A Paragem do 18 no Cabeço Verde

Este Blog é muito abrangente e heterogéneo...Destina-se aos políticos,aos cidadãos normais,aos sócios do Benfica,aos apreciadores de jaquinzinhos fritos,aos funcionários públicos,aos adeptos do Sporting,aos que pagam impostos e aos que nem sabem o que isso é,aos ouvintes da Rádio Renascença,aos descontentes com a administração do condomínio,aos internautas que acham que Linux é a Liga Internacionalista para a União dos Xiitas,aos que gastam o tempo de trabalho a ler estas coisas,aos médicos ...

terça-feira, maio 29, 2007

A URBANIZAÇÃO DO CAMPO DAS CORDOARIAS E OUTRAS URBANIZAÇÕES AFINS … Vamos pôr os Barreirenses a pensar ? - PARTE V


Meus Amigos,

E devagar, muito devagarinho – como convém neste assunto - chegamos a 06 de Novembro de 2003, dia da elaboração de novo Estudo ( !!! ), pela Divisão de Planeamento da Câmara, sobre o Projecto de Loteamento do Campo das Cordoarias.

Justificação ? Reza no novo Estudo, que é, também, uma nova Proposta, que face à evolução do território e das necessidades de adequação aos padrões urbanísticos actuais, surgiu a necessidade de REVISÃO DO ESTUDO apresentado pela Divisão de Planeamento da Câmara, em Julho de 1993 e aprovado em sessão de Câmara de 04 de Agosto de 1993. Ver nosso Post anterior, onde abordamos este assunto.

Desta revisão resultou uma nova Proposta que foi aprovada em Sessão de Câmara de 06 de Agosto de 2003. Ver nosso Post anterior, onde abordamos este assunto.

Desta vez – 06 de Novembro de 2003 - é solicitada a alteração da memória descritiva e respectiva planta de síntese, tendo sido entregues, para o efeito, os referidos elementos para integração no presente Processo.

Antes de apresentarmos os novos índices deste novo Estudo para a Urbanização do Campo das Cordoarias, pretendemos destacar, por ser extremamente importante, que, na Sessão de Câmara de 06 de Agosto de 2003, o vereador Mendes Costa ( PSD ) foi quem sugeriu a existência de uma terceira cave para estacionamento, no bloco destinado ao Mercado Municipal – Lote 1.

O que foi aceite por unanimidade !!!

Ora, neste novo Estudo já está contemplado e convenientemente enquadrada a inclusão de mais um piso de estacionamento subterrâneo ( 3ª Cave )

Vamos ao resto:

# Área Total - 4,025 ha

# Superfície bruta - 40.252 m2

# Superfície Liquida - 38.252 m2

# Nº max. de fogos - 228 ( 56,64 fogos/ha )

# Área p/ Equipamentos – 7.872,29 m2

# Área p/ Comércio/Serviços - 26.648 m2

# Área de Habitação – 45.592,62 m2

# Área de Construção – 71.885,71 m2

# % de solo edificado – 43,98 %

# Índice de utilização bruto – 1,83

# Estacionamento - Habitação – 635 lugares / Comércio – 888 lugares.


Distribuição dos lugares de estacionamento pelos vários lotes da urbanização:

# À superfície – 84 lugares

# Lote 1 – em Cave – 1.174 lugares

# Lote 2 ao Lote 7 – 162 lugares

# Lote 8 - 40 lugares

# Lote 9 ao Lote 15 - 103 lugares


Um total de 1.563 lugares !!!

Se fosse aplicado o índice do PDM – ano de 1993 - seria 1L/30 m2 para Comércio + 1L/ fogo, o que corresponderia a 1.116 lugares.

Os lugares propostos neste novo Estudo permitem um rácio de 2L/fogo + 1L/30 m2 p/ Comércio, o que significa mais 407 lugares de estacionamento !!!

ATÉ AQUI O EXECUTIVO DO PARTIDO SOCIALISTA NA CÃMARA DO BARREIRO ESTAVA A TRABALHAR MUITO BEM, no que respeita ao estacionamento para esta urbanização.

