A Paragem do 18 no Cabeço Verde

Este Blog é muito abrangente e heterogéneo...Destina-se aos políticos,aos cidadãos normais,aos sócios do Benfica,aos apreciadores de jaquinzinhos fritos,aos funcionários públicos,aos adeptos do Sporting,aos que pagam impostos e aos que nem sabem o que isso é,aos ouvintes da Rádio Renascença,aos descontentes com a administração do condomínio,aos internautas que acham que Linux é a Liga Internacionalista para a União dos Xiitas,aos que gastam o tempo de trabalho a ler estas coisas,aos médicos ...

quinta-feira, junho 28, 2007

A URBANIZAÇÃO DO CAMPO DAS CORDOARIAS E OUTRAS URBANIZAÇÕES AFINS … Vamos pôr os Barreirenses a pensar ? - PARTE VI




Meus Amigos,

Em primeiro lugar duas breves notas de justificação da nossa PROPOSITADA ausência de postar novos artigos sobre este assunto. Entendemos que os nossos estimados Leitores têm todo o direito a uma satisfação da nossa parte.

1ª Como é do v/ conhecimento, nestes últimos dias tem existido vasta divulgação e contestação - ao nível dos mais diversos sectores intelectuais e políticos da Sociedade Barreirense - sobre a Renovação do Centro da Cidade, sua requalificação e alargamento, Mercado, Estacionamento e arranjos de superfície.

Esperámos, deliberadamente, que as “águas” estivessem mais calmas ( embora temporariamente ) e que o “pó” de todo este “alarido” assentasse um pouco para, então, continuarmos com a publicação dos artigos sobre este importantíssimo empreendimento para os Barreirenses que é, sem dúvida alguma, a Urbanização do Campo das Cordoarias.

Na altura que entendermos mais conveniente e oportuna, falaremos e opinaremos, especificamente, sobre o Centro do Barreiro e as recentes decisões tomadas pelo actual executivo da Câmara. Mais adiante, meus Amigos, mais adiante. Nada deixará de ser analisado e aprofundado sobre esta matéria.


2ª O tema que temos vindo a tratar, pela sua importância e melindre, não pode nem deve ser tomado de ânimo leve. Temos que nos documentar convenientemente, consultar material original, “mastigar” tudo muito bem, seleccionar tudo cuidadosamente e só depois publicar o que terá mais interesse para o conhecimento dos Barreirenses. Como bem entenderão esta tarefa não é fácil.

Leva, evidentemente, o seu tempo.

Uma coisa garantimos e podemos assegurar aos nossos Leitores: aquilo que aqui publicamos sobre este tema - que já vai na 6ª Parte - são informações e análises rigorosas, retiradas de fontes fidedignas e credíveis, sendo tudo factos reais, verdadeiros e inequívocos.

Só para que não existam confusões em certos espíritos mais incrédulos …

Bom, continuando, chegamos ao dia 22 de Dezembro de 2003, dia em que se realizou uma Sessão de Câmara Privada para a discussão de uma Proposta de Solução Urbanística, com base num Estudo dos Serviços de Urbanismo da Câmara, de 15 de Dezembro de 2003 ( repare-se na “velocidade” com que estes Estudos são elaborados pelos Serviços, chegam ao Executivo e são apresentados nas Reuniões de Câmara … Simplesmente impressionante !!! )

Aparece a 3ª Cave para Estacionamento, segundo informação de 11 de Novembro de 2003, assunto já abordad no nosso Post - Parte V.

É esclarecido que “ a presente Proposta em nada altera a filosofia da Proposta já aprovada em Sessão de Câmara de 06 de Agosto de 2003 “ (…)

OS ÍNDICES APRESENTADOS, DESTA VEZ, NESTA NOVA PROPOSTA, SÃO OS SEGUINTES:

. Área Total - 4,0252 ha

. Superfície Bruta - 40.252 m2

. Superfície Líquida - 38.252 m2

. % de solo edificado - 43.98 %

. Índice de utilização bruto - 1,83

. Nº Máx. de fogos - 225 ( 55,89 fogos/ ha )

. Área para Equipamentos - 7.872,29 m2

. Área para Comércio / Serviços - 26.398,47 m2

. Área Total para o Mercado Municipal - 2.500 m2

Nota: Foi reduzido em 3, o nº de fogos em relação à Proposta de 06 de Novembro de 2003.

