A Paragem do 18 no Cabeço Verde

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domingo, abril 21, 2013

OS “SÓCRATINOS” NÃO SÃO NADA PARVOS. NADA MESMO!





Meus Amigos,
Camaradas,

Ponto Prévio

Lamenta-se que decorrida mais de uma semana após as eleições para Secretário Geral do Partido Socialista e respectivos delegados ao Congresso Nacional,  a COC – Comissão Organizadora do Congresso – ainda não tenha divulgado os resultados definitivos dessas eleições.

Por uma questão de consideração pelos Portugueses e, mais importante ainda, por uma questão de respeito e do dever de informação aos Militantes do partido.

Lamenta-se e condena-se veementemente.

Espera-se que antes do inicio do Congresso Nacional a COC tenha o bom senso e a honestidade democrática de divulgar os resultados definitivos das eleições para o Secretário Geral do partido, assim como os resultados oficiais finais da eleição dos delegados pela candidatura do Tó Zé Seguro e pela candidatura do camarada Aires Pedro.

Espera-se que não aconteça uma situação semelhante à da (não) divulgação do candidato do PS à Câmara de Setúbal …

( Situação nunca vista – dentro dos parâmetros actuais definidos pela direcção do partido - nos 40 anos de história do Partido Socialista ! )

Mas vamos ao assunto.

Amigos(as), certamente se recordarão da célebre Comissão Política Nacional do PS, realizada na noite de dia 29 e prolongando-se madrugada fora do dia 30 de Janeiro pp.

Nessa CPN António Costa apresentou uma proposta ao Secretário Geral onde apontava várias sugestões para uma desejável unificação/união do partido.

Sabe-se que nos dias seguintes António Costa e António José Seguro reuniram para apreciar e discutir o conteúdo dessa proposta.

Também se sabe que se teria concluído na “cimeira” entre os dois, para uma efectiva e real união do partido, que os órgãos nacionais – por exemplo a Comissão Nacional – deveriam ser integrados, também, por elementos afectos a António Costa e por elementos indefectíveis do Sócratismo.

Pessoalmente não vejo nenhum mal ao mundo, porque entendo que o Partido Socialista é constituído por todos os seus militantes.

Entretanto, eis que chegam as eleições para o Secretário Geral e para os Delegados ao Congresso Nacional, o dia 13 de Abril pp.

Ora, para se ser membro da Comissão Nacional e/ou de outro qualquer órgão nacional do PS, é conveniente ser delegado ao Congresso Nacional e para se ser delegado é obrigatório fazer parte de uma lista de delegados e … ser eleito.

Ressalva-se uma situação de excepção; de facto o SG tem uma cota pessoal que indica, em concreto para a Comissão Nacional, um determinado número de militantes.

Mas, num universo de 251 membros, a cota do SG não contempla, nem de perto nem de longe, todos os Sócratinos que existem. Portanto esses militantes teriam de, obrigatoriamente, apresentarem listas de delegados e, preferencialmente, serem eleitos.

Não há volta a dar.

Teria sido o que aconteceu ?

Não. Em lugar de apresentarem listas próprias de delegados, os sócraticos acordaram com os apoiantes do António José Seguro integrarem as listas em conjunto. Tudo isto numa perspectiva de unidade do partido…

E muitas Secções foram na “conversa” …

( Atenção, não estou a incluir neste raciocínio as listas e os delegados eleitos pelo Camarada Aires Pedro, bem entendido ).

Agora atentem no que na realidade aconteceu, com factos concretos.

Pelos resultados (incompletos) conhecidos, António José Seguro foi reeleito líder do PS com 24.843 votos, correspondendo a 96,53%, contra 3,46 por  cento do militante socialista Aires Pedro, que obteve 892 votos, segundo dados oficiais divulgados pelo PS. [ 25.735 votos expressos ].

Estão ainda por se conhecer resultados em 54 Secções.

Num universo de 43.034 militantes com capacidade eleitoral (quotas  pagas), é conhecido que votaram 26.725 membros do partido, o que corresponde a uma participação eleitoral na ordem dos  62,1 por cento.

Tenha-se em atenção – MUITA ATENÇÃO – que nas eleições directas de sábado para o cargo de secretário-geral do PS, registaram-se 303 votos nulos e 687 brancos. ( Total de votos brancos e nulos – 990 ).

Na eleição de delegados para o XIX Congresso Nacional do PS, que se  realiza entre 26 e 28 deste mês em Santa Maria da Feira, a lista da moção  afecta a António José Seguro, elegeu 1.702 (99,3 por cento) e a lista da  moção de Aires Pedro 12 delegados (0,7 por cento).

Estão ainda por eleger 88 delegados.

Para concluir o meu raciocínio é fundamental que nos debrucemos, por momentos, nas anteriores eleições para o Secretário Geral do Partido Socialista e respectivos delegados ao XVIII Congresso Nacional.

Assim, a 24 de Julho de 2011, António José Seguro foi pela primeira vez eleito secretário-geral do PS com 23.903 votos, correspondentes a 67,98 por cento, contra 11.257 do candidato adversário, Francisco Assis, percentagem de 32,02%. [ 35.160 votos expressos ].

Registaram-se também 216 votos brancos e 151 nulos. ( Num total de 367 votos ).

Na eleição de delegados para o anterior Congresso Nacional do PS, que  se realizou em Setembro de 2011, em Braga, as listas subscritas por António José Seguro conseguiram uma vantagem ainda maior do que na eleição do secretário-geral,  já que venceram por larga margem em todas as federações do país, incluindo  no Porto, considerado então um bastião de Francisco Assis.

Num total de 1.857 delegados, as listas de Seguro elegeram 1.346 delegados,  contra 511 de Francisco Assis.

Concluindo e terminando.

1. António José Seguro conseguiu obter cerca de 940 votos a mais relativamente a 2011.  No nosso entendimento, pouco significativo.

2. Foram votar menos 8.800 militantes que em 2011, a maior parte claramente sócratinos.

3. Quanto à totalidade dos votos brancos mais nulos, foram contabilizados mais 630 que em 2011.

4. Relativamente ao nº de delegados ao Congresso, António José Seguro leva para Santa Maria da Feira cerca de mais 442 delegados que em 2011 levou para Braga. Claro, carregadinho de um nº muito significativo de delegados da área sócratica/costista …


Reparem, a maioria dos sócratinos não foi votar; dos que foram votar uma percentagem significativa votaram em branco ou nulo; elegeram delegados nas listas conjuntas do Tó Zé Seguro, sem se esforçarem absolutamente nada – não apresentando listas próprias - e com os votos maioritariamente dos apoiantes do nosso Secretário geral.

Tudo numa perspectiva da defesa intransigente e inequívoca para a união do Partido Socialista …

Ora digam lá meus e minhas caros(as) Amigos(as), se o título dado a este Post faz ou não sentido.

 OS  “SÓCRATINOS”  NÃO  SÃO  NADA  PARVOS.  NADA MESMO!  Né verdade ?

Livra !!!

Grande semana para todos,

Zé do Barreiro.
 

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