A Paragem do 18 no Cabeço Verde

Este Blog é muito abrangente e heterogéneo...Destina-se aos políticos,aos cidadãos normais,aos sócios do Benfica,aos apreciadores de jaquinzinhos fritos,aos funcionários públicos,aos adeptos do Sporting,aos que pagam impostos e aos que nem sabem o que isso é,aos ouvintes da Rádio Renascença,aos descontentes com a administração do condomínio,aos internautas que acham que Linux é a Liga Internacionalista para a União dos Xiitas,aos que gastam o tempo de trabalho a ler estas coisas,aos médicos ...

quarta-feira, novembro 28, 2012

ELEIÇÕES DIRECTAS PARA A ESCOLHA DE CANDIDATOS DO P.S. – UMA FACA ( BEM AFIADA) DE DOIS GUMES



Meus Amigos,

Foi dado um grande poder às Concelhias do PS que poderá condicionar  a eventual escolha de nomes com peso nacional desejados pela liderança do partido ( Secretário Geral/Secretariado Nacional ).

Explico:

A escolha dos candidatos autárquicos no PS através de directas está longe de ser um cenário perfeito e a direcção nacional de António José Seguro está preocupada com os riscos de monopolização por parte das estruturas locais, sem atenção ao verdadeiro potencial dos nomes escolhidos.

Sabe-se, junto de fontes do partido, que o facto de algumas Concelhias estarem a escolher nomes com pouca visibilidade nacional e até local, bem como a opção por candidatos que não agradam à direcção de Seguro, tem levantado alguns problemas e o secretário-geral poderá ter que vir a ponderar "avocar" o processo ao mais alto nível.

Se quiser "comprar” algumas guerras internas, Seguro terá que impôr a alguns Concelhos de maior visibilidade nacional um nome que conte com o seu apoio, em detrimento de uma escolha local, muitas vezes o próprio líder da Concelhia.

Sabe-se que entre os municípios onde se avizinham problemas está Cascais. A Concelhia tem apontado como provável a escolha de José Luís Judas, mas a imagem do ex-autarca é vista como um problema na direcção nacional. Uma fonte do Secretariado Nacional do PS assume claramente que Judas não tem qualquer hipótese.

O caso mais paradigmático é o de Matosinhos, já referido nos nossos três últimos Posts.

O nome do presidente da Junta de Matosinhos, António Parada, foi aprovado pela Comissão Política Concelhia do PS de Matosinhos como candidato à Câmara nas autárquicas de 2013, obtendo 41 votos a favor, 12 nulos e 13 brancos. Mas o actual presidente da Câmara, Guilherme Pinto, já anunciou que está disponível para se recandidatar, uma vez que ainda não está abrangido pela lei da limitação dos mandatos, tendo recorrido para a direcção nacional.

Dentro do PS há quem receie que António José Seguro prefira não abrir guerras internas, permitindo com isso vantagens para os adversários em municípios em que um nome nacional teria grandes hipóteses de vencer.

O PS olha para estas eleições como uma grande hipótese de virar o jogo autárquico, com dois factores a seu favor: em algumas autarquias tradicionalmente social-democratas os Presidentes não se podem voltar a candidatar e os socialistas contam com um cartão vermelho ao Governo que os beneficie na hora do voto.

Perante os riscos que começam a ser notados nas directas, aprovadas nos estatutos que Seguro levou a votos em Março, fontes do partido defendem que é preciso garantir alguma moderação no processo de escolha dos candidatos e que, por isso, o PS deve dar o passo seguinte e passar a primárias, como aconteceu com a escolha de François Hollande, em França.

Não se pode remeter o partido a uma sala de Concelhia fechada, pelo contrário, obriga-se a que se abra à sociedade e que sejam todos os simpatizantes do PS a votar em quem querem e não apenas meia dúzia de militantes, que muitas vezes nem são representativos naquele local, opina uma fonte do partido.

Com o calendário aprovado na última comissão política do PS a apontar 3 de Dezembro como data indicativa para a convocação das Concelhias para escolha dos candidatos autárquicos, o processo tem ganho algum fôlego nos últimos dias.

No distrito de Lisboa, Sintra fechou o nome de Basílio Horta e Loures aprovou a candidatura do actual presidente da junta de freguesia João Nunes. Segue-se agora a reunião da concelhia de Cascais no dia 28 de Novembro, com o nome de José Luís Judas apontado como o candidato desejado pela estrutura. A 6 de Dezembro será a vez da concelhia de Oeiras votar o nome de Marcos Sá.

Em Braga, o processo também não está a ser pacífico. A Concelhia confirmou ontem, 27 de Novembro, o seu presidente e actual vice-presidente da Câmara, Vítor Sousa, como candidato socialista, apesar de António Braga, deputado na Assembleia da República, ter chegado a manifestar disponibilidade para o cargo.

