T.T.T.; T.G.V. E AFINS - O PAPEL DO BARREIRO. Exorcizemos os Fantasmas e … os espíritos menos esclarecidos ...
Meus Amigos,
Nos últimos dias, o nosso Blog tem sido literalmente “assaltado” – no bom sentido da palavra - por comentários mais ou menos “negativos” sobre a Terceira Travessia do Tejo e o seu eventual desvio para o Montijo ou Alcochete. Da sua deslocação, até, para montante da Ponte de Vila Franca de Xira – Carregado - ou a construção de uma ponte nova Algés – Trafaria, em substituição da Ponte Chelas - Barreiro. Até se fala, caríssimos Amigos, de um túnel submerso para o Beato !!!
Tudo isto teria a ver com a hipotética implantação do NAL na zona da Carreira de Tiro de Alcochete, na “famosa” Área 6, do estudo da CIP.
Não será, hoje, o assunto deste Post, mas escrevam: O NAL SERÁ CONSTRUIDO NA OTA. Porque nos apetece e pronto ? Não. Por três simplíssimas razões:
1ª Já se esperou - PERDEU – tempo demasiado com estudos e mais estudos, gastando-se dinheiro tão necessário para outras actividades mais urgentes e inadiáveis para o bem estar dos Portugueses, em lugar de se avançar com a obra, a fim de se criarem milhares de empregos quer directa, quer indirectamente, com a construção dessa importante infra-estrutura.
2ª Perder-se-iam fundos de valor considerável, vindos e disponibilizados da e pela União Europeia.
Reparem, o Novo Aeroporto de Lisboa só ficaria concluído em 2027, caso a escolha recaísse em Alcochete e tal ficaria a dever-se a todo um conjunto de novos trâmites e procedimentos necessários, A PARTIR DO ZERO, incluindo diversos novos Estudos de Impacto Ambiental, assim como seria necessária uma nova candidatura a Bruxelas, com o objectivo de se conseguir financiamento.
3ª Os membros do Governo e concretamente o Primeiro Ministro, AINDA NÃO ESTÃO SENIS, CHÉ CHÉS OU ESTÃO/SÃO CONSCIENTEMENTE IRRESPONSÁVEIS. Eu diria mesmo que, no limite, o Governo terá de tomar uma decisão política sobre este assunto, que já começa a ser preocupante ao nível de credibilidade e começa já, também, a ser trágico para a economia portuguesa.
Retomemos o exorcismo dos fantasmas.
Como todos bem saberão os Projectos são Projectos, Projectos e nada mais que … Projectos !!!
Poderão ou não ser concretizados. E quantos, meus Amigos, não foram desenvolvidos nem concretizados … ( estamos a referir-nos, inequivocamente, ao megalómano e ambicioso Projecto/Estudo para a reconversão do Quimiparque )
Vamos mas é a factos reais e racionais, estes sim não nos deixarão qq tipo de dúvidas.
# Lendo o Jornal de Negócios ( não acreditamos muito em certa Imprensa, mas temos que nos “agarrar” a algumas notícias, não é verdade ? ) há um "pormenor" que apontam, mas sem adiantar quaisquer detalhes ( !!! ), quanto a uma - mais outra - derrapagem temporal.
Prende-se com uma hipotética aceitação do abandono da Terceira Travessia do Tejo, Chelas-Barreiro, em favor de um túnel Beato-Montijo, com o encaminhamento conjunto através dele das linhas convencionais suburbanas e de TGV Lisboa-Madrid e, também, Lisboa-Porto. No caso desta, o itinerário pela margem esquerda do Tejo resultaria numa linha de 340 Km, mais comprida, portanto, que o trajecto convencional inaugurado em 1864 (...).
# Quais serão as consequências para o QREN de um adiamento de mais de uma década do Novo Aeroporto de Lisboa e, no limite, do próprio TGV?
Valerá a pena arriscar a perda (talvez definitiva) de fundos comunitários, em nome de soluções tecnicamente coxas?
# Mais, a construção de um túnel é uma hipótese que levanta problemas de natureza geotécnica e de inserção na rede ferroviária, pois as linhas ferroviárias têm de ter níveis de inclinação muito pequenos, o que não é possível com a construção de um túnel.
Isto para não falar na “famosa” falha do rio Tejo …
Meus caros, se isto não é brincadeira, será uma enormíssima irresponsabilidade, o que é gravíssimo, convenhamos.
# Para concluirmos por hoje, atentem nas seguintes afirmações de um dos ilustres responsáveis pelo estudo da CIP ( José Manuel Viegas ), publicadas muito recentemente, referindo-se à eventual mudança do NAL para os terrenos da Carreira de Tiro de Alcochete:
Defende que esta mudança «pode custar mais, mas vai criar mais valor e os consumidores vão ficar mais satisfeitos», considerando que «através da diversidade as pessoas consomem mais».
Só visto, comentamos nós.
Disse mais este ilustre responsável:
Que a segunda fase do estudo, que além da componente de análise das acessibilidades, inclui um estudo ambiental e de estratégia, apresenta também uma proposta de «realinhamento» do eixo em que será construída a Terceira Travessia do Tejo (TTT), apontando «duas alternativas» no eixo Beato/Montijo.
Apesar de se escusar a revelar as duas alternativas ( !!! ) - o Zé Povinho nunca sabe as coisas completas, aliás como convém … - José Manuel Viegas adiantou que a sua proposta contempla uma ligação através de um túnel imerso ( e ele a dar-lhe …).
Perante tudo isto o que podemos fazer ? Esperar pelo bom senso, tacto e discernimento políticos do nosso Primeiro Ministro.
A segunda fase do estudo da CIP, elaborada por José Manuel Viegas, Augusto Mateus e Carlos Borrego, deverá ser entregue ao Primeiro Ministro e ao Presidente da República no início da próxima semana.
Barreirenses, não acreditem em Fantasmas porque simplesmente eles não existem, Ok ?
