A Paragem do 18 no Cabeço Verde

Este Blog é muito abrangente e heterogéneo...Destina-se aos políticos,aos cidadãos normais,aos sócios do Benfica,aos apreciadores de jaquinzinhos fritos,aos funcionários públicos,aos adeptos do Sporting,aos que pagam impostos e aos que nem sabem o que isso é,aos ouvintes da Rádio Renascença,aos descontentes com a administração do condomínio,aos internautas que acham que Linux é a Liga Internacionalista para a União dos Xiitas,aos que gastam o tempo de trabalho a ler estas coisas,aos médicos ...

terça-feira, janeiro 15, 2008

O DEPUTADO VITOR RAMALHO - A PONTE CHELAS-BARREIRO RODOVIÁRIA – O PROF. ERNÂNI LOPES – A MANIA DAS GRANDEZAS – E O PROTAGONISMO DA TRETA.



Meus Amigos,

Ponto prévio: Fui, durante as duas últimas eleições para a Distrital de Setúbal do P.S, apoiante da minha camarada Maria Amélia Antunes. Ganhámos as primeiras e perdemos as ultimas eleições – embora por pequena margem – para o camarada Vítor Ramalho.

Pode parecer tendencioso e altamente suspeito aquilo que iremos escrever neste Post. Mas não é. Como certamente se aperceberão após a leitura do texto.

Fica o ponto prévio e … o aviso.

In Rostos de 14 de Janeiro de 2008, com a devida vénia:

«“ PS defendeu Alcochete e ponte Barreiro-Chelas

“Estas razões, se outras não houvesse são suficientes e por isso, sob a minha presidência, na Federação de Setúbal, em Junho de 2007 convidei o Prof. Ernâni Lopes para nos vir falar sobre estas vantagens, assumindo eu próprio a defesa de Alcochete, tal como a Ponte Chelas-Barreiro, na sua versão rodo-ferroviária.” – salienta Vítor Ramalho.”»

Caríssimos Amigos, o Zé do Barreiro às 13:40 do dia 06/Junho/2007, publicava um Post com o título “A TRAVESSIA DO TEJO ATRAVÉS DE UM TÚNEL FERROVIÁRIO CHELAS - MONTIJO ? Não obrigado" ( convém lá ir consultá-lo ).

O v/ Amigo Zé, entre outras considerações, afirmava nesse texto ( apresentam-se apenas alguns respigos desse Post ):

1. « … Ernâni Lopes integra uma comissão de especialistas que está a estudar uma solução sustentada de transportes para a Grande Lisboa, que passa pela articulação de vários módulos de transporte às plataformas logísticas de Castanheira do Ribatejo e do Poceirão.

O estudo, além de se debruçar sobre a alternativa à Ota, também contempla a travessia do Tejo através de um túnel ferroviário Chelas - Montijo e a possibilidade da base aérea do Montijo ser alargada à aviação comercial, nomeadamente às companhias de low cost, e complementar a Portela.»

2. « Iremos apenas debruçar-nos, muito rapidamente, sobre o paragrafo que diz: “O estudo, além de se debruçar sobre a alternativa à Ota, também contempla a travessia do Tejo através de um túnel ferroviário Chelas-Montijo »

3. « … Agora o Senhor Professor Ernâni Lopes fazer parte de uma Comissão de Especialistas que defende a travessia do Tejo através de um túnel ferroviário Chelas-Montijo, leva-nos a pensar que, esta parte do Estudo, não teve a colaboração, os conhecimentos e a mais valia do Senhor Professor. Não acreditamos, muito sinceramente. »

4 « Para ajudar, de certa forma, os nossos Leitores a compreenderem esta questão, recomendamos que se detenham por breves momentos na figura que apresentamos para ilustrar este Post. Observem-na atentamente.»

5. « Caros Amigos, a ser realizado o Projecto desenvolvido nesse Estudo, uma coisa parece ser trágica e irremediavelmente certa:

A PONTE CHELAS- BARREIRO – T.T.T. – NUNCA TERIA A COMPONENTE RODOVIÁRIA.

Nem agora, nem daqui a 10, 20 ou 30 anos !!! »

6. « Não acredito, não acredito mesmo, que o Senhor Professor Ernâni Lopes tenha participado nessa parte do Estudo. »

7. « … Todavia, como é evidente, o Governo Socialista terá SEMPRE, a última palavra sobre esta matéria, é claro.» Fim da transcrição do Post.