Depois, bem, depois foi o que se viu …

Amigos, nesta altura já possuímos elementos suficientes que nos permitirão fazer comparações e retirar algumas conclusões.

Sugerimos que façam esse interessante exercício, consultando e analisando as Partes I, II, III E IV, já publicadas.

Todavia, esclarecemos que o ano de 2003 ainda não terminou ...

E ainda falta 2004; 2005 e … 2006. Iremos, como sempre, com muita calma, muito devagarinho … como convém.

Até à próxima 6ª Feira ou Sábado.


Zé do Barreiro.


Ps: Neste novo Estudo mantém-se as localizações da bomba de combustível e do Mercado Municipal, que mantém a área mínima de 2.700 m2. Continua a não se fazer qq referência ao Fórum/Centro Comercial, assunto que mais à frente irá dar “pano para mangas”.

sexta-feira, maio 25, 2007

Anónimo deixou um novo comentário na sua mensagem "A POSIÇÃO DA QUERCUS SOBRE A COMPONENTE RODOVIÁRIA...":

MEUS AMIGOS,

RECEBEMOS ESTE COMENTÁRIO DE UM DOS NOSSOS ILUSTRES LEITORES AO QUAL DECIDIMOS - E NÃO RESISTIMOS - EM DAR A “HONRA” DE POST.

É QUE, PELA IMPORTANCIA, ACTUALIDADE E ACUIDADE DO TEXTO NÃO PODIAMOS TER OUTRO PROCEDIMENTO.

TAMBÉM TEM ALGUMA GRAÇA QUE NOS AJUDARÁ , OBVIAMENTE, A COMPREENDER ASSUNTOS SÉRIOS … MUITO SÉRIOS !!!

AQUI VAI E … DIVIRTAM-SE.

II

É com o maior prazer que participo pela 2ª vez neste verdadeiro espaço de debate em que todos defendem o Barreiro e apresentam provas de terem feito o "trabalho de casa".

É neste ambiente de sã convivência democrática que aqui lanço - dada a inesperada profusão de atropelos, atentados e confusão de identidades(confeso que me diverte) que lanço agora - muitas mais tormentas e embaraços.

0- As últimas brisas do arroto na Ordem dos Economistas levam a pensar no outlet de Alcochete e e e e e e ....nas "migrações das aves" e nas reservas e no que estão a fazer na costa Oeste, na Foz do Arelho, em Tróia (em que o Senhor Primeiro fez questão de quebrar o mito de carregar no botão)na ETRI, no incomensurável desprezo pela Arrábida, nas urbanizações do Parque Sintra Cascais. Será que o homem quando foi para o Ambiente foi mesmo para isto?

E quanto vale este inenarrável homem de volumosa sobrancelha preta, com e sem braços e pernas e o outro cenourinha pequenino que nem confirma os números antes de prometer publicamente empregos às pessoas despedidas no dia anterior e o duende que aparece e desaparece para dizer que os miúdos antes do 12 pagam moderadora ou talvez não e brinca com transplantes hepátics pediátricos e a tipa que nem sobrancelhas tem e se retirou da ribalta com ar de badbed e sobrancelha riscada a lápis e a falta de nível e a falata de esclarecimento e o "não respondo". Não responde? o que é isto?

1- Assistam à sebenteza e fluida azeitice do representante no Debate da Nação -RTP (julgo que já foi ruivo,careca, louro ou ...)a elogiar o Sarkozy tendo anteriormente defendido com cunhas e pentes La Sególene.

Diz o próprio que a afirmação é um exemplo da sua pluralidade e non radicalismo.

