OS “SÓCRATINOS” NÃO SÃO NADA PARVOS. NADA MESMO!
Meus Amigos,
Camaradas,
Ponto Prévio
Lamenta-se que decorrida mais de uma semana
após as eleições para Secretário Geral do Partido Socialista e respectivos
delegados ao Congresso Nacional, a COC –
Comissão Organizadora do Congresso – ainda não tenha divulgado os resultados
definitivos dessas eleições.
Por uma questão de consideração pelos Portugueses
e, mais importante ainda, por uma questão de respeito e do dever de informação aos
Militantes do partido.
Lamenta-se e condena-se veementemente.
Espera-se que antes do inicio do
Congresso Nacional a COC tenha o bom senso e a honestidade democrática de
divulgar os resultados definitivos das eleições para o Secretário Geral do
partido, assim como os resultados oficiais finais da eleição dos delegados pela
candidatura do Tó Zé Seguro e pela candidatura do camarada Aires Pedro.
Espera-se que não aconteça uma situação semelhante
à da (não) divulgação do candidato do PS à Câmara de Setúbal …
( Situação nunca vista – dentro dos
parâmetros actuais definidos pela direcção do partido - nos 40 anos de história
do Partido Socialista ! )
Mas vamos ao assunto.
Amigos(as), certamente se recordarão da
célebre Comissão Política Nacional do PS, realizada na noite de dia 29 e
prolongando-se madrugada fora do dia 30 de Janeiro pp.
Nessa CPN António Costa apresentou uma
proposta ao Secretário Geral onde apontava várias sugestões para uma desejável
unificação/união do partido.
Sabe-se que nos dias seguintes António
Costa e António José Seguro reuniram para apreciar e discutir o conteúdo dessa
proposta.
Também se sabe que se teria concluído na
“cimeira” entre os dois, para uma efectiva e real união do partido, que os
órgãos nacionais – por exemplo a Comissão Nacional – deveriam ser integrados,
também, por elementos afectos a António Costa e por elementos indefectíveis do
Sócratismo.
Pessoalmente não vejo nenhum mal ao
mundo, porque entendo que o Partido Socialista é constituído por todos os seus
militantes.
Entretanto, eis que chegam as eleições
para o Secretário Geral e para os Delegados ao Congresso Nacional, o dia 13 de
Abril pp.
Ora, para se ser membro da Comissão
Nacional e/ou de outro qualquer órgão nacional do PS, é conveniente ser
delegado ao Congresso Nacional e para se ser delegado é obrigatório fazer parte
de uma lista de delegados e … ser eleito.
Ressalva-se uma situação de excepção; de
facto o SG tem uma cota pessoal que indica, em concreto para a Comissão
Nacional, um determinado número de militantes.
Mas, num universo de 251 membros, a cota
do SG não contempla, nem de perto nem de longe, todos os Sócratinos que
existem. Portanto esses militantes teriam de, obrigatoriamente, apresentarem
listas de delegados e, preferencialmente, serem eleitos.
Não há volta a dar.
Teria sido o que aconteceu ?
Não. Em lugar de apresentarem listas
próprias de delegados, os sócraticos acordaram com os apoiantes do António José
Seguro integrarem as listas em conjunto. Tudo isto numa perspectiva de unidade
do partido…
E muitas Secções foram na “conversa” …
( Atenção, não estou a incluir neste
raciocínio as listas e os delegados eleitos pelo Camarada Aires Pedro, bem
entendido ).
Agora atentem no que na realidade
aconteceu, com factos concretos.
Pelos resultados (incompletos) conhecidos,
António José Seguro foi reeleito líder do PS com 24.843 votos, correspondendo a
96,53%, contra 3,46 por cento do
militante socialista Aires Pedro, que obteve 892 votos, segundo dados oficiais
divulgados pelo PS. [ 25.735 votos expressos ].
Estão ainda por se conhecer resultados
em 54 Secções.
Num universo de 43.034 militantes com
capacidade eleitoral (quotas pagas), é
conhecido que votaram 26.725 membros do partido, o que corresponde a uma
participação eleitoral na ordem dos 62,1
por cento.
Tenha-se em atenção – MUITA ATENÇÃO –
que nas eleições directas de sábado para o cargo de secretário-geral do PS,
registaram-se 303 votos nulos e 687 brancos. ( Total de votos brancos e nulos –
990 ).
Na eleição de delegados para o XIX
Congresso Nacional do PS, que se realiza
entre 26 e 28 deste mês em Santa Maria da Feira, a lista da moção afecta a António José Seguro, elegeu 1.702
(99,3 por cento) e a lista da moção de
Aires Pedro 12 delegados (0,7 por cento).
Estão ainda por eleger 88 delegados.
Para concluir o meu raciocínio é
fundamental que nos debrucemos, por momentos, nas anteriores eleições para o
Secretário Geral do Partido Socialista e respectivos delegados ao XVIII
Congresso Nacional.
Assim, a 24 de Julho de 2011, António
José Seguro foi pela primeira vez eleito secretário-geral do PS com 23.903
votos, correspondentes a 67,98 por cento, contra 11.257 do candidato
adversário, Francisco Assis, percentagem de 32,02%. [ 35.160 votos expressos ].
Registaram-se também 216 votos brancos e
151 nulos. ( Num total de 367 votos ).
Na eleição de delegados para o anterior
Congresso Nacional do PS, que se
realizou em Setembro de 2011, em Braga, as listas subscritas por António José
Seguro conseguiram uma vantagem ainda maior do que na eleição do secretário-geral, já que venceram por larga margem em todas as
federações do país, incluindo no Porto,
considerado então um bastião de Francisco Assis.
Num total de 1.857 delegados, as listas
de Seguro elegeram 1.346 delegados,
contra 511 de Francisco Assis.
Concluindo e terminando.
1. António José Seguro conseguiu obter
cerca de 940 votos a mais relativamente a 2011.
No nosso entendimento, pouco significativo.
2. Foram votar menos 8.800 militantes
que em 2011, a maior parte claramente sócratinos.
3. Quanto à totalidade dos votos brancos
mais nulos, foram contabilizados mais 630 que em 2011.
4. Relativamente ao nº de delegados ao
Congresso, António José Seguro leva para Santa Maria da Feira cerca de mais 442
delegados que em 2011 levou para Braga. Claro, carregadinho de um nº muito
significativo de delegados da área sócratica/costista …
Reparem, a maioria dos sócratinos não
foi votar; dos que foram votar uma percentagem significativa votaram em branco
ou nulo; elegeram delegados nas listas conjuntas do Tó Zé Seguro, sem se
esforçarem absolutamente nada – não apresentando listas próprias - e com os
votos maioritariamente dos apoiantes do nosso Secretário geral.
Tudo numa perspectiva da defesa intransigente
e inequívoca para a união do Partido Socialista …
Ora digam lá meus e minhas caros(as) Amigos(as), se
o título dado a este Post faz ou não sentido.
OS “SÓCRATINOS”
NÃO SÃO NADA
PARVOS. NADA MESMO! Né verdade ?
Livra !!!
Grande semana para todos,
Zé do Barreiro.