Fontes da direcção nacional do partido assumem que estes conflitos internos um pouco por todo o país podem vir a tornar-se muito penalizantes.

Caros Amigos, e então, o que irá acontecer no Barreiro ?

Até hoje, nem uma simples pista proveniente do Secretariado da CPC do PS do Barreiro, sobre esta matéria.

Será que se estará a aplicar o conhecido aforismo: O segredo é a alma do negócio” ?

Só que o “negócio” poderá ser irremediavelmente perdido pelos Socialistas do Barreiro.

Como em 2009 …

Saudações,

Zé do Barreiro.

sábado, novembro 24, 2012

SÓ PARA QUE CONSTE E … PARA QUE O PS BARREIRO PONHA AS BARBAS DE MOLHO - III


Meus Amigos, 

Camaradas,

Bom, claramente  melhor que andar na rua com este tempo, sugiro que fiquem recatados no conforto do vosso lar, lendo, analisando e comentando os Posts do “Paragem do 18”, é claro.

E, olhem, este Post tem muito que ler, não só o texto do Post propriamente dito como, desta vez, também, o texto da imagem ilustrativa do mesmo.

Aproveitem e … bom resto de fim de semana.

Cá vai a III Parte do “ Caso Matosinhos”, assunto que iniciámos na 4ª Feira, dia 21 de Novembro.

« Guilherme Pinto pede apoio dos matosinhenses e avisa que não vai parar.

O presidente da Câmara de Matosinhos, Guilherme Pinto, pediu na sexta-feira, 16 de Novembro, o apoio de toda a comunidade matosinhense: “Se tiver o vosso apoio, eu não irei parar”, disse o autarca, que não foi o escolhido pela concelhia socialista para concorrer às eleições do próximo ano.

"Esta noite, apesar dos incidentes, foi uma grande noite e quero-vos dizer que eu, que cheguei a presidente de câmara com a humildade de ter solicitado representar o meu partido, quero-vos dizer que estou disponível" para ser candidato a mais um mandato nas autárquicas do próximo ano, declarou o autarca, depois de ter feito uma pausa devido ao incidente entre um apoiante e um operador de câmara.

“Matosinhos merece uma liderança à altura, merece uma escolha acertada”, disse Guilherme Pinto, que pode não ser o candidato oficial do PS a Matosinhos, uma vez que a concelhia local já escolheu António Parada para protagonizar uma candidatura nas autárquicas de 2013.

Num discurso durante um jantar comemorativo dos sete anos de mandato à frente do município, em que deu conta da obra feita, Guilherme Pinto optou por não fazer ataques pessoais, mas não deixou de dizer que os tempos vão ser difíceis.

“Não sei os tempos que aí vêm, mas sei que se tiver a vossa confiança, se tiver a confiança da comunidade de Matosinhos, sei que se tiver o apoio dos matosinhenses, eu não irei parar”, garantiu o autarca, prometendo “arregaçar as mangas”.

Pouco depois da sua intervenção, onde por diversas vezes referiu que se tratou de um "jantar de determinação, de confiança e de futuro", Guilherme Pinto reiterou aos jornalistas a sua disponibilidade, mas em nenhum momento assumiu que pode avançar como independente: “O meu partido ainda não apresentou candidato. Acho que a comissão política, por cerca de 20 votos, aprovou um candidato. Eu tenho os milhares de votos dos cidadãos.”

A direcção distrital do PS não mostra abertura para afrontar a concelhia, mas Guilherme Pinto não pretenderá abrir o jogo e só comunicará a sua decisão depois de o partido anunciar a candidatura para Matosinhos.

No jantar de sexta-feira, 16 de Novembro, no Pavilhão dos Congressos, junto ao Estádio do Mar, estiveram presentes mais de 1500 pessoas. »


Caros Amigos, como certamente se apercebem, a “procissão” ainda nem chegou ao adro … ainda irá haver muito frango para virar …

Muito provavelmente ainda publicaremos, até à próxima 4ª Feira, uma IV e última Parte.

Saudações,

Zé do Barreiro.  

sexta-feira, novembro 23, 2012

SÓ PARA QUE CONSTE E … PARA QUE O PS BARREIRO PONHA AS BARBAS DE MOLHO - II





Meus Amigos,

Camaradas,

Tal como o prometido.

A Direcção do Sindicato dos Jornalistas condenou a agressão e as ameaças, pelo presidente da Junta de Freguesia de Guifões, Matosinhos, a uma jornalista ao serviço do "Jornal de Notícias", ocorridas no dia 09 de Novembro pp, nas instalações daquele órgão autárquico.