Grande Domingo para todos,
Zé do Barreiro.
Nota: Reparem que o Professor Augusto Mateus está “metido” em quase tudo. Ele é nos estudos do Quimiparque, ele é nos estudos da CIP para o N.A.L.. Este distinto Cidadão deve ser um Homem com grande visão, deve ser sim senhor.
Deixará algum “campo”e espaço para o Arquitecto Joan Busquets ?
Isto é que vai uma açorda … de Projectos … Eh, Eh,Eh.
23 Comments:
At 21 outubro, 2007 21:53, Zé do Barreiro said…
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PARA INICIARMOS, TODOS, A PRÓXIMA SEMANA COM BOA DISPOSIÇÃO E PENSAMENTOS POSITIVOS ( em relação à T.T.T. ), pensámos remeter os nossos estimados Leitores para um comentário de um Amigo Anónimo, publicado no PENÚLTIMO Post, o qual depois de ter lido dezenas de páginas e analisado centenas de gráficos e quadros do “Estudo Augusto Mateus & Associados “, chama-nos a atenção que:
« O Relatório Técnico elaborado pela empresa Augusto Mateus & Associados, refere como provável a possibilidade de não haver T.T.T. para o Barreiro em benefício de um túnel Beato/Montijo.
E fá-lo, nos seguintes termos:
"Se se consolidar a opção do futuro aeroporto no campo de tiro de Alcochete, a base aérea do Montijo desaparece e vai estar em cima da mesa uma alternativa a Chelas-Barreiro: uma Ponte Montijo-Beato."»
Atentem, agora, para as palavras da Secretária de Estado dos Transportes – Engª Ana Paula Vitorino – aqui plasmadas “ipssis verbis”:
«“Está igualmente prevista uma ligação na margem Sul em direcção às actuais oficinas ferroviárias do Barreiro, no sentido de viabilizar a futura utilização desse espaço para parque de materiais e oficinas, TANTO PARA COMBOIOS DE ALTA VELOCIDADE, COMO PARA OS CONVENCIONAIS. “»
Estão a perceber ?
E se os Cavalheiros metessem o estudo no … na … gaveta ?
Amigos, mais uma vez vos digo, não acreditem em fantasmas, porque na verdade não existem …
Um abraço,
Zé.
At 22 outubro, 2007 10:59, Anónimo said…
Eu tenho pensamentos positivos!
O problema é que estas coisas, como muitas outras na vida, não se resolvem com pensamentos positivos, mas sim com acções positivas.
Acções que se elevem para lá das questões político-ideológicas!
Ora sucede que no Barreiro, vá-se lá saber porquê, tudo assume um excessivo, desproporcionado e, mais grave ainda, um duradouro, quando não perpétuo, pendor político-ideológico.
Naturalmente, na sua génese, tudo tem uma natureza "política", Só que, a determinado passo, exige-se sentido prático e algum pragmatismo, porque só assim se viabiliza o desenvolvimento.
Que não se interprete pragmatismo com atropelo às regras e às boas práticas. Pragmatismo no sentido da evolução do programático para a realização!
Tão só!
Quantos estudos já se fizeram do Quimiparque?
Quantos projectos para as zonas ribeirinhas do Tejo e do Coina?
O POLIS, dura, dura, dura,... e já lá vão 4 anos para fazer uns passeios, uma zona comercial (claro!) e pouco mais! Vejam o que se fez em Coimbra, em Gondomar, em Aveiro, em Gaia, em Vina do Castelo, etc!
http://www.coimbrapolis.pt/artigo.php?id=18101211&m=2&s=1810121115
http://www.polisaveiro.com/
http://www.parqueexpo.pt/vPT/Projectos/Pages/PolisGaia.aspx
http://www.vianapolis.pt/artigo.php?id=21101211&m=2&s=2110121115
Quanto já se gastou em tudo isto?
O que ganhou o Barreiro com tudo isto?
At 22 outubro, 2007 19:57, Anónimo said…
Decreto n.º 25/2007, de 22 de Outubro
A rede ferroviária de alta velocidade constitui um empreendimento público de excepcional interesse nacional e dimensão ibérica e europeia, tendo por objectivo a reformulação do sector ferroviário, enquanto meio privilegiado de reforço do aumento da produtividade e competitividade do tecido empresarial instalado em Portugal e satisfação das necessidades de mobilidade das populações.(…) Torna-se, portanto, absolutamente necessário, face ao risco real da ocorrência de alterações do uso do território bem como da emissão de licenças ou autorizações que contendam com os estudos já realizados e que possam comprometer a concretização da ligação Lisboa-Madrid da rede ferroviária de alta velocidade, ou torná-la mais difícil e onerosa, estabelecer medidas preventivas que acautelem a necessidade de programação e a possibilidade de execução do empreendimento público acima referido.
Com efeito, tratando-se de uma infra-estrutura de reconhecido interesse público nacional, os prejuízos resultantes da prática dos actos acima referidos são social e economicamente mais relevantes que os danos que das medidas preventivas ora estabelecidas poderão eventualmente resultar para os particulares.
(…)
Artigo 2.º
Traçados preliminares da ligação Lisboa-Madrid
1 - Para efeitos do presente decreto, os traçados preliminares da ligação Lisboa-Madrid da rede ferroviária de alta velocidade são os que constam das plantas a que se refere o n.º 1 do artigo anterior.
(…)
Artigo 6.º
Entrada em vigor
O presente decreto entra em vigor no dia seguinte ao da sua publicação.
Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 28 de Junho de 2007. - José Sócrates Carvalho Pinto de Sousa - Francisco Carlos da Graça Nunes Correia - Mário Lino Soares Correia.
Assinado em 3 de Outubro de 2007.
Publique-se.
O Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva.
Referendado em 4 de Outubro de 2007.