Meus caros Amigos,

Perante as afirmações do Sr. Deputado Vítor Ramalho: “ … e por isso, sob a minha presidência, na Federação de Setúbal, em Junho de 2007 convidei o Prof. Ernâni Lopes para nos vir falar sobre estas vantagens, … “,

qual teria sido o tema da palestra do Professor Ernâni Lopes, em Junho de 2007, sob o convite do Presidente da Federação do PS/Setúbal ?

OBVIAMENTE QUE, COM TODA A CERTEZA, TERIA SIDO SOBRE "A TRAVESSIA DO TEJO ATRAVÉS DE UM TÚNEL FERROVIÁRIO CHELAS – MONTIJO”.

Alguém terá qualquer tipo de dúvidas ?

As afirmações recentes do Sr. Deputado Vítor Ramalho para os O.C.S., não indiciarão algum tipo de protagonismo da treta ?

Ou será tendência para a mania das grandezas ?

Talvez fosse mais credível, coerente e democrático aparecerem os documentos que “desapareceram” da Federação de Setúbal e que constavam de uma Moção/ Recomendação sobre a Ponte Chelas – Barreiro RODO – FERROVIÁRIA, apresentada por Militantes de base da Concelhia do Barreiro ( concretamente da área da Secção do Lavradio ). Documento esse, aprovado sem votos contra numa Comissão Politica Concelhia do Barreiro …

A esses Militantes de base, a esses sim, deverá ser atribuído o merecido e legitimo protagonismo.

Só para conste.

Zé do Barreiro.

sábado, janeiro 05, 2008

O ESTUDO DA C.I.P SOBRE A LOCALIZAÇÃO DO N.A.L. EM ALCOCHETE – Ultimas considerações. Parte V


Meus Amigos,

De volta ao “mundo” da blogosfera, após passarem as festas do Natal e Ano Novo, cá estamos para publicar o último Post – o quinto - sobre o estudo da C.I.P. que aborda a eventual localização do Novo Aeroporto Internacional em Alcochete ( Canha ).

Sabemos que, em principio, na próxima semana o LNEC entregará ao Governo o estudo comparativo entre a hipótese OTA e a hipótese Alcochete ( Canha ), daí a publicação deste texto com as nossas ultimas considerações e opiniões sobre este assunto.

Já falta pouco, muito pouco para se conhecer a maior decisão económica e financeira do País para os próximos 100 anos, digo eu …

E os Barreirenses também irão entrar directamente nesta “roleta”, no bom sentido da palavra, bem entendido.

Então cá vão as nossas últimas considerações e comentários sobre as razões porque não apoiamos nem defendemos a opção Alcochete ( Canha ):

O estudo da CIP sobre o novo aeroporto de Lisboa está muito longe de ter informação que permita fazer a comparação da Ota com Alcochete, da mesma forma que foi feita com Rio Frio.

Sobre a Ota, existe o estudo comparativo - entre a Ota e Rio Frio - que foi feito em 1997/1998 e que tem informação suficiente para se lançar o concurso. Sobre Alcochete, temos o estudo da CIP, com informação que justifica aprofundar o assunto, é certo, mas está muito longe de ter informação suficiente para se fazer uma comparação como a de 1998.

É surpreendente que na conversão de uma zona que é um campo de tiro há mais de 100 anos, não haja uma palavra sobre descontaminações dos terrenos. O estudo da CIP refere que o terreno disponível é plano, mas não menciona que tipo de trabalho e que custos são necessários para a regularização hidráulica ( ver a figura que apresentamos, relativamente à OTA, onde se sabe clara e detalhadamente o que se vai fazer no domínio da regularização hidráulica ).

Arriscamos afirmar que estamos muito longe de ter informação que permita comparar as duas localizações.

Mas há mais, o documento da CIP tem um âmbito mais reduzido que o estudo que em 1999 culminou com a opção pela Ota, uma vez que não analisa a casualidade sísmica, a qualidade do ar, a hidrologia e a qualidade da água, a ecologia, entre outras componentes.

O que é não é pouco …

A opção por Alcochete ( Canha ) tem fragilidades quase insanáveis ao nível ambiental e que são semelhantes àquelas que determinaram a exclusão de Rio Frio. Essa é que é essa.