Bom, quem - deputado da naçao no Parlamento Europeu - precisa de provar publicamente que não é um radical, usa uma disparatado argumento destes ... e chama colegas de esquerda aos outros, ou está a gozar (como sempre) ou depende da convicção que propulsiona o seu gosto pelas gravatas, tons de cabelo, casaquinhos fatelas e profundas esperanças de que ninguém - mesmo ninguém - se lembre do que aconteceu na sua actuação a Norte ... Whatever(seja o que for, para os europeus) e muitas águas passaram debaixo das pontes (basculantes para os de Matosinhos).De morrer a rir se não fosse tão triste. Principalmente num espaço da RTP que surpreende e em que(entre Anacoreta Correia,Paulo Rangel, António Filipe e Fernando Rosas) é o único interveniente inútil e bacoco de tão formatado e kiss -the - ass, nose on the air, ugly like no other ..smely on the tele.

2 - A "very fashionable" Governadora Civil de Lisboa que gosta de mudar de chapéus - de penas - quando decreta convictamente uma data, a todos os níveis irresponsável e incompreensível, para as eleições autárquicas e é completamente, publicamente, declaradamente - a Roseta é de pedra - desautorizada para a seguir, numa questão de dias- aparecer leve e ligeira no lançamento da campanha do candidato do PS para afirmar - como gracinha - que está ali noutra condição com "outro chapéu". Já nem vou à tradicional expressão sobre a conduta da mulher de César ...era um elogio. Governa-se. À civil.

3 - O comentário é irresistível. Portugal tem uma quantidade de anos. É, assim, tipo o estado nação mais antigo deste mundo.

Ou seja, é velho como o caraças e já toda a gente por aqui andou à porrada.Mas pontes dinamitadas, acho que temos poucas!

Fizemos pontes imensas. Longas. Virtuais. Muito antes das corridinhas clintonianas no Calçadão ou do honorável e repeitável desprezo chinês pelas passadinhas mediáticas avençadas rum à página primeira da subvenção.

Dinamitámos muitas pontes em África e noutros sítios, como os corações e outras tretas.

Mas construímos mais.

De pontes, sabemos e não temos medo. Por um lado há por cá muitas pontes romanas (com milhares de anos, para ser preciso "é só...fazer as contas".

Depois foi uma ponte a norte, no meio dos rios, que causou dezenas de mortos e levou à demissão de um Ministro que hoje brilha incólume, política e socialmente e exige comportamentos exemplares de todos os outros sem alguma vez afirmar que o que tanto o indignou continua sem resposta. Ou seja,que se foda a ética que as "areias" hão de acalmar, o povo é sereno, a memória é curta e "quem se meter com o PS leva!". O espaço não poderia ter melhor designação : a quadratura do círculo.Desculpe ??

Mas perigosos, perigosos são os aeroportos. Que fazem caír as pontes. Ou ao contrário, são as pontes que não deixam crescer os aeroportos.

Seja como for, nunca a Sul, jamé., jamé, jamé - segundo um tipo que o ministro conhece e que diz que é je ne sê cuá ou quelque merde comme çá e que lhe disse que a sul jamé. Ah e tal os outros estudos dizem que é caro como o caraças, não se justifica, é mais demorado. Nien. O meu estudo é melhor que o teu.

Mau, mau, é esta gente do Sul achar que Oscar Niemeyer, arquitecto, poeta e um dos génios da arquitectura e urbanismo vinha agora fazer aqui o genial e deslumbrante trabalho que fez em Brasília (capital do Brasil, para Ministro das Obras Públicas)

Obra de um tipo que, para além de ser "mesmo arquitecto" revolucionou a capital de um país com 600 milhões de habitantes e, ainda por cima, falava com qualquer comum mortal que lhe ligasse.

Percebo o Ministro. Não queremos cá disso.

A sul é que jamé.Jamé.Jamé. Até porque, após exaustivo brifieng e data colecting near de Large of Mouse Bureau , chegámos à conclusão que "O Sul é muinta perigoso ...o terrorismo ..." e não sei quê ...Sempre foi.A sul é que não". Existe um sério perigo de uma dinamitação na Ponte.

Fica o Norte cortado do Sul e as outras duas pontes não servem para nada.E o Norte cortado do Sul é uma espiga de todo o tamanho. Já viu?