ESTACIONAMENTO TOTAL PARA A URBANIZAÇÃO:

. À superfície - 84 lugares

. Lote 1 cave - 1.809 lugares ( em três caves ). Excelente, opinamos nós.

. Lote 2 ao Lote 7 - 162 lugares

. Lote 8 - 40 lugares

. Lote 9 ao Lote 15 - 103 lugares

UM TOTAL DE 2.198 LUGARES !!!

Algumas considerações e conclusões que se podem retirar, desde já, de todos estes números.

1. É ultrapassado em 1.082, o nº de lugares de Estacionamento previstos no PDM de 1993, que eram de 1.116 lugares e em 635 o nº de lugares apresentados na Proposta de Novembro de 2003, que eram de 1563.

2. Verifica-se, deste modo, a necessidade de ser criada MAIS UMA CAVE DE ESTACIONAMENTO, agora proposta, no sentido de satisfazer a procura que surgirá naturalmente de uma actividade comercial com as dimensões que se propõem - Mercado 1º de Maio e Mercado do Peixe e respectivas áreas para cargas e descargas.

3. Portanto, é acrescentada uma Cave para estacionamento, no Lote 1, que passa a ter 3 caves para estacionamento .

4. O vereador Joaquim Matias ( CDU/PCP) – QUE SE ABSTEVE NA VOTAÇÃO DESTA PROPOSTA – propôs 2.000 lugares de estacionamento ( !!! ) atendendo à Área Comercial e ao parque de cargas e descargas do Mercado 1º de Maio …

( Já escrevia o Luís de Camões: “ Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades … )

5. A redução, em 3 fogos – para 225 - em relação ao Projecto de 06 de Novembro de 2003, que era de 228 fogos, deve-se ao facto dos acertos resultantes da introdução da 3ª Cave.

6. O estacionamento irá ter um aumento de lugares considerável porque, na opinião do vereador Luís Cerqueira, é necessário um parque de estacionamento no Centro do Barreiro com o objectivo de atrair e dinamizar essa zona central da Cidade. Recorde-se, 1.809 lugares, no Lote 1, num total de 2.198 lugares para toda a Urbanização.

7. Constata-se que, tanto na habitação - 30.110,98 m2 para 45.592,62 m2 - como na zona Comercial/Serviços – 8.237,97 m2 para 26.398,47 m2 - os valores actuais vão muito para além daquilo que são as necessidades que foram previstas no próprio PDM …

8. A diferença dos 26.293,09 m2, do Estudo dos Serviços da Câmara de 31 de Julho de 2003, relativamente à Área pata Comércio e Serviços, para os 26.398,46 m2 apresentados no Estudo de 15 de Dezembro de 2003, não é significativa.

Provavelmente será resultante dos acertos, alinhamentos e ajustamentos efectuados.

9. A redução, na Área de Intervenção, de 6,64 ha, em 31 de Julho de 2003, para 4,025 ha em 15 de Dezembro de 2003, deve-se ao facto de se considerar Área de Intervenção onde há, de facto, a obra, a urbanização.

E este conceito está definido nos Planos de Pormenor apresentados nos últimos meses. Foi uma mudança na “doutrina dos documentos” que não era seguida até aqui e que vinha, pelo menos, desde 1993.

Para terminar por hoje, resta-nos divulgar os resultados da votação desta Proposta:

Aprovada com os votos a favor dos quatro Vereadores do P.S.; as abstenções dos quatro Vereadores da CDU/PCP ( cá está o Vereador Joaquim Matias … ) e a abstenção do Vereador Mendes Costa do PSD.

E … no próximo Post, entramos no ano de 2004 … Com muita calminha, muita calminha .. sem pressas …


Grande Dia da Cidade para TODOS os Barreirenses !!!

Zé do Barreiro.

10 Comments:

  • At 01 julho, 2007 23:27, Anonymous Anónimo said…

    A Ultima Assembleia de Freguesia do Lavradio no dia 29 Junho ,
    foi uma vergonha...os membros do PCP, continuam a ter ideias do Século passado, e a esquecer os verdadeiros problemas do Lavradio...
    Andam as pessoas a votarem nesses gajos, e somos mal representados.

    Mais vale acabar com a Junta de Freguesia do Lavradio!...

    Tenham vergonha nessa cara, está na altura de renovar o PCP.