Em comunicado, a Direcção do SJ declara a sua inteira solidariedade para com a jornalista Carla Soares, vítima da agressão, de insultos e ameaças, e considera-a credora de um pedido de desculpas do presidente da Junta de Freguesia de Guifões, sem prejuízo das consequências criminais pelo seu grave comportamento.

Do site do Sindicato dos Jornalistas, com a devida vénia.

O comunicado é do seguinte teor:

« SJ condena agressão de autarca a jornalista no JN

1. A Direcção do Sindicato dos Jornalistas tomou conhecimento de que o presidente da Junta de Freguesia de Guifões, Matosinhos, insultou e agrediu ontem à noite, no interior das instalações daquele órgão autárquico, uma jornalista ao serviço do “Jornal de Notícias”.

2. A jornalista, Carla Soares, que cobria uma reunião da Comissão Política Concelhia do Partido Socialista, a decorrer no salão da Junta de Freguesia, tinha sido convidada pela tesoureira da Junta de Freguesia (JF) a utilizar o seu gabinete para trabalhar, uma vez que não poderia assistir aos trabalhos, cujo final teria de aguardar.

3. Quando se encontrava a trabalhar no referido local, a jornalista foi interrompida por uma senhora que pretendia expulsá-la e, depois, pelo próprio presidente da JF, Carmim Alves do Cabo, tendo ela pedido apenas que a deixassem terminar a chamada telefónica que então mantinha.

4. No entanto, segundo a nossa camarada, o autarca arrancou-lhe das mãos o telefone, arremessando-o contra uma parede, tendo tentado também lançar ao chão o computador portátil, do que foi impedido pela tesoureira, mas passou a insultar e a proferir ameaças contra a jornalista e chegou a agredi-la na face.

5. O grave incidente descrito justificou a chamada ao local de elementos da Polícia de Segurança Pública, que registaram a ocorrência, e justifica também a apresentação de queixa formal por parte da jornalista, mas não pode ficar-se por um simples processo judicial sobre ameaças e agressão.

6. Inteiramente solidária com a jornalista Carla Soares, a Direcção do SJ repudia vivamente o comportamento do autarca, o qual é duplamente condenável: pelo atentado contra o exercício de funções profissionais e a liberdade de informar; e pela ofensa que o próprio faz ao exercício de funções de eleito local.

7. Como cidadão eleito democraticamente para um órgão autárquico, o presidente da Junta de Freguesia de Guifões deveria conhecer os valores essenciais da liberdade de imprensa (e o livre exercício da profissão de jornalista) e do poder local democrático, assim como deveria saber que, em democracia, tais valores se cruzam e obrigam aos seus titulares a protecção mútua.

8. Nestes termos, a Direcção do SJ considera que, independentemente das consequências criminais do sucedido, a nossa camarada é credora de um pedido de desculpas formal e público por parte do autarca, que deve também explicações aos seus concidadãos.

Lisboa, 10 de Novembro de 2012

A Direcção »   Fim da transcrição.


Ou muito me engano ou o PS de Matosinhos estará metido num berbicacho de todo o tamanho, nas próximas eleições autárquicas.

É que as populações, nestas situações, não têm a memória curta …

O que espera o Secretário Geral/Secretariado Nacional do Partido Socialista para arrepiar caminho e resolver, exemplarmente, o “caso Matosinhos” ?

É que casos idênticos poderão, naturalmente, acontecer em várias Concelhias do PS por este País fora …

Barreiro e Setúbal, por exemplo …

Inté,

Zé do Barreiro

quarta-feira, novembro 21, 2012

SÓ PARA QUE CONSTE E … PARA QUE O PS BARREIRO PONHA AS BARBAS DE MOLHO - I




Meus Amigos

Camaradas,

Deixo-vos, sem mais delongas, o “exemplar” caso da escolha do candidato do PS à Câmara de Matosinhos.

Só para que possamos – nós os Socialistas da Concelhia do Barreiro – pôr os olhos ( e a cabeça ) nesse “exemplo”. É a total negação do que não se deve fazer.

Até ao próximo Sábado publicaremos as partes II e III deste assunto.

Esta I Parte vai apresentada em dois actos.


Primeiro Acto

O nome do presidente da Junta de Matosinhos, António Parada, foi no dia 09 de Novembro à noite aprovado pela comissão política concelhia do PS Matosinhos como candidato à câmara nas autárquicas de 2013, obtendo 41 votos a favor, 12 nulos e 13 brancos.

António Parada, que é também presidente da comissão política concelhia do PS Matosinhos, disse que o processo está fechado no Concelho, seguindo agora para a distrital e para a nacional do partido.

