.
At 22 maio, 2007 22:56, A Reguengos said…
Boa noite Zé,
O facto de ser militante do partido Socialista do qual muito me orgulho, não me impede de em primeiro lugar ser cidadão.
E por ser cidadão, tenho o direito de defender aquilo que considero como justo. E considero que a ligação rodo-ferroviária é a mais justa em todos os aspectos, os quais já foram amplamente divulgados.
Considero, também, que então Barreirense devo defender os interesses do Barreiro e é isso que iremos fazer.
No rostos blog, atribuem-me vários rótulos que rejeito completamente.
Não sou, não fui e certamente não serei "comunista envergonhado", nem próximo do "pensamento marxista-leninista", bem como devo dizer que não fomos influenciados pelo Presidente da CMB para este movimento, já que começámos a trabalhar nesta Comissão bastante antes das declarações públicas de Carlos Humberto.
É por estas e por outras que o Barreiro está como está, cada vez mais esquecido e cada vez menos desenvolvido. É que cada vez que alguém se mexe por uma causa que considera justa, logo aparecem outros com comentários absolutamente indescritíveis e pouco corajosos ao abrigo de blogs anónimos.
Já agora permita-me que informe que temos uma petição on-line a correr em:
http://www.petitiononline.com/tttbarr/petition.html
At 23 maio, 2007 10:05, Anónimo said…
"Carregado: Nova ponte sobre Tejo abre ao trânsito em Julho
A nova travessia sobre o rio Tejo, no Carregado, vai abrir ao trânsito na primeira semana de Julho, altura em que abrirão ao tráfego 14,5 quilómetros entre a A1 no Carregado e Benavente.
(…)
O projecto foi executado por equipas portuguesas tendo como base a ideia de criar uma ligação entre o Norte, o Sul e Espanha, e o Ribatejo e a região Oeste e o sul sem agravar o congestionado trânsito da capital.
«Não é possível alargar a A1 em Vila Franca de Xira e quando abrirmos a ponte será possível ter acessos do Oeste para Sul e Espanha e do Norte para Sul e Espanha sem passar por Lisboa, melhorando muito o congestionamento em Lisboa», afirmou João Bento, administrador da Brisa.
(…)
João Bento adiantou ainda que a obra representa um investimento de 200 milhões de euros e teve um prazo de execução «apertado» de 20 meses empregando 1500 trabalhadores.
Com o fecho do tabuleiro entra na fase final o último troço da A10.
A nova ponte sobre o Tejo e os campos agrícolas da Lezíria terá duas faixas de rodagem com três vias, uma extensão de 11 670 metros (dois viadutos e a ponte de 972 metros) e poderá ser atravessada a uma velocidade máxima de 120 quilómetros/hora.
A obra, segundo a Brisa, não foi feita tendo em conta a proximidade à Ota, a localização prevista pelo Governo para o novo aeroporto de Lisboa, disse aos jornalistas o administrador da Brisa.
«A construção desta infra-estrutura não está directamente ligada à Ota, quando Lisboa tiver um novo aeroporto com uma posição definida nós temos o dever de construir o acesso a esse aeroporto», disse João bento. "
Diário Digital / Lusa
22-05-2007 20:24:00
At 23 maio, 2007 10:33, Anónimo said…
Obrigado pela rapidez.
At 23 maio, 2007 10:34, Anónimo said…
“(…)É que cada vez que alguém se mexe por uma causa que considera justa, logo aparecem outros com comentários absolutamente indescritíveis e pouco corajosos ao abrigo de blogs anónimos.(…)”
Embora não conheça, nem toda a blogosfera nem todos os bloguers anónimos, e como o artigo do Rostos vai assinado, vou ”enfiar este barrete” para dizer que :
-acho muitíssimo louvável a criação da vossa comissão;
-cada grande projecto deveria ter, não uma comissão deste tipo, mas várias representando cada uma, as várias tendências existentes na opinião pública;
-não vejo mal nenhum em existirem políticos nessas comissões pois será uma maneira de as discussões nelas realizadas serem carreadas para o interior dos partidos que bem precisam de ouvir os cidadãos;
Por outro lado, acho que:
- deveriam “atirar-se” não só às associações ambientalistas porque foram elas que falaram ( e se não concordam com o que elas disseram devem argumentar, como fez o Zé), mas também, por exemplo, contra o silêncio dos partidos ambientalistas;
-deveriam “atirar-se”, não só, aos cidadãos anónimos que comentam nos blogues anónimos, mas também, contra os interesses anónimos e obscuros que gravitam à volta destes grandes projectos.