    Aconselho a verem a Acta da Reunião.
    Já que é uma Junta sem página na internet nos dias de hoje.
    Se tivesse página de internet podia disponibilizar as actas das reuniões e outras informações relevantes.

     
  • At 04 julho, 2007 12:22, Anonymous Anónimo said…

    Cá vão algumas reflexões sobre o Novo Mercado Municipal:

    Uma decisão com custos, a anular a decisão tomada pelo anterior executivo , mais implicações de “pagamento da compensação em espécie” resultante da condição imposta pelo alvará de loteamento.

    Então como se resolvem estas coisas?

    Eu não entendo nada, mas o Paulo Morais explicou, na entrevista, como se fazem estes negócios.

    Muito agradecido, pois, não sabia e fiquei a saber a regra:

    “Dou-te isto e isto. E tu, construtor, fazes isto, dás mais isto, assim”.

    O que me surpreende é que na “desafectação de domínio público para domínio privado do espaço onde será construído parque de estacionamento do novo Mercado Municipal mais mercado com “chave na mão” não exista cifras envolvidas.

    19 Votos favoráveis, contra 16, decidiram que a operação em causa
    “ é qualitativa , não é quantitativa “.

    Até ver ninguém avança com valores que dê dimensão ao que estão a discutir!

    Eu que não entendo nada de imobiliário e terrenos, calculo que está em jogo um valor a rondar os 500 mil a 600 mil contos!

     
  • At 04 julho, 2007 12:57, Anonymous Anónimo said…

    Meus amigos, as contas são fáceis.

    Recorrendo ao conceito de custo de oportunidade na perspectiva da Câmara, chega-se aos seguintes valores (a valores de mercado):

    Custo da cedência do espaço (2200 m2) previsto para o novo mercado no fórum: 3,4 milhões de euros;

    Custo de não construção da 3ª cave: 2 milhões de euros;

    Custo da perda de terras, por não construção da 3ª cave para utilização no aterro no Pólis:600 mil euros;

    Receitas garantidas ao cessionário por exploração do parque de estacionamento por 30 anos: 13,5 milhões de euros;

    Receitas do arrendamento ao cessacionário do parque de estacionamento (1000 €/mês!!!): 360 mil euros;

    Contas feitas, a "obra do regime" vai custar ao pessoal 19,04 milhões de euros, mais coisa menos coisa.
    A questão que se coloca, é se este é o preço justo!

    Mas claro que para o presidente camarada do comité central isso é irrelevante.

    O que interessa é que, quando da eleições de 2009 haja obra para mostrar aos papalvos. Obra que, naturalmente, não podia ser o que já estava aprovado para o Fórum, porque isso era obra de outros. E é assim que se gere a nossa autarquia. Uns fazem, outros desfazem, com um único critério: que sejamos nós a fazer. Nem que seja a maior m**** ! E, entretanto, o Barreiro é o que se vê: lixo e mais lixo, buracos e mais buracos, mato nos passeios e mais mato. Há que poupar para nos próximos dois anos se fazerem os brilharetes para o papalvo por lá o votito.

     
  • At 04 julho, 2007 22:30, Blogger Zé do Barreiro said…

    Caríssimos “Anónimos” anteriores,

    Pela v/ rica saúde não nos “estraguem” os Posts que iremos publicar sobre o assunto – o Novo Mercado Municipal - que, com inteligência, clareza e total discernimento, tão bem “descascaram” nos vossos comentários.

    Esperamos atacar convenientemente esse tema após férias – lá para Setembro/ Outubro, pf …

    Entretanto, entretenham-se a analisar as posições de alguns vereadores e responsáveis políticos do Barreiro, por alturas de Dezembro de 2003, após a realização da Sessão de Câmara Privada de 22 de Dezembro, a que fazemos referência no Post em apreço e em análise:

    «“(...) As alterações que constam no segundo projecto do Campo das Cordoarias e a possível morte do comércio tradicional foram os principais motivos que levaram o PSD e a CDU a absterem-se na votação da proposta de desenho urbano do empreendimento, em reunião de câmara.

    Mendes Costa, vereador do PSD, explicou que a abstenção se deveu ao facto “de não ter havido uma discussão pública do plano de pormenor” e que, por isso, não existe um parecer jurídico no projecto. Como tal, o PSD considera esta situação uma ilegalidade.
    Para os sociais-democratas, o “excesso de zonas comerciais vai prejudicar o comércio tradicional”, ao contrário do que foi expresso pelo presidente da Câmara Municipal do Barreiro, Emídio Xavier, que acredita na revitalização do centro do Barreiro.