O Primeiro-Ministro, José Sócrates Carvalho Pinto de Sousa
Texto integral e plantas anexas em :
http://www.dre.pt/pdf1s/
2007/10/20300/0769107694.pdf
At 22 outubro, 2007 23:59, Zé do Barreiro said…
Amigos,
Este Dec. saiu hoje, 22 de Outubro.
Nas plantas anexas não vem referido o Barreiro. Não mexem no Barreiro …
Significa isso que se mantém integralmente em vigor o Decreto n.º 1/2007, D.R. n.º 18, Série I de 25 de Janeiro de 2007.
Então, meus caros, BINGO !!! a Ponte é nossa !!! ( só faltará saber-se se será Rodoviária em simultâneo com o TGV e com o comboio tradicional ).
Não podíamos iniciar melhor esta semana, como cá o Zé desejava.
Amigos, COMPROVA-SE QUE OS FANTASMAS NÃO EXISTEM !!!
Santas noites,
Zé do Barreiro.
PS: Agradecemos ao Leitor Anónimo a informação e a divulgação do Decreto aqui no NOSSO Blog.
At 23 outubro, 2007 13:21, Zé do Barreiro said…
Caríssimos Amigos,
Esta é de Mestre, não acham ?
Reparem.
O Governo – Primeiro Ministro e Ministro da Obras Públicas Transportes e Comunicações – ordena o que vem publicado no Decreto-Lei n.º 319/2007, aprovado em Conselho de Ministros de 23 DE AGOSTO DE 2007 tendo, à cautela, EM 28 DE JUNHO DE 2007, aprovado também em Conselho de Ministros, o Decreto n.º 25/2007.
Note-se que o Decreto Lei nº 319/2007 foi publicado em 26 de Setembro de 2007 e o Decreto nº 25/2007 foi publicado em 22 de Outubro de 2007 …
De Mestre !!!
Claro, tem que se mostrar e lembrar a quem pretende “esquecer-se”, que quem governa é - e sempre será - o Governo.
Zé.
( Hoje, particularmente, muito bem disposto )
At 23 outubro, 2007 14:22, Anónimo said…
Amigo zé
Entrevista de Ana Paula Vitorino, Secretária de Estado dos Tranportes ao jornal de Oje(23 de Outubro de 2007)
"(...)E a ferrovia, como está a decorrer o projecto?(OJE)
A nova travessia no tejo vai ligar o sistema logístico nacionalde Norte a Sul.
Vamos ter, pela primeira vez,uma ligação facilitada e de grande capacidade a ligar portos de Sines e de Setúbal à plataforma logística do Poceirão, passando pelo Porto de Lisboa, plataforma logística do ribatejo.E um investimento que estamos a fazer...Temos, na parte ferroviária, 1,2 mil milhões de euros imputados à nova travessia, uma parte é alta-velocidade, outra para o sistema convencional de passageiros-suburbanos e longo curso - e outra para as mercadorias.
E está a seguir os prazos previstos.
Temos os pareceres de consultores independentes e estamos, neste momento, a constituir comissão técnica com as câmaras municipais de Lisboa e do Barreiro e a Administração Central para analisar as implicações de uma nova ponte.(Ana Paula Vitorino)
A ligação Chelas-Barreiro não está em questão.(OJE)
É, porque não se trata de uma ponte alta velocidade.Temos de um lado a linha do Alentejo e temos a linha Norte.Queremos ligá-las(Ana Paula Vitorino)."
(...)
R.A.
At 24 outubro, 2007 11:12, Zé do Barreiro said…
Em mais uma achega ao ” Exorcismo de Fantasmas”, publicamos notícia do Rostos, onde se respigam partes da entrevista da Engª Ana Paula Vitorino à agencia Reuters .
No texto dessa notícia colocámos pequenos comentários, da nossa exclusiva responsabilidade, os quais estão em maiúsculas, entre parênteses.
In Rostos, com a devida vénia:
« Ponte Barreiro – Chelas
Está a ser formada uma comissão técnica envolvendo as autarquias de Lisboa e do Barreiro
Ana Paula Vitorino, Secretária de Estado dos Transportes, em entrevista que deu à Agência Reuters, segundo refere o “Diário de Notícias”, sobre a terceira travessia, Barreiro – Chelas, adiantou que está a ser formada uma comissão técnica envolvendo as autarquias de Lisboa e do Barreiro que, "até final do ano, dará um parecer sobre o impacto que a travessia terá a vários níveis".
Nessa mesma entrevista, segundo o Diário de Noticias, a Secretária de Estado, garantiu que o futuro aeroporto será sempre servido pelo comboio de alta velocidade, independentemente da sua localização.
Ana Paula Vitorino, na entrevista à agência Reuters, garantiu que o novo aeroporto, caso a opção seja pela Margem Sul, será servido pelo comboio de alta velocidade. "O facto de ainda não estar decidida a localização não é um obstáculo ao avanço do projecto", referiu garante a secretária de Estado dos Transportes.
( PORTANTO HAVERÁ, INEQUIVOCAMENTE, A PONTE CHELAS – BARREIRO, VIA IMPRESCINDÍVEL PARA A PASSAGEM DO TGV, CUJO TRAÇADO ESTÁ CLARAMENTE DEFINIDO PELAS PLANTAS ANEXAS AO DECRETO Nº 25/2007 DE 22 DE OUTUBRO )
Se se concluir que é em Alcochete tem de haver um serviço de alta velocidade
Ana Paula Vitorino frisou, segundo o DN, que "se se concluir que o aeroporto é na Ota, o eixo de alta velocidade passa na Ota", mas "se se concluir que é em Alcochete, naturalmente tem de haver um serviço de alta velocidade. Tem de se fazer uma linha".
( O QUE ACARRETARÁ, COMO É OBVIO, MAIS CUSTOS QUE NÃO SERÃO PEQUENOS … )
Por outro lado, Ana Paula Vitorino, em relação à terceira travessia, segundo o DN, adiantou que está a ser formada uma comissão técnica envolvendo as autarquias de Lisboa e do Barreiro e que, "até final do ano, dará um parecer sobre o impacto que a travessia terá a vários níveis".