Se querem convencer os que duvidam da bondade deste projecto( porque são sistematicamente do contra ou porque não dispõem de informação suficiente)
contribuam para o esclarecimento das implicações da sua realização senão estarão somente a pregar para os que já estão convertidos ou, pior, a dar “força política” a quem não hesitará depois em morder-vos a mão.
At 23 maio, 2007 13:56, Zé do Barreiro said…
“Anónimo” das 10:05 horas,
Duas rápidas “pinceladas” sobre a notícia do Diário Digital / Lusa que teve a amabilidade de transcrever nos comentários, o que muito agradecemos:
1. Mais uma Ponte Rodoviária – e muito bem construída - que servirá a Região do Oeste, Carregado e Benavente, ligando ao Sul e a Espanha sem passar por Lisboa.
E o Barreiro, irá limitar-se a ver passar os comboios ?
Ou terá, também, o direito legitimo, como as outras regiões, a ter uma vertente Rodoviária ?
2. Ora, se esta Ponte/Via irá servir para “não agravar o congestionado do trânsito da capital”, “ melhorando muito o congestionamento em Lisboa», pergunto muito ingenuamente porque razão a TTT não terá a componente Rodoviária, uma vez que também irá contribuir para descongestionar o tráfego de Lisboa ?
Elementar !!!
Zé.
At 23 maio, 2007 19:16, Anónimo said…
De si não esperava outra coisa...
Ai se o seu partido o pudesse clonar...
At 23 maio, 2007 20:44, Zé do Barreiro said…
“Anónimo” das 10:34 horas,
Caríssimo, entendemos perfeitamente as suas palavras, os seus desejos e as suas oportunas sugestões.
Todavia – e se mo permite – aconselhava-o a que pudesse transmiti-las ao Blog ‘terceiratravessiatejo.blogspot.com’, esse sim o lugar mais adequado para serem abordadas as suas legitimas preocupações sobre o que refere.
Nós, aqui, é como diz o “outro”: já demos demais para este peditório.
É que seis – SEIS – Posts sobre a T.T.T. incluir ou não a componente Rodoviária, incluindo dezenas de comentários, opiniões e sugestões, publicados durante meses neste espaço, entendemos que é motivo suficiente para considerarmos que, sobre esta matéria, fizemos muito mais do que a nossa obrigação …
Contudo, o seu comentário é muito oportuno e apropriado. De todo.
Mas, compreenda, caro Amigo, este simples e humilde Blog é apenas o Blog do Zé do Barreiro. Só …
Cumprimentos,
Zé.
At 24 maio, 2007 01:05, Anónimo said…
É com o maior prazer que participo neste verdadeiro espaço de debate em que todos defendem o Barreiro e apresentam provas de terem feito o "trabalho de casa".
É neste ambiente de sã convivência democrática que aqui lanço algumas tormentas, embaraços e questiúnculas.
1- Qual a importância de toda esta questão da ponte? Que país no seu juízo normal faria uma ponte para um sítio em que não há gente, não há escolas, não há hospitais... e... hélas, não há hotéis ?
2- Que Ministro informado, como é obviamente inerente ao cargo, faria uma ponte para um "cancro no pulmão"?
3 - Não é claro para todos nós, alfabetizados, doentes e viajados, que, tal como em Lisboa e em todas as "grandes capitais", os aeroportos devem ser feitos em "sítios recheados de gente, carregados de escolas e repletos de hospitais. Melhor!... bem perto dos hotéis??