    O vereador adiantou que o promotor da obra propõe-se a pagar vias e outras infra-estruturas “que não sabe se servem”.

    No que diz respeito ao futuro parque de estacionamento, Mendes Costa explicou que não foram definidas taxas, uma vez que a gestão não vai ser da câmara. Contudo, não sabe “se vai estar de acordo com a bolsa de todos”. Acrescentou ainda que houve um aumento da área a construir, sem nenhuma contrapartida para a câmara.

    (...)

    Luís Piçarra, líder da CDU, garantiu que a abstenção se deveu às alterações do segundo projecto, em que houve um crescimento absurdo de 8 mil metros quadrados, passando para um total 26 mil metros quadrados.
    A CDU mostra-se reticente devido à “política de preços e concorrência”. Porém, Luís Piçarra explicou que “o voto não foi contra, porque o Barreiro tem que desenvolver-se, mas não pode aniquilar o que já existe”.
    (...)
    É de salientar que este projecto já constava do Plano Director Municipal do Barreiro de 1993, mas actualmente o “espaço tem 8 mil metros de construção a mais, concentrados todos na mesma zona”, explicou Luís Cerqueira, vereador do Planeamento, Ordenamento do Território e Gestão Urbanística, acrescentando que “o espaço era pequeno para atrair os promotores”, que normalmente são geradores de emprego e economia. “O negócio para algumas empresas só começa a partir dos 18 ou 10 mil metros quadrados”, sendo esta a principal razão do aumento da área de construção no segundo projecto.”»

    E, já agora, apreciem, também, este interessantíssimo texto:

    «“(...)A solução de Estudo Urbanístico para o Campo das Cordoarias, sito na rua Stara Zagora, em pleno centro do Barreiro, foi motivo de debate público, no dia 26 de Dezembro, na Biblioteca Municipal, numa acção promovida pelos deputados municipais do PSD. Amílcar Romano, vereador da Cultura e Educação na autarquia barreirense, interveio na defesa da globalização do comércio, no centro da cidade. Houve ainda lugar para a especulação de empresas de “franshising”, com possíveis interesses de investimento.
    (...)
    A concelhia do PSD do Barreiro não defende a aprovação de uma solução que englobe uma área total de construção na ordem dos quatro hectares, com 2198 lugares de estacionamento, onde apenas 84 são de superfície e 305 para habitantes, num total de mais de 26 mil metros quadrados destinados a áreas comerciais, incluindo o mercado municipal que fará a junção dos actuais mercados 1º de Maio e 25 de Abril, num espaço com 2.100 metros quadrados e perto de 8 mil metros quadrados destinados a equipamentos.

    A opção deverá passar antes pelo projecto que remonta ao ano de 1993, onde a área total de construção ia pouco mais além dos seis hectares de construção. Seriam assim edificados perto de 550 fogos em 30 mil metros quadrados, 672 lugares de estacionamento, estando oito mil metros quadrados destinados ao comércio e aproximadamente quadro mil metros quadrados com vista a equipamentos, onde se inclui o mercado municipal que ocuparia uma área de 2100 metros quadrados.

    (...) “acima da capitação do Plano Director Municipal (PDM), em vigor”. Daí as acusações que os social democratas consideram pertinentes, uma vez que o estudo afecta o Futebol Clube Barreirense, a Quimiparque e pequenos lojistas.
    (...)
    A assistir ao debate esteve o vereador Amícar Romano que, depois da sua intervenção foi acusado de ter perdido uma oportunidade pública no esclarecimento de todo este processo. O vereador socialista valorizou a “centralização do comércio no coração da cidade” e justificou as acusações de ilegalidades na execução deste projecto com o cumprimento do PDM, onde “se define a sua legalidade”. Não faltaram as críticas tecidas ao actual Governo de coligação PSD/CDS-PP, que “nada faz na correcção do mal que o comércio local sofre”, incluindo o do Barreiro.