( AMBIENTAIS; DE MOBILIDADE; ECONÓMICOS )
23.10.2007 - 13:07 »
PS: Agradecemos, também, ao nosso Amigo R.A. o seu comentário de ontem.
Zé.
At 25 outubro, 2007 18:52, André A.P. Batista said…
Confesso que não li nem o post. Nem os primeiros comentários. Mas li as citações que fizeram da Engª Ana Paula Vitorino e é o suficiente para deixar um recado aos desinformadores interessados e intresseiros do costume:
Vão pregar para outra(s) freguesia(s)!
A ponto ferroviária (pelo menos) vai ser uma realidade.
Os rótulos de "política miserabilista partidáriamente sectária" não serve a este governo.
Suponho que os agitadores agora venham agitar o fantasma do poder central
Saudações
At 26 outubro, 2007 12:42, Anónimo said…
Diário de Notícias, 26 de Outubro de 2007
ESTUDO DA CIP
Confederação da Industria Portuguesa
"A instalação do futuro aeroporto em Alcochete, a construção de uma nova ponte a ligar o Beato à península do Montijo e o redesenho da rede de alta velocidade, com um troço comum nas ligações ao Porto, Madrid e Algarve, permitirão poupar mais de três mil milhões de euros ao País, face aos custos da localização do aeroporto na Ota, da construção de uma ponte Chelas-Barreiro e da rede de alta velocidade aprovada pelo Governo.
Esta é a principal conclusão do estudo desenvolvido pela Confederação da Indústria Portuguesa (CIP), a que o DN teve acesso, e que já foi entregue ao Presidente da República e ao primeiro-ministro.
Só a construção do aeroporto em Alcochete representa uma poupança calculada em um milhão de euros. A Ota, nos cálculos do Governo, representa um investimento de 3,1 mil milhões de euros, enquanto em Alcochete não ultrapassará dois mil milhões de euros.
Nos próximos dias deverá ter lugar uma reunião entre José Sócrates e a CIP para se começar a discutir as conclusões do estudo, cujo dossier tem mais de 200 páginas. Em cima da mesa estará igualmente o modelo de negócio que, no caso da solução Ota, contemplava, como forma de financiamento, a privatização da ANA-Aeroportos de Portugal.
A proposta da indústria defende uma integração "perfeita" entre o novo aeroporto e a nova rede de TGV, bem como as ligações aos sistemas rodoviários e ferroviários, diz fonte ligada aos estudos.
A localização do futuro aeroporto no Campo de Tiro de Alcochete, a pouco mais de 30km de Lisboa, numa zona plana, ocupada sobretudo por eucaliptos, e pertencente ao Estado, "oferece uma economia superior a mil milhões de euros por não requerer expropriações e poder beneficiar de maior grau de financiamento da União Europeia, por se localizar no distrito de Santarém", acrescenta a mesma fonte.
O Campo de Tiro de Alcochete ocupa uma área da ordem dos oito mil hectares, que não serão totalmente ocupados pela infra-estrutura. O espaço existente permite dimensionar o aeroporto, prevendo futuras expansões. Este é um ponto negativo na Ota, que ao fim de 40 anos fica esgotado. Alcochete pode receber duas pistas sem restrições de operação.
Os técnicos envolvidos no estudo fizeram o redesenho completo da rede de alta velocidade, no que respeita às entradas e saídas de Lisboa.
Assim, ao contrário da proposta defendida pelo Governo, a CIP propõe uma saída comum nas ligações em alta velocidade ao Porto, Algarve e Madrid, com partida da Gare do Oriente ou de uma nova estação, a erguer preferencialmente na zona Chelas/Olaias. Os comboios, revela o estudo, seguem numa linha comum até ao aeroporto, e é a partir da estação situada no aeroporto que a linha se divide em três e os comboios partem daí em direcção ao Porto, Madrid e Algarve.
O projecto de alta velocidade aprovado pelo Governo prevê a construção de duas linhas à saída de Lisboa. A ligação ao Porto segue pela margem norte, junto à actual linha ferroviária, enquanto a ligação a Madrid segue pela ponte prevista para a zona Chelas-Barreiro, em direcção ao Sul. As ligações ao Algarve não estão incluídas nos planos, continuando o comboio para Faro a circular pela Ponte 25 de Abril. No global, o projecto de alta velocidade apresentado pelo Governo está estimado em 7,1 mil milhões de euros, dos quais 4,5 mil milhões na linha de alta velocidade para o Porto e 2,4 mil milhões na ligação até à fronteira.
O projecto defendido pela CIP contempla a ligação do novo aeroporto ao nó ferroviário do Poceirão e à respectiva plataforma logística. Os planos para a Ota não prevêem ligações directas às plataformas logísticas em estudo na região. Um ponto negativo na ligação pelo Sul ao Porto é o facto do tempo de viagem aumentar cerca de 15 minutos. Estudos do Governo estimam a viagem Lisboa- -Porto em alta velocidade em 1.15, com o desvio para Alcochete o tempo pode subir para 1.30. Em contraponto, a ligação ao Algarve, recorrendo à linha até Alcochete, vai representar uma poupança de tempo de 30 minutos, face às actuais três horas.
Estrangeiros estudaram ponte
A ligação ao aeroporto implica a construção de uma nova travessia sobre o rio Tejo, e que a CIP prevê exclusivamente ferroviária e com quatro vias, duas em bitola ibérica para os comboios suburbanos que já circulam na rede nacional, e duas em bitola europeia para servir o TGV.
A terceira travessia do Tejo pode ser construída em ponte ou em túnel imerso, defende a CIP. Qualquer destas soluções, com amarração prevista entre o Beato e a península do Montijo, são mais económicas que a ponte que o Governo quer construir entre Chelas e o Barreiro. A distância entre o Beato e o Montijo está fixada em 5,6 km, enquanto a distância entre Chelas-Barreiro é de 7,6 km. Os planos do Governo apontam para um investimento superior a 1,2 mil milhões de euros para a terceira travessia na parte ferroviária, dos quais 600 milhões para a alta velocidade. Até à data ainda não ficou definido se a ligação comportará um tabuleiro rodoviário.