Mais.O próprio Afonso Henriques foi vítima da moura e infiel "estratégia transversal"-ET.

Dá- se uma espadeirada no meio do país, e prontos. Já está!

Se bem se lembram, antes da Ponte Salazar, em 1967, o país estava um caos, em pânico. Tinhamos que ir dar uma gana volta.

Obra dos mesmos terroristas que nos querem pôr de gracioso rabo para o ar.

Por isso é que mandámos as pessoas para África. De férias. Em segurança e com uns jogos de aventura, praia, paint-ball e assim. Ali sim, havia gente, hospitais, cidades, hotéis...

Mais. O próprio Aeroporto de Lisboa foi construído junto a pastos de rebanhos, sem acessos e vivalma, longe de tudo e de todos, só para disfarçar. Para "fazer honra e glória à ilustre pátria de Salazar" e aos espiões e malta assim que inad hoje se reúne e levanta os braços para o céu.

O melhor momento que tivemos a seguir foi chamar Sá Carneiro a um aeroporto no Porto, em homenagem a um 1º Ministro que morreu num desastre de aviação.

Bom cartão de visita e excelente estímulo.

Tal como chamar Titanic a um cais de embarque para cruzeiros ou Dutroux a um Jardim de Infância.

É uma afirmação muito perigosa vinda de quem vem.Ai, essa coluna marota que nunca deixou de se "endireitar". Ai, os jornalistas que apanharam o único que falou depois do estatelanço no "deserto".

4 - Nem "O Príncipe", cartilha claramente premonitória do futuro deste governo, defende a defesa do indefesável.

5 - Todos valemos mais.Já chega!!!

Os Óscares para os piores filmes, para os que pior vestem, têm a graça que têm, são o que são.Revistas de sala de espera.

Responsáveis pelo Governo de um país em que se morre à fome, se nasce (ou morre) a caminho, em que a esperança está fatalizada, em que o medo e o desemprego "dinamitam" silenciosamente reformas duras e "incomparticipadas" não podem - com aquele sorriso insuportável- dedicar-se a fazer gracinhas.

É indecoroso. Como a do DR(?) Francisco Assis, deputado da nação no parlamento europeu e representante um debate da televisão estatal:

"O Ministro estava a fazer uma piada. Então não se podem fazer pidas sobre o Sul só se podem fazer piadas sobre o Norte ....?"

Quando a argumentação chega a este nível - tal como as muitas expressas neste espaço - fica tudo por fazer.

NOta: Faltam poucos dias para terramoto (não é metáfora política, é uma realidade geológica).Informem-se e espero que todos os que merecem, sejam felizes.

Arrivederci.
TAMBÉM PARA SI,
Zé do Barreiro.

quinta-feira, maio 17, 2007

A POSIÇÃO DA QUERCUS SOBRE A COMPONENTE RODOVIÁRIA NA TTT – Coerência precisa-se.


Meus Amigos,

Porque entendemos ser de muita relevância, para se compreender profundamente o que se passa com a questão da Terceira Travessia do Tejo incluir ou não a componente Rodoviária, achamos conveniente abordar TODOS os parâmetros, interesses, premissas, organizações que uma infra - estrutura com esta dimensão envolve.

Claro que, também, não poderíamos deixar de nos referir à Quercus, a única peça deste “Puzzle” que faltava abordar aqui no Blog, sobre esta matéria.

As posições que a QUERCUS defendeu, com “unhas e dentes”, quando o Governo PPD/PSD/Cavaco Silva/Ferreira do Amaral decidiram que a 2ª Travessia do Tejo seria no corredor nascente/Sacavém-Montijo, preterindo a solução Chelas – Barreiro, são, no mínimo, um dos mais completos tratados sobre a falta de coerência de que temos conhecimento.

Não esquecer, Caros Amigos, que estamos por alturas de 1998/1999, quando estas posições foram tornadas públicas por esta Organização Ambiental …

Cá vai.