    Amílcar Romano ripostou a delação que os promotores do debate “deixaram em dúvida de aproveitamento da autarquia” neste processo, aferindo que o vereador Mendes Costa, eleito pelo PSD, “debateu todo este projecto, na mesma mesa, com o edil, não tendo suscitado nenhuma dúvida” que questionasse a sua legitimidade. Esta é, na sua análise, o resultado da “mudança de opinião, de dois em dois meses” do partido laranja, acrescentado que “é bom que se peça o referendo”.
    (...)
    No que se refere à zona da Quimiparque, o vereador adiantou que em “qualquer audição que se faça, tem que ser pensada, não como uma ilha”, mas como a possibilidade do Barreiro evoluir. A sua opinião sobre a esfera habitacional que irá nascer na rua Stara Zagora faz parte de um projecto “bonito que já merecia um placard a anunciar”.
    (...)
    Do lado do Bloco de Esquerda, Humberto Candeias afirmou que o “PSD pode não estar a ser consequente nalgumas das suas afirmações”, mas concordou que esta solução irá matar o comércio tradicional, terminando a sua intervenção pela justaposição de forças com o intuito de “marcar o referendo”.
    (...)
    A terminar a sessão, houve ainda quem usasse da palavra para defender a posição dos vendedores do mercado 1º de Maio. “Nós não temos medo de um Centro Comercial, temos sim das estratégias praticadas pelos Hipermercados”, sublinhou João Candeias, fundamentando as subidas e descidas de preços de alguns bens alimentares, alternadas com os dias da semana, para aumentar as vendas ou a oportunidade de especulação de mercado, por “franshisados”, interessados em investir num espaço sem previsões para as datas de construção e abertura ao público.”»

    É do caraças, não é ?

    Boas noites,

    Zé.

     
  • At 05 julho, 2007 15:01, Anonymous Anónimo said…

    Finalmente os nossos concidadãos despertaram para a realidade que lhe está a ser imposta. Parte do mérito é seu, Zé. Aqui há dias ouvi um jornalista veterano dizer que, os espaços de liberdade informativa deixaram de ser os OCS e passaram a ser os blogues.
    Não posso estar mais de acordo .

    Este processo de contornos difíceis de entender ao comum dos mortais está enviesado desde o seu inicio.
    Há que distribuir as culpas de tal facto por todo o bloco central barreirense. Pela primeira vez em seis anos louvo uma atitude do vereador Cerqueira: a de se demitir.Outros deveriam equacionar tal hipótese enquando podem fazê-lo sem comprometer os resultados do partido.Teve o pássaro da participação cidadã na mão...e deixou-o fugir.Agora, a chantagem do pseudo indignado presidente da CMB e a fanfarronice do seu vice terá que ser despejada sobre outros.E o discurso das meias verdades nos palcos mediáticos terá os seus dias contados quando a todos for dada a informação que ainda permanece oculta.Que é muita e essencial.
    Lentamente, todas as ideias lançadas no anterior mandato estão a ser retomadas expirado que começa a estar o prazo de validade do discurso da tanga.NÃO é por fazerem deslocar ao Barreiro o estado-maior parlamentar do PC que sai reforçada a estratégia do seu camarada. Fica é todo o partido comprometido com ela. Não esquecer que, ao afirmar publicamente a sua responsabilidade na condução deste processo dizendo que "assumirá todas as suas responsabilidades esperando que os outros também o façam" está a caucionar a tese de todos quantos têm levantado dúvidas sobre este assunto.

    Entretanto, ante a atrapalhação dos parlamentares concelhios reduzidos à condição de "yesmen" do presidente da câmara, lá se consegiu a criação de uma comissão de acompanhamento do projecto e a promessa de uma outra discussão mais aprofundada dos prós e contras das ideias da CMB e da sua maioria. Esperemos por ela.

     
  • At 06 julho, 2007 10:06, Blogger Zé do Barreiro said…

    Caro “Anónimo”,

    Assino absolutamente por baixo tudo o que redigiu.

    E acrescento que “a procissão ainda nem saiu do largo da Igreja” … Palavra do Zé …

    Só para lhe aguçar o “apetite” dir-lhe-ei que brevemente, muito brevemente, publicaremos a Cláusula 7ª do Contrato de Urbanização celebrado entre a Empresa Espaço 3030 – do Sr. Engº Olavo - e a Câmara Municipal, no ano de 2003, assim como publicaremos as contrapartidas acordadas entre as mesmas Entidades, no âmbito da construção do Mercado Municipal no Lote 1 da Urbanização das Cordoarias.

    Aguardem …

    Zé.