A CIP confessa alguma "segurança" na proposta apresentada, baseando-se no facto de ter recorrido aos maiores especialistas em pontes. A solução em ponte entre o Beato e o Montijo foi estudada pelo mesmo especialista que desenvolveu os estudos iniciais da ponte Chelas/Barreiro.
Pelas contas da confederação esta solução "só no aspecto estrutural custa menos 40% do que a opção pelo Barreiro", refere a mesma fonte, que aponta como vantagem "de não obrigar praticamente a realojamentos", como sucede no caso da ponte Chelas--Barreiro.
A solução em túnel imerso entre o Beato e o Montijo foi estudada por especialistas ingleses, que estiveram envolvidos na concepção e construção do túnel de Oresund entre a Suécia e a Dinamarca. Segundo os estudos, esta solução, com maior incorpora-ção da indústria nacional, "tem um custo inferior à solução em ponte". O investimento numa ou noutra solução não ultrapassa os mil milhões de euros."
Cá pra mim a travessia para/de Lisboa vai mesmo para o Montijo ! E nós vamo-nos contentar com uma ligação rodoviária ao Montijo.
Por vezes o mal da Barreiro é este: tudo quer, tudo perde!
Fizeram-se "campanhas" a pedir tudo e mais alguma coisa, não apenas a ferrovia como exigiamos(!) a rodovia.
Ou eu muito me engano ou vamos ficar com uma mão cheia de nada.
Esta é a diferença entre a Amélia e o Cabrita. A Amélia tem poder e influência e luta pela sua terra. O Cabrita finge que tem e está-se nas tintas para o Barreiro.
At 31 outubro, 2007 09:50, Anónimo said…
Gostaria de opinar sobre o assunto:
Defendo PORTELA + UM ( O Montijo), pelas razões abaixo:
1.º) Já existe no Montijo uma base aérea, que, com as necessárias adaptações, poderia servir como segundo aeroporto da capital: o aeroporto "low cost" de Lisboa. A referida base aérea poderia ser transferida para a Ota ou para Beja, onde existe outra, deixada há alguns anos pelos alemães que possui óptimas condições;
2.º) Lisboa ficaria assim com dois aeroportos civis como muitas outras cidades no mundo e Lisboa não sairia a perder em termos de turismo;
3.º) A questão do novo aeroporto deve ter em atenção o que for decidido para o comboio de alta velocidade, o RAVE (ou TGV, como é conhecido pela sigla tirada francês);
4.º) A ligação Lisboa – Madrid far-se-ia aproveitando uma parte do traçado da linha já existente entre o Barreiro, Caia e Badajoz, poupando-se algum dinheiro em expropriações;
5.º) O terminal do TGV poderia ficar junto ao Aeroporto no Montijo;
6.º) Em vez de ser o TGV a atravessar o rio Tejo (a 350 Km/h ???) até à gare do Oriente, seria o metropolitano de Lisboa a chegar à Gare do TGV e ao Aeroporto no Montijo, o que poderia ser feito por ponte ou por túnel, mas um túnel adequado ao local e não como está a ser feito no Terreiro do Paço;
7.º) O facto de Lisboa ser uma zona sísmica não é problema, pois há técnicas apropriadas a usar nesses casos;
8.0) Em alternativa, poderia ser o metro do Sul do Tejo a atravessar o Tejo;
9.º) A ligação do metro de Lisboa à outra margem permitiria aos passageiros do TGV e do Aeroporto no Montijo e de muitos dos habitantes dessa cidade e do Barreiro a sua distribuição pela capital;
10.º) Aproveitando-se com isso para retirar de Lisboa milhares de automóveis;
11.º) A margem sul é uma zona plana e é, por excelência, o local de expansão da cidade de Lisboa, limitada que está a Norte por uma cadeia de serranias;
12.º) O Montijo permitiria captar passageiros da raia espanhola, que, sendo servido pelo TGV, fica a cerca de 200 Km, enquanto que Madrid está a mais de 300 Km e o respectivo Aeroporto está ainda do lado oposto;
13.º) A OTA por ser mais longe de Lisboa também deve ser pior para o turismo da capital;
14.º) No caso do Governo querer mesmo desactivar a Portela, então Alcochete deverá ser a melhor solução.
15.º) Apoio também a travessia Algés-Trafaria por túnel rodoviário, em alternativa a uma ponte rodoviária, para fechar a CRIL, criando um anel com a A2, A13, PONTE VASCO DA GAMA E CRIL. Quanto à dúvida sobre a viabilidade dum ou vários túneis sobre o Tejo, reforçando o que disse no ponto 7.º), direi que sob o Tamisa, numa zona lodosa, foi construído há mais de 100 anos um túnel de metropolitano e que em Los Angeles há vários túneis sob o canal. Há poucos anos sofreu um grande sismo em que muitos viadutos foram destruídos, porém não houve acidentes nos túneis. Sob o Bósforo, em Istambul (uma das zonas mais sísmicas do planeta)está a ser construído um túnel. Tem é que se usar uma técnica adequada e não a usada no Terreiro do Paço. Ainda tem medo de um túnel em Lisboa???
Zé da Burra o Alentejano
At 31 outubro, 2007 11:46, Zé do Barreiro said…
Caro último Anónimo,
Todas as opiniões sobre qq assunto são bem vindas a este Blog. Ponto final.
Mas deixe-me perguntar-lhe ( e não é obrigado a fazê-lo ): Por acaso deu-se ao trabalho de ler o nosso Post em questão que é PRECISAMENTE ESTE que está a comentar ?
Se por acaso, algum dia o fizer, diga-nos depois se o seu comentário/opinião faz algum sentido.