4 - Atentai nas palavras sábias de um engenheiro a sério "inscrito na ordem", homem de "compromisso pessoal" e vede todos a carga infraestrutural da Ota no que toca as estes equipamentos. Ali sim existe gente a sério, com educação, doente e ansiosa por uma noite de B&B (bed and breakfast para os menos eruditos)
5 - Repousai agora da ignomia, do desplante e da falta de VNC (Vergonha Na Cara, para quem quiser).
Todos os militantes, dirigentes, Secretários de Estado, Presidentes de Câmara, "comissionistas" e penduras do partido do Minstro das Obras Púlicas que julgávamos terem nascido e vivido nesse sítio "sem ...e tal e tal" afinal não existem.
Esta é razão suficiente para gritarmos Viva!!!! Afinal isto era tudo na brincadeira.
Também o Salazar e a Pide e as perseguições e as mortes e os resistentes(todos!!! vindos de onde seja, agregados ao que for) são fruto da imaginação de uma gente que nunca existiu, analfabeta e que nunca despejou o lombo numa cama de hotel.
Assim vale a pena, Viva a Verdade.
At 24 maio, 2007 01:18, Anónimo said…
O que importa é que na Ordem dos Ecomistas devem servir uma boa pinga. E mais nada.
At 24 maio, 2007 08:35, Anónimo said…
E as palavras do Mário Lino depois de um almoço bem regado?
E o que dizem os grandes autarcas "socialistas" da margem sul?
Isto é o "PS" no seu melhor!!!
At 24 maio, 2007 09:43, Zé do Barreiro said…
Anónimo das 01:05 horas,
Meu caro Senhor, estou estarrecido e indignado !!!
E o que me apetece fazer neste momento é, para já, não fazer nenhum comentário às declarações do Sr. Ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações. Por uma questão de, ainda, ter grande consideração por ele.
Irei remeter-me à publicação, ainda hoje, da “A URBANIZAÇÃO DO CAMPO DAS CORDOARIAS E OUTRAS URBANIZAÇÕES AFINS … Vamos pôr os Barreirenses a pensar ? - PARTE V “, este assunto sim, de interesse e importância para todos os Barreirenses !!!
Saudações,
Zé.
At 24 maio, 2007 10:21, Anónimo said…
É uma luta desigual e NÃO me congratulo com isso:
"(...)«Um aeroporto na margem sul tem um defeito: precisa de pontes. Suponham que uma ponte é dinamitada? Quem quiser criar um grande problema em Portugal, em termos de aviação internacional, desliga o Norte do Sul do País», declarou Almeida Santos no final da reunião da Comissão Nacional do PS. (...)"
Quanto às declarações de Mário Lino, parece com elas querer ganhar um avanço considerável sobre os seus colegas da Economia e do Ambiente na corrida ao título de Mister Pin 2007...
At 24 maio, 2007 19:39, Anónimo said…
A Conferência Internacional final do PSPE realizou-se hoje, no Auditório Augusto Cabrita, NO BARREIRO.
MAS, o Jantar, o programa de animação e o Cocktail de encerramento foram realizados em Lisboa.
Então não era uma boa oportunidade para promover a gastronomia e a noite barreirense ou será que o executivo tem VERGONHA de mostrar o Barreiro - Cidade da Participação aos convidados?
Depois os outros é que não gostam do Barreiro!
At 24 maio, 2007 21:36, Anónimo said…
Já descobri o "comunista envergonhado": é o próprio Sousa Pereira que já foi militante do PCP.
Agora é militante do PS e está contra o ministro Mário Lino. Como é que ele pode estar contra as palavras do ministro e estes gajos da comissão da ponte têm que estar a favor do Governo?
Inexplicável, no mínimo, não?
At 24 maio, 2007 21:48, Zé do Barreiro said…
E o Hotel para pernoitarem, Amigo, e o Hotel para, depois, todas aquelas personalidades “ Estrangeiras” pernoitarem ?
Ah,ah,ah,ah. Desculpe mas não consegui controlar-me.
Então não é que isto veio mesmo a propósito do assunto do momento ?
Isto é que vai uma açorda, hem …
O meu Amigo contribuiu decisivamente para que eu tivesse excelente disposição em pleno momento negro protagonizado por Ministro do meu Governo.
Bem haja.
Zé.