     
  • At 06 julho, 2007 14:37, Anonymous Anónimo said…

    Numa extraordinária demonstração de grosseria, o ministro das Pescas, respondendo ao representante dos pescadores de Matosinhos, os quais afirmavam nada ter ganho com a Comunidade, exclamou: “Peça para abandonar a União Europeia!” O deplorável comportamento do dr. Jaime Silva ...
    O deplorável comportamento do dr. Jaime Silva integra-se na lógica de sobranceria deste Governo, cada vez mais inclinado a exercer uma espécie de poder bonapartista.

    Não se trata, já, de socialismo com aspas ou sem elas. Pessoalmente, coloquei a dúvida no limbo, com a solução mais plausível: não há socialistas no Governo; e o próprio PS, com a obediência do servilismo, deveria “refundar-se” e passar a designar-se de Partido Social-Liberal. Estaria mais consentâneo com a triste imagem que o seu comportamento e práticas fornecem ao País perplexo.

    O ministro Jaime Silva portou-se com a arrogância e a má educação comuns a quem possui a consciência de deter um poder acima do céu e da terra. Desconheço se é bom ministro se é excelente chefe de família. Realmente, não estou nada interessado em saber do senhor aquilo que pertence à sua individual idiossincrasia. Mas englobo as posturas pessoais e as decisões políticas na lógica de um Governo que detesta toda a gente que o contesta e que persegue todos os recalcitrantes.

    Enquanto os ministros vão dizendo coisas abstrusas, malcriadas, imbecis ou desacreditantes, José Sócrates, no Porto, escapa-se pela porta dos fundos da Casa da Música, a fim de não dar conta dos protestos de centenas de desempregados. A táctica do Executivo é: não dar ouvidos a nada, proferir frases injuriosas, perseguir tenazmente quem se lhe opõe.

    As últimas deliberações governamentais não só têm provocado sobressaltos de inquietação entre a esmagadora maioria dos portugueses, como causam graves lesões psicológicas, a atentar em recentes relatórios sobre a saúde mental.

    Todos os componentes deste Governo são coniventes com as decisões; portanto, são cúmplices ajuramentados das mais nefastas malfeitorias perpetradas naqueles dos mais desprotegidos e fragilizados. Os comentários do Observatório Português dos Sistemas de Saúde constituem um severo requisitório às práticas do ministro Campos, cuja ausência de humanismo chega às fronteiras da selvajaria. Passo ao lado das declarações desta sinistra figura, sem deixar, contudo, de grafar aquela afirmação segundo a qual os medicamentos fora do prazo de validade deveriam ser entregues aos pobrezinhos. Em condições de normalidade democrática, o senhorito seria imediatamente despedido do Governo e expulso do convívio com pessoas de bem.

    Persegue-se quem formula a mais leve piada sobre quem quer que seja do Executivo. Não é só José Sócrates o inatacável. E também não é só através de inquéritos que o sufoco se revela. Surdamente, intermediários exercem pressão para que este ou aquele mais obstinadamente insubmisso seja advertido dos perigos que corre.

    O grupo parlamentar do PS não se destina a apoiar o Governo: está ali para o bajular. Só as igrejas impõem devoção e subserviência, aceitação e acatamento, submissão e vassalagem. Quando as pessoas têm dúvidas perseguem-nas, omitem-nas, removem-nas, apagam-nas. Há uma triste história da infâmia na história dos partidos portugueses. De todos os partidos portugueses, sem excepção. O que não impede de tentarmos inverter as coisas. Devo reconhecer que a acumulação de tanta arrogância, de tanta atitude atrabiliária, de tanto livre arbitro, me deixa um pouco sucumbido. E tenho-o escrito, nesta coluna livre de um jornal que pretendo livre, com uma direcção livre. Sei, no entanto, que há gente (infelizmente muita gente) de fácil condução e de carácter flébil. Mesmo (acaso sobretudo) no interior do PS.

    Sobre haver uma notória carência de sensatez e de um evidentíssimo pendor para resolver os problemas através de soluções fáceis porque pesadíssimas para os mais desprotegidos, este Governo sofre de graves amolecimentos de ordem moral. Os métodos impostos à maioria da população identificam o carácter de quem desconhece limites a qualquer acção, e ignora deliberadamente o significado da dignidade de quem manda.