Cumprimentos,
Zé.
At 05 novembro, 2007 15:42, Anónimo said…
http://www.quimiparque.pt/images/Jornal19.pdf
Afinal, a CMB, sempre esteve representada na Waterfront Expo 07...
Falta, agora, saber quem a representou no evento...
( querem ver que o presidente da JML teve "medo" da Dona Emília...)
At 06 novembro, 2007 08:26, Zé do Barreiro said…
Este assunto ( da Waterfront Expo 2007 ) também foi um berbicacho com contornos muito esquisitos - em relação à intervenção, contributo e participação da C.M.B. - ah foi, foi …
Já agora, repararam na “caixa” do Atravessamento do Quimiparque ? A questão é que não foi assim que o assunto foi negociado quando o PS era Executivo na Câmara … E nessa negociação o PS portou-se excelentemente bem !
At 06 novembro, 2007 12:28, Anónimo said…
Acções Complementares do Protocolo - Ponto 1. da Cláusula 8ª - Concepção e construção da ligação rodoviária Barreiro-Lavradio, através do território da Quimiparque
(…)
Constata-se que:
1. Esta ligação, consubstanciada através do Território do Parque, constitui
um objectivo comum, avalizado em vários estudos urbanísticos
elaborados ao longo da última década, quer pela Câmara Municipal do
Barreiro, quer pela empresa;
2. Esta ligação insere-se numa lógica de progressiva integração da área do
Quimiparque no território do Concelho, contribuindo para a sua abertura
e fortalecendo o relacionamento com o meio urbano envolvente, bem
como contribuir para uma melhor articulação entre as áreas urbanas do
Barreiro e do Lavradio, tendo em consideração as perspectivas sobre o
futuro desenvolvimento da área central da Cidade.
3. Uma ligação definitiva, no que diz respeito ao seu traçado,
dimensionamento e pontos de inserção na rede viária actual ou futura,
implicaria um conjunto de definições e condições que, por enquanto,
ainda não se verificam;
4. Neste sentido, e de modo a minimizar encargos e perturbações que não
se justificam no actual contexto dos trabalhos em curso e da realidade a
eles subjacente, considera-se que o carácter da ligação em causa deve
ser entendido como provisório, até se encontrarem reunidas as
condições para projectar e executar a ligação definitiva.
Assim:
Entre a QUIMIPARQUE – PARQUES EMPRESARIAIS, S.A, (…)PRIMEIRA
OUTORGANTE
E
MUNICÍPIO DO BARREIRO, pessoa colectiva nº 506673626, representada
pelo Senhor Presidente da Câmara Municipal do Barreiro, Carlos Humberto
Palácios Pinheiro de Carvalho, doravante SEGUNDO OUTORGANTE
É celebrado e reciprocamente aceite o seguinte Protocolo, que se regerá
pelas cláusulas seguintes:
Cláusula 1ª
(Objecto)
O presente Protocolo visa a atribuição do estatuto de “uso público à
superfície” ao percurso assinalado na planta designada por Anexo 1.
Esse traçado desenvolve-se sobre terrenos cuja propriedade é do Parque
Empresarial.
O arruamento em causa tem a área total de 13.253 m2 e o comprimento
total de 1.492 m, melhor identificado na planta que constitui o Anexo 1.
Cláusula 2ª
(Condições para a atribuição do estatuto de “uso público à superfície”)
1. A PRIMEIRA OUTORGANTE realizará as obras de adaptação
necessárias à funcionalidade do traçado da via, incluindo as que
resultem de necessidades específicas do funcionamento do Parque e as
que sejam motivadas pela sua inserção na rede de circulação pública;
2. O SEGUNDO OUTORGANTE compromete-se a contabilizar o valor das
obras referidas no número anterior, em contratos de urbanização
futuramente celebrados na sequência de operações urbanísticas a
desenvolver no Parque Empresarial do Barreiro.
3. A contabilização referida no número anterior será prevista
expressamente nos contratos de urbanização a celebrar, e consistirá na
subtracção do valor das obras mencionadas às obrigações da
PRIMEIRA OUTORGANTE na execução das obras de urbanização e
responsabilidades inerentes que sejam fixadas nos termos do artº 55º do
Decreto-Lei 555/99, de 16 de Dezembro.
Cláusula 3ª
(Responsabilidade pelas obras de manutenção da via rodoviária)
1. Todas as obras de ampliação, modificação ou adaptação da via
rodoviária mencionada na cláusula anterior que após o início da
utilização pública da via, venham a ser necessárias, serão da
responsabilidade do SEGUNDO OUTORGANTE, bem como os
respectivos encargos financeiros.
2. Todas as obras de manutenção inerentes ao funcionamento da via são
da responsabilidade do SEGUNDO OUTORGANTE.
3. As obras mencionadas nos pontos 1 e 2 serão realizadas com o prévio
conhecimento e consentimento de ambas as Outorgantes.
Cláusula 4ª
(Condições de circulação e segurança da via rodoviária)
A responsabilidade e a fiscalização inerentes à circulação nesta via, no que
se refere às condições de utilização e segurança, são em tudo idênticas a
qualquer outra via de utilização pública, cabendo o exercício dessas
competências às entidades que tutelam essa responsabilidade,
designadamente a PSP e outras entidades que operem no âmbito de
segurança de pessoas e bens.
Cláusula 5ª
(Disposições finais)
1. A PRIMEIRA OUTORGANTE compromete-se a facultar o “uso público
à superfície”, num prazo de 12 meses a partir da assinatura do
presente PROTOCOLO, mediante a efectiva concretização das
medidas previstas no ponto 1 da cláusula 2ª.
2. O presente PROTOCOLO inclui 2 (dois) documentos anexos,
respectivamente “Memória Descritiva” e “Planta”, que dele fazem parte
integrante, e é feito em duplicado, ficando cada uma das partes com
um exemplar.