A Quercus tomou posições públicas e participou num grupo de trabalho, que inclui organizações de ambientalistas de grande importância a nível nacional ( L.P.N., G.O.T.A. e Instituto D. Dinis ) que realizou várias acções de esclarecimento da opinião pública contra a proposta de construção da nova ponte no corredor nascente.

Apesar de todos os protestos, em relação ao local de construção da nova ponte, esta foi construída sobre o corredor nascente, estabelecendo a ligação entre Sacavém e o Montijo.

Esta opção não visa resolver os problemas de congestionamento da tráfego actual da ponte 25 de Abril, em virtude da distância que apresenta em relação aos centros urbanos mais densamente povoados, isto porque o tráfego deslocado da ponte actual para a nova ponte será de apenas oito a 19 por cento, notoriamente insuficiente para descongestionar ou constituir alternativa ( a ponte no Barreiro deslocaria 21 a 46 por cento do tráfego ).

E quanto à opinião pública? A esmagadora maioria ( cerca de 81 % ) prefere a ponte Chelas - Barreiro ( tráfego de Almada, Seixal, Barreiro, Moita, Sesimbra ) contra os 3% de utentes que optam pela ponte Sacavém - Montijo. Os restantes 16%, oriundos essencialmente de Setúbal, Palmela, Alentejo e Algarve, não têm qualquer preferência.

As autarquias do Montijo e Alcochete não estarão , ao defender o corredor nascente, a contradizer-se com posições anteriormente assumidas em defesa da Reserva Natural do estuário do Tejo, por ocasião da, então, polémica do Campo de Tiro de Alcochete?

A escolha Sacavém - Montijo e não Chelas - Barreiro deve-se ao facto, segundo a opinião do Ministro Ferreira do Amaral, ( NOTA: o Ministro do Ambiente deste Governo, Valente de Oliveira, apresenta a sua demissão … ), de que a construção de uma ponte Chelas - Barreiro ser «inviável devido a condicionantes técnico-económicas».

Mas será que o dinheiro é mais importante que o equilíbrio ecológico do Estuário do Tejo?

Está claro que não existe nenhuma vantagem em termos ambientais na opção nascente.

Portanto, quanto à escolha do local da Nova Travessia Rodoviária sobre o Tejo em Lisboa consideramos uma opção errada e condenamos a acção do governo durante o processo pelos seguintes motivos:

A postura do Estado Português na Comissão Europeia (CE) quanto à nova ponte sobre o Tejo tem sido ocultar e não cumprir nas questões ambientais.

Até Outubro de 98 ainda se aguardava resposta do CEMA à solicitação de informação por parte da CAO.

A construção da nova ponte sobre o Tejo vai provocar bastantes problemas a nível ambiental em toda sua área circundante, uma vez que a sua construção recai em pleno complexo de salinas do Samouco, considerada Zona de Protecção Especial.

A alternativa apresentada pela Quercus ( Chelas- Barreiro ) constituía uma ameaça comparativamente inferior do que a localização definitiva da Ponte Vasco da Gama representa para a Reserva.

ESTAS POSIÇÕES, REPETIMOS, FORAM DIVULGADAS PUBLICAMENTE EM O.C.S. E EM VÁRIOS ESTUDOS ELABORADOS POR ALTURA DOS ANOS 1998/1999 …

Em 10 de Abril de 2007, dez dias depois de ter terminado o prazo oficial, para a divulgação da decisão, por parte do Governo, se a TTT comportaria, também, a componente Rodoviária – estranhíssimo e muito curioso, não acham ? - a Quercus vem a terreiro defender a opção exclusivamente ferroviária, apresentando as 5 razões da sua opção.

As Conclusões – e apenas as conclusões - são as seguintes:

A Quercus aproveita para considerar que a travessia rodoviária Algés – Trafaria, por motivos que nos levam também a recusar a componente rodoviária em relação à ponte Chelas-Barreiro e por outros específicos daquela área junto à foz do Tejo, deverá continuar a ser inviabilizada.

Neste quadro, as opções em termos de localização, custos e decisão