    Acontece, até, que a prática deste Executivo leva à reflexão de que ele não sabe, rigorosa e profundamente, o que essa prática pode representar no futuro. Esta gente abriu as portas a uma assustadora degradação democrática, que pode conduzir (irá certamente conduzir) à própria degeneração do regime. Mário Soares já manifestou as suas apreensões. Alegre também. Mas – os outros? Que pensam Alfredo Barroso, Medeiros Ferreira, António Arnaud, os que estão e os que foram sem, embora, desistirem?

    A ideia de grupo, o conceito de sociedade, o princípio de comunidade está cada vez mais problemáticos. E quem nos dirige não dispõe de cultura humanista como componente indispensável à função política. Não têm espírito de missão, e as definições que defendem do corpo social correspondem a construções ideológicas facilmente identificáveis com o que mais extremado existe na Direita.

    Não faz sentido, hoje, pela constante prática, pelos desvios e pelas derivas, que o Partido Socialista continue a usar o nome fundador. Já nada tem a ver com socialismo, com solidariedade, com generosidade, com fraternidade. Até a própria liberdade começa a estar em perigo.

     
  • At 06 julho, 2007 16:29, Blogger Zé do Barreiro said…

    Caro Anónimo,

    Parabéns pelo seu oportuno e actualíssimo texto. Está muito bem escrito … preocupantemente bem escrito !!!

    Apenas algumas considerações:

    . Sou Militante do Partido Socialista há quase três décadas e, neste momento, posso - lhe adiantar, com a quotização rigorosamente em dia ( muito poucos Militantes do partido poderão dizer o mesmo … )

    . O meu Amigo não pode classificar o P.S., o Governo e o nosso Grupo Parlamentar, pela actuação e expressões menos felizes de três ou quatro Ministros, proferidas nas ultimas semanas, os quais, efectivamente, estão mesmo a “pedir” que o Primeiro Ministro os demita ou que os aconselhe a ter, urgentemente, uma grave doença e saírem do Executivo.

    . Olhe, sou de opinião que os Governos – de qualquer País e seja de que partido for - não deveriam governar com maioria absoluta. Como bem entenderá, ter maiorias absolutas também tem os seus inconvenientes … e dos grandes !!!

    . Quero que o P.S. ganhe, sempre, TODAS as eleições em que esteja envolvido, mas que nunca mais obtenha uma maioria absoluta !!! E é um Socialista, dos genuínos quem o diz, acredite …

    . Nas próximas Eleições Legislativas de 2009, iremos ver. Depois falaremos.

    . Quer que lhe dê um exemplo de um acontecimento que se irá realizar muito em breve ? As eleições para a Câmara Municipal de Lisboa. Estou totalmente à vontade devido ao facto de não votar em Lisboa. Defendo e apoio inequivocamente o António Costa para Presidente da Câmara, mas não concordo que obtenha uma maioria absoluta.

    Iremos estar muito atentos ao que os Lisboetas decidirem daqui a 15 dias. E, claro, a SEMPRE sábia decisão do povo ( dos eleitores de Lisboa ) irá entrar em consideração com a actuação do actual Governo, que terá de saber ler e interpretar o “cartão amarelo” que lhe irá , indirectamente, ser mostrado.

    Saudações,

    Zé.

     
  • At 09 julho, 2007 14:20, Anonymous Anónimo said…

    Quando uma maioria CDU resolve realizar uma reunião pública SEM intervenção do público ou quando elementos doutra pedem a jornalistas que não mencionem nos seus artigos as afirmações polémicas de um vereador CDU sobre a PSP proferidas numa reunião pública, estamos ou não a falar da mesma coisa que tanto preocupa ( E COM RAZÃO! )o colega anónimo cuja mensagem antecede a do Zé?

     
  • At 09 julho, 2007 16:07, Blogger Zé do Barreiro said…

    Pois … Pois …

    Quanto à primeira situação sabemos e conhecemos perfeitamente qual é o Concelho ( … limítrofe …) onde se irá realizar a Sessão Pública de Câmara a que faz referência, assim como sabemos e conhecemos muito bem quem é o seu Presidente e respectivo executivo.

    Esperemos que os vereadores da oposição falem desse assunto nas suas intervenções … Irão falar ?

    Falta uma hora para a Sessão se iniciar … Vamos ver, vamos ver …

    No segundo caso que apresentou, a responsabilidade e a “culpa” não serão dos jornalistas que se acagaçaram ?

    Saudações,

    Zé.

     

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