Barreiro, 29 de Setembro de 2007
---------‘’----------
Na sequência da emissão do alvará de loteamento das Cordoarias, foi assinado um contrato de urbanização que “isentava” de custos a operação de loteamento tendo a empresa Espaço 3030, como contrapartida, que realizar algumas obras no concelho.
Uma dessas obras, era este atravessamento da Quimiparque.
Será que o actual executivo “trocou” esta obra ( que, como se extrai do protocolo supra, vai ser agora paga pela Quimiparque ) por outra pavimentação qualquer noutra zona do concelho? Ou por outra obra qualquer?
E, uma alteração destas, a um contrato de urbanização cuja minuta foi aprovada em sessão de câmara não teria que ser igualmente aprovada em sessão de câmara ? E foi-o?Em qual? Quando?E qual foi o sentido de voto dos diversos vereadores? Alguém sabe?
At 07 novembro, 2007 12:32, Anónimo said…
“(…) Segundo explicou o presidente, “apesar das obras do Polis, da muralha da Avenida da Praia, do novo mercado bissemanal no Alto da Paiva, das rotundas em Coina e da reconstrução do mercado 1º de Maio, a Câmara continua com uma difícil situação financeira. ” Neste sentido Carlos Humberto foi mais longe e questionou: “se a CMB tem tantas dificuldades como é que está a lançar obras de muitos milhões de contos? A realidade é só uma: estamos a fazer obras sem dinheiro”, respondeu, mencionando as entidades que estão realmente a investir verbas como o Quimiparque, o Fórum Barreiro, as Estradas de Portugal e a Administração do Porto de Lisboa, entre outras.
(…)
In: JornaldoBarreiro
Mentiroso!
Nenhuma dessas obras é da responsabilidade da CMB( e a que é será paga pelos feirantes...)!
Serão os barreirenses tão ignorantes que “papem” disto sem pestanejar?
O presidente da CMB deve achar que sim!
At 07 novembro, 2007 18:08, Anónimo said…
É muito pior do que se imagina.
Mais uma vez a CMB está a antecipar receitas. Ou, melhor dizendo, postecipar despesas.
Parece complicado? Eu explico:
Segundo o protocolo celebrado com o Quimiparque:
"O SEGUNDO OUTORGANTE compromete-se a contabilizar o valor das
obras referidas no número anterior, em contratos de urbanização
futuramente celebrados na sequência de operações urbanísticas a
desenvolver no Parque Empresarial do Barreiro.
3. A contabilização referida no número anterior será prevista
expressamente nos contratos de urbanização a celebrar, e consistirá na
subtracção do valor das obras mencionadas às obrigações da
PRIMEIRA OUTORGANTE na execução das obras de urbanização e
responsabilidades inerentes que sejam fixadas nos termos do artº 55º do
Decreto-Lei 555/99, de 16 de Dezembro."
Significa que a receita FUTURA para o licenciamento de obras a efectuar no FUTURO pelo Quimiparque está hoje a ser contabilizada pela câmara como passivo. Ou seja, a receita que deveria receber no FUTURO está COMPROMETIDA (financeira mente falando) HOJE. Para ser mais claro, isto significa que não tendo agora despesa tê-la-à no futuro uma vez que já prescindiu da receita.
Como este tipo de operações tem que ser sujeito a escrutínio da TC e têm sido chumbadas (com excepção de Santarém por um golpe de secretaria), adivinha-se bronca e da grande.
Esperemos para ver!
O TRIBUNAL DE CONTAS VAI GOSTAR DE SABER DISTO!!!
Quanto às obras que andam a fazer sem dinheiro.
1º Não são eles que as fazem.
2º O Senhor CH, memso sendo comunista e guiando-se por outras cartilhas, não ouviu ainda a célebre frase de que "não há almoços grátis"?
At 07 novembro, 2007 18:13, Anónimo said…
Caro Zé,
Escrevia o editorialista do Jornal Margem Sul, o Sr.Gonçalo Rego, o seguinte texto:
"Os negócios que se engendraram para a Ota, os terrenos que foram adquiridos à pressa, por que preços, para gáudio de quem os vendeu, o prestígio de um ministro que se esfarelou neste deserto à beira Tejo plantado, para virem os empresários, com estudos a sério, por engenheiros que não fizeram cursos em universidades de pacotilha, colocar preto no branco, o que o comum dos mortais há muito depreendeu.
Resta dizer que as caríssimas e, em muitos casos, modelares instalações do Aeroporto da Portela, não poderão ser desmanteladas para dar lugar a urbanizações. Perderia a cidade e o País.
QUANTO À HIPÓTESE DE O BARREIRO “PERDER” A SUA PONTE É UMA NOTÍCIA BOA DE MAIS PARA EMBANDEIRAR EM ARCO. COM UM BOCADO DE SORTE AINDA DEIXARÃO EM PAZ ESTA PACATA CIDADE. Para o Governo vai aí um bico-de-obra. Falta-lhe tempo. Não pode ignorar os estudos. Tem de enfrentar os poderosos lobys dos defensores da Ota. Terá de justificar as muitas centenas de milhões do nosso rico dinheirinho gasto em estudos. Pior, pior que tudo, a imagem de ligeireza, mesmo de leviandade com que tudo isto, se calhar o mais que não sabemos, foi tratado."
GONÇALO REGO
Margem Sul – 02/11/2007
Pedia que edita-se esta triste intervenção (o detaque a maiúsculas é meu).
Hoje já não tenho tempo. Mas amanhã vou "desancar" neste Sr.. Ai vou vou!
Um abraço a todos.
At 07 novembro, 2007 22:21, Zé do Barreiro said…
Meus caros Amigos,
Há aqui "material" que dá pano para mangas.
Vamos a ver se amanhã consigo dar algum despacho a "expediente" tão valioso ...
Nota: O que é que os nossos representantes na vereação e na A.M. andam a fazer ?
Bom, nós aqui continuaremos a fazer a nossa obrigação perante os Barreirenses, doa a quem doer.