At 24 maio, 2007 22:21, Zé do Barreiro said…
Anónimo das 21:36 horas,
Não sou Advogado de ninguém, mas especifique onde foi e em que situação é que o Sousa Pereira se manifestou contra o Ministro.
Quanto “ aos gajos da comissão da ponte “, conforme suas palavras, valerá a pena, NESTE MOMENTO, o esforço que em tão boa hora estão a levar a cabo e com os excelentes resultados que já se estão a ver ?
É uma pergunta cá do Zé.
Mas é como diz o meu amigo com toda a razão: será, no mínimo, inexplicável, será sim senhor …
Continuemos,
Zé.
At 25 maio, 2007 10:01, Anónimo said…
Já trabalho desde o tempo de Salazar mas nunca me custou tanto como agora. Nunca pensei chegar a isto.
ISTO É "PS" NO SEU MELHOR"
Dewpois do que fizeram ao Dr Ferro Rodrigues estavam á espera do quê?
At 25 maio, 2007 15:05, Anónimo said…
Parece que ainda não foram feitas as transferências dos vencimentos para os trabalhadores da CMB este mês.
Falha de quem?
At 27 maio, 2007 16:09, Anónimo said…
AMRS promove seminário sobre a água
"No início do século XXI, a temática da água ganhou uma relevância sem precedentes à medida que se foi generalizando o conhecimento da sua escassez (para consumo humano) e se foram criando interesses económicos cada vez maiores em torno deste recurso. Foi com base nestas preocupações que a AMRS decidiu promover um seminário sobre a matéria intitulado «A Água - Desafio da Gestão de um Recurso Fundamental à Vida».
Na Região de Setúbal, a água tem constituído um importante domínio de intervenção das Autarquias Locais, na defesa deste bem público, assim como tem vindo a desenvolver um importante trabalho nesta matéria, garantindo às populações um serviço de reconhecida qualidade.
Num momento em que surgem estratégias de criação de um mercado da água e que se pretende generalizar a privatização da gestão deste recurso fundamental à vida, a AMRS promoverá a reflexão e a discussão aprofundada das matérias relacionadas com o sector da água, a gestão de um recurso com estas características, as políticas tarifárias, a protecção ambiental do Aquífero da Península de Setúbal, a garantia de universalidade e da qualidade do abastecimento de água às populações.
Este seminário realizar-se-á no segundo semestre de 2007 e, no mesmo, será criado um Observatório da Água."
Recordo que, há bem pouco tempo atrás, o presidente da CMB decretou que a àgua é um bem público.
Cumpra-se...
At 29 maio, 2007 10:19, Anónimo said…
ANA quer explorar terminal de cruzeiros e estação do TGV
"A concepção, execução e exploração de estações de comboios, de metropolitano e terminais de cruzeiros são projectos na mira da ANA, a empresa gestora dos aeroportos nacionais.
Segundo refere o Diário de Notícias, terça-feira, a ANA-Aeroportos de Portugal quer alargar a sua actividade a áreas não directamente ligadas à aviação, que no exercício de 2006, contribuíram com receitas de 84,2 milhões de euros, um acréscimo de 9,8% face ao ano anterior.
Guilhermino Rodrigues, presidente da empresa, afirmou num encontro com jornalistas, que está a analisar a gestão do terminal de cruzeiros do Funchal, e confirmou a existência de contactos exploratórios para o futuro terminal de Lisboa.
A exploração da estação de comboios de alta velocidade, a construir na zona compreendida entre Olaias e Chelas, está igualmente nos planos da empresa.
Estes projectos, explica o DN, inscrevem-se na nova concepção a que obedece a gestão dos aeroportos, seguindo cada vez mais a ideia das cidades aeroportuárias, em que o terminal não serve apenas para as partidas e chegadas, mas como um lugar de lazer e de compras.
O aeroporto da Portela tem seguido esta tendência, e em breve vai passar a dispor de um cabeleireiro e de um novo restaurante, além de já contar com um SPA.