A sensibilidade ecológica da zona é a mesma de Rio Frio, não se percebendo os motivos da enorme irresponsabilidade de trocar um património valiosíssimo por uns movimentos/movimentações de terras.

Continuamos a entender que o Aeroporto em Alcochete é pior para o desenvolvimento do país. Vamos dar exemplos.

O acesso ferroviário ao Aeroporto será muito mais difícil ( acessibilidades ). Esta constatação é um dos principais inconvenientes de uma eventual opção pela localização do N.A.L. na zona do Campo de Tiro de Alcochete.

Sabemos que a Ota foi a opção consagrada no PNPOT - Programa Nacional de Política de Ordenamento do Território - para o Novo Aeroporto por ter sido fornecida como um dado adquirido, decorrente da escolha de João Cravinho, quando era ministro do Planeamento de António Guterres.

A verdade é que não podemos, honestamente, omitir este facto.

As objecções técnicas à localização na Ota, como a de não se poder tirar pleno partido das duas pistas devido à orografia, não foram apreciadas na altura. Mas também é verdade que muitos aeroportos por todo o mundo têm problemas de orografia e que o problema das cheias são também resolúveis sem grande dificuldade ( o exemplo de Barcelona, cujo aeroporto está sobre o pequeno delta de um rio de 170 quilómetros que nasce nos Pirenéus e é da ordem de grandeza do Cávado ).

Por outro lado, a localização na Ota serve muito bem a Área Metropolitana de Lisboa, muito melhor do que Alcochete ( mais exactamente, Canha, no extremo leste do Campo de Tiro, já nos concelhos de Benavente e Montijo ), e serve de grande alavanca para as áreas que têm maior potencial de crescimento no País, que são as áreas do Oeste, Centro Litoral e Lezíria e Médio Tejo.

O crescimento desta área é importante para reforçar a competitividade das áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto.

A ideia é ajudar as cidades médias do centro do País a funcionar como uma área metropolitana polinucleada, considerando que Leiria, Coimbra ou Aveiro têm cerca de 250 mil habitantes estando as pessoas a menos de 15 minutos destes centros.

Com um PIB em cerca de 70 por cento da média da UE, facilmente podem ir para os 80 por cento a 90 por cento.

Na localização agora proposta pelo estudo promovido pela C.I.P. há ainda que considerar a desvantagem do maior número de Km’s por carro que terão de ser percorridos por muitos utilizadores e ainda a quase inacessibilidade ferroviária.

Quanto a este último aspecto, ou o TGV Porto -Lisboa vai primeiro a Canha e só depois entra em Lisboa, ou então quem vier do Centro tem de ir primeiro a Lisboa e depois noutro comboio até Canha.

Simplesmente hilariante e quase surrealista !!!

Outro aspecto que se considera importante, se a hipótese de Canha avançar, é que esta freguesia do Montijo ( mas que não tem contiguidade territorial com este Concelho ) saia da Área Metropolitana e, devido às suas históricas relações funcionais com Vendas Novas, integre este Concelho e a região do Alentejo, passando a ter assim acesso a mais fundos comunitários.

Já alguém tinha pensado nisto ?

Uma nota de pormenor, mas também importante: há um erro no que respeita à distância entre a Ota e a Gare do Oriente (em Lisboa) em linha recta: na página 19 do estudo da CIP estão 45 Km’s , mas são 36 Km’s.

Outro aspecto de pormenor que levanta dúvidas: os 650 mil habitantes da região de Badajoz (a quase uma hora de distância por TGV) não estão a entrar neste estudo com um peso maior do que o do conjunto do Oeste-Lezíria-Coimbra. Aliás, alguns dos mapas apresentados mostram uma maior influência do Aeroporto em Alcochete do que na Ota sobre toda a província da Extremadura espanhola !

Bom, será melhor ficarmos por aqui, embora existissem outros aspectos do estudo da C.I.P. que justificariam, também, uma analise. Contudo entendemos que o essencial está dito.

Caros Amigos, reconhecemos que este Post é um pouco extenso. Mas foi nossa intenção que nada tivesse ficado por dizer sobre aquilo que pensamos sobre esta importante infra – estrutura.

Agora é comparar as nossas opiniões e justificações com as conclusões do LNEC e com a decisão do Governo …

Bom fim de semana,

Zé do Barreiro.
 

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