Que ninguém tenha a mais pequena dúvida.
Zé.
At 09 novembro, 2007 12:30, Anónimo said…
“(…)Realojamento e gestão do território são duas acções que terão lugar com o projecto previsto para a zona do Quimiparque, solução que, segundo o vice-presidente da Câmara Municipal do Barreiro (CMB), Joaquim Matias, possibilitará melhores resultados do que as duas soluções até ao momento apontadas para o Bairro das Palmeiras, nomeadamente o Programa ProHabita – Programa de Financiamento para Acesso à Habitação ou a Sociedade de Reabilitação Urbana (SRU) inserida no Masterplan – documento de enquadramento e de orientação do processo de reabilitação urbana do concelho.
Enquanto para o Bairro das Palmeiras, o presidente da CMB, Carlos Humberto, afirma que “ está claro o caminho a adoptar”, já o problema do Barreiro Velho “ é mais complexo”, uma vez que “ para este ainda não há resposta”. Ainda assim, esta poderá passar por um “ somatório de várias soluções apontadas”, medidas que “ não resolvem as questões de fundo mas ajudam na procura de um caminho”. Entre estas incluem-se pequenos projectos a desenvolver em particular na freguesia do Barreiro, e com desenvolvimento para o concelho, como o alargamento do Jardim dos Franceses, a recuperação da Muralha da Avenida da Praia e da zona de Alburrica, a requalificação do Parque Catarina Eufémia, entre outros.
(…)
Retomado foi também, segundo o vereador Joaquim Matias, o Programa RECRIA – Regime Especial de Comparticipação na Recuperação de Imóveis Arrendados, plano que, no entanto, tem pouca procura. (…). Para ajudar a encontrar mais soluções, previsto está ainda constituir um Conselho de Acompanhamento do Barreiro Velho, segundo adiantou Carlos Humberto.
(…)
Enquanto aposta do executivo para a requalificação e alargamento do Centro do Barreiro, Carlos Humberto focou a necessidade de avançar com as obras no Mercado 1º de Maio, previstas, porém, para Fevereiro de 2008 e que terão lugar num prazo de 10 meses. “ Certeza absoluta” é, no entanto, o que o executivo municipal não tem para garantir que a estratégia de manutenção do mercado, face à construção do Fórum Barreiro, seja a opção ideal para atingir os objectivos propostos.
“ Um esforço” é como Carlos Humberto caracteriza, no entanto, este projecto que prevê um estudo de reabilitação de toda a zona do Parque Catarina Eufémia. Ideia pensada mas “ ainda não garantida” é, de igual modo, pedonalizar em parte a Avenida Alfredo da Silva e a Rua Miguel Bombarda e criar uma ciclovia, reduzindo o traço rodoviário, proibindo o estacionamento e alargando os passeios. Proposta também ainda não afiançada é a criação de um outro equipamento na Rua Miguel Pais, que permita “ dar vida própria a esta rua”.
In: http://www.jornaldobarreiro.com.pt/?lop=n_artigo&op=
c81e728d9d4c2f636f067f89cc14862c&id=
a08e32d2f9a8b78894d964ec7fd4172e
At 16 novembro, 2007 15:28, Anónimo said…
“Certeza absoluta” é, no entanto, o que o executivo municipal não tem para garantir que a estratégia de manutenção do mercado, face à construção do Fórum Barreiro, seja a opção ideal para atingir os objectivos propostos."
Parece que esta frase causou alguma celeuma na presidência da CMB e provocou uma rectificação no JB. Ora, tal rectificação não rectifica nada, ao invés, reitera o que havia sido escrito na notícia original. Portanto, aqueles que não estiveram presentes nas OP do Barreiro podem dar como boa a versão apresentada pelo jornalista do JB.
Será por causa de algumas afirmações proferidas pelo edil nessa noite ( como a do encerramento da ADP )que o site da CMB já publicou notícias sobre TODAS as OP, excepto a do Barreiro?
É que já lá vão dez dias!
At 27 novembro, 2007 10:40, Anónimo said…
Caro "Zé do Barreiro"
Deixei a minha opinião argumentei conforme me era possível, mas são estudos técnicos, como o da CIP ou do LNEC que poderão fornecer os motivos de ser escolhido este ou aquele lugar. Assim, aguardo - como todos nós - o estudo do LNEC.
Mas gostaria de comentar um inconveniente que focou à construção de túneis sob o Tejo: "os problemas de natureza geotécnica e de inserção na rede ferroviária, pois as linhas ferroviárias têm de ter níveis de inclinação muito pequenos, o que não é possível com a construção de um túnel. Isto para não falar na “famosa” falha do rio Tejo"
1.º) A Falha geológica - Em Los Angeles, uma zona com uma falha sísmica bastante activa, ocorreu não há muitos anos um terremoto em que muitos viadutos ruiram mas os túneis sob o canal nada sofreram. Em Istambul, sob o Bósforo, está a ser constríudo um túnel também numa zona também de junção de placas geológicas, igualmente bastante sísmica. Estes túneis são construídos com técnicas adequadas, diferentes da usada no Terreiro do Paço.
2.º) A inclinação, depende do ponto de entrada. Como a inclinaçãoo terá que ser menor, a entrada deverá ser afastada do leito do rio. Os custos deverão ser indicados pelos estudos.
Zé da Burra...
At 27 novembro, 2007 12:46, Zé do Barreiro said…
“Zé da Burra”,
Agradecemos o seu comentário.
Abordaremos este tema no nosso 4º, de cinco Posts que publicaremos sobre este assunto, até dia 12 de Dezembro pf.
Cumps,
Zé.
At 10 dezembro, 2007 15:41, Anónimo said…
Pelos vistos já não será no dia 12 de Dezembro e teremos que esperar até ao próximo ano para sabermos os resultados dos estudos, FUNDAMENTADOS EM CUSTOS E GANHOS.
Aguardemos então!
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