Presente na reunião esteve também o presidente da Câmara de Matosinhos, Guilherme Pinto, que em tempo, anunciou estar disponível para se recandidatar à autarquia em 2013, rejeitando ir a eleições primárias e estando a aguardar uma decisão do PS.

Na reunião da CPC, de 09 de Novembro pp, Guilherme Pinto explicou à omissão política do PS de Matosinhos o muito e excelente trabalho que a câmara tem feito nos últimos 7 anos e que havia uma escolha tranquila para uma vitória tranquila nas eleições autárquicas de 2013 ou uma aventura com resultados imprevisíveis.

Teria perguntado o que os Socialistas de Matosinhos sentirão quando o PS perder as eleições daqui a um ano.

Na quarta-feira anterior à reunião da CPC – dia 07 de Novembro - o líder da distrital do PS Porto, José Luís Carneiro, disse que a federação estava obrigada a respeitar os estatutos e que por isso ia aguardar serenamente pela decisão da comissão política concelhia de Matosinhos relativamente ao candidato às autárquicas.

Também nessa quarta-feira, António Parada disse ser o candidato natural do PS à Câmara de Matosinhos, uma vez que tinha indicações do secretário-geral e da federação do PS Porto de que os estatutos iam ser cumpridos.

“Eu estou disponível. Eu tenho indicações do secretário-geral e da federação de que os estatutos vão ser cumpridos. Se vão ser cumpridos, eu sou o candidato natural à Câmara de Matosinhos, mas respeitando sempre todos os processos que daí advêm e respeitando muito o meu camarada Guilherme Pinto”, teria dito António Parada.

Em Junho deste ano, em eleições para a comissão política concelhia do PS Matosinhos, António Parada bateu o “vice” de Guilherme Pinto, Nuno Oliveira, tendo sucedido na liderança da estrutura ao presidente da câmara.

Quinze dias depois, o presidente da Câmara de Baião, José Luís Carneiro, venceu as eleições para a distrital do PS Porto, tendo derrotado Guilherme Pinto.


Segundo Acto

A aprovação do nome do presidente da Junta de Freguesia de Matosinhos, António Parada, como candidato à câmara em 2013, pela concelhia local do PS ficou ensombrada pela acusação de uma jornalista que diz ter sido agredida por um apoiante de Guilherme Pinto, no dia 09 de Novembro pp, uma sexta feira à noite, em Guifões.

António Parada, que preside à concelhia desde Junho, foi escolhido por 41 votos a favor, depois de o presidente da Câmara de Matosinhos, o também socialista Guilherme Pinto, ter anunciado a disponibilidade para se recandidatar. Com o resultado de sexta-feira, Parada considera que o seu nome foi ratificado e até reforçado, porque entrou com 36 apoiantes e saiu com 41. O processo segue agora para a distrital e a direcção nacional do PS, diz Parada, que classifica a queixa de agressão como um pequeno incidente que não deixa de ser delicado.

Carla Soares, do "Jornal de Notícias", acusa Carmim Alves do Cabo, presidente da Junta de Guifões (a reunião decorreu no salão nobre da freguesia), de ter atirado o telemóvel da jornalista contra a parede e de a ter agredido, quando esta fazia a cobertura do encontro que se realizava à porta fechada. Carla Soares diz que estava numa sala da junta cedida pela tesoureira (apoiante de Parada).

“Fui apanhada no meio de uma bomba atómica”, no meio de “guerras”, comenta a jornalista, que chamou a PSP ao local, mas que só vai formalizar a queixa nesta segunda-feira. Conta que começou por ser insultada por uma senhora que entrou primeiro na sala e que o presidente da junta a mandou sair.

“Pedi-lhe para acabar de fazer um telefonema, mas ele enervou-se, atirou-me o I-phone contra a parede”. Garante que o autarca só não “partiu” o seu computador porque a tesoureira e outro funcionário o seguraram. “Puxou-me pelo braço, levantou a mão para me bater, mas deu-me só com os dedos, porque eu desviei a cara”, acrescenta.

Negando peremptoriamente as acusações, Carmim do Cabo afirma que apenas exigiu à jornalista que pegasse no computador e saísse.

“Eu só cedi o salão nobre”, argumenta, acrescentando que ela é que o insultou “do piorio”. O autarca promete apresentar queixa por invasão de propriedade privada, difamação e calúnia pública.

O Sindicato dos Jornalistas emitiu no sábado, dia 10 de Novembro, um comunicado no qual diz condenar as agressões de que foi vítima uma jornalista do JN.



Publicaremos o Comunicado do Sindicato dos Jornalistas, até ao próximo Sábado, na II Parte deste assunto.

Zé do Barreiro.
 

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