As receitas geradas nos negócios não-aviação podem subsidiar as taxas aeroportuárias, tornando-as mais baratas, e em consequência, tornam o aeroporto mais competitivo. "
29-05-2007 8:27:10
At 02 junho, 2007 23:09, Bloghestral Manoueuvres in the Dark said…
Já sei que é contra a corrente dominante na nossa terra mas felicito este jovem pela coragem em assumir esta posição.
in:http://www.rostos.pt/paginas/inicio2.asp?jornal=18&revista=5&cronica=110490&mostra=2
At 03 junho, 2007 09:19, Zé do Barreiro said…
Caro Paulo,
Cá está uma das vitórias da Democracia, uma das pérolas da Tolerância e um dos fenómenos da Paciência: a diversidade de opiniões.
Bom Domingo para si,
Zé.
At 03 junho, 2007 23:17, Bloghestral Manoueuvres in the Dark said…
Poceirão é «alternativa credível» à Ota, diz Ernâni Lopes
A zona do Poceirão poderá ser uma «uma alternativa credível» à Ota para se instalar o futuro aeroporto de Lisboa, disse hoje à Lusa o economista e professor universitário Ernâni Lopes.
Falando à margem de uma conferência, em Setúbal, no âmbito da Jornada «Segurança e Defesa na Economia do Mar», o antigo ministro das Finanças afirmou que o Poceirão «é uma alternativa credível» para a localização do novo aeroporto de Lisboa.
Ernâni Lopes integra uma comissão de especialistas que está a estudar uma solução sustentada de transportes para a Grande Lisboa, que passa pela articulação de vários módulos de transporte às plataformas logísticas de Castanheira do Ribatejo e do Poceirão.
O estudo, além de se debruçar sobre a alternativa à Ota, também contempla a travessia do Tejo através de um túnel ferroviário Chelas-Montijo e a possibilidade da base aérea do Montijo ser alargada à aviação comercial, nomeadamente às companhias de low cost, e complementar a Portela.
Diário Digital / Lusa
02-06-2007 18:00:00
At 04 junho, 2007 09:10, Zé do Barreiro said…
Paulo,
Não pretendo discutir se a localização do novo aeroporto será mais conveniente, rentável ou que tenha menores impactos ambientais na OTA ou no POCEIRÃO. Não. Mas o que faz uma confusão dos diabos é que nunca houve tantos estudos sobre este assunto nos últimos três meses.
E já foram 4 – quatro – os Governos que definiram e decidiram que o aeroporto seria construído na OTA, sendo dois deles do PSD.
O Paulo não acha esta situação no mínimo esquisita ?
Abraço,
Zé.
Ps: Atenção, eu não defendo, definitivamente, a “teoria” do Deserto que a Margem Sul/Poceirão foi catalogada …
At 04 junho, 2007 10:38, Anónimo said…
Caro Zé,
Ao inserir estas notícias todas nestes comentários NÃO quero dizer que concordo ou discordo do que nelas é relatado. Pretendo, somente, deixar aos leitores uma ideia dos avanços e recuos ( e mudanças de direcção ) nos processos NAL, TTT, RAV, Privatização da ANA, PROT-AML, PlatLogPoceirão, MST e das implicações no Barreiro ( veja, por exemplo, a hipótese equacionada no último parágrafo da última notícia, na qual nem "a ver passar os comboios" o Barreiro fica...mas, isto sucede no exacto momento em que a Cidade do Cinema parece ganhar raízes por cá ... ). Tudo isto, aliado à assunção de que, o processo de revisão do PDMB "se encontra ainda em fase embrionária" dá a entender que ,mesmo para aqueles que terão que decidir, TODAS as hipóteses estarão em aberto. Mais, pelo tipo de "linguagem política" que o PM ostentou no confronto com o líder do PSD, parece-me que vai ter que reformular todos os seus planos.
No meio de tudo isto talvez o Barreiro ainda venha a ser uma Capital das Empresas, quem sabe...
Isto, na minha modesta opinião, é claro.
PS:
Na sua crónica semanal o senhor Zuzarte "esqueceu-se" do tanque de aprendizagem no Lavradio. Obra lançada no terreno pelo actual executivo mas cujas bases já vinham doutros executivos. Não terá "espiolhado" bem o assunto ou não quis "queimar esse cartucho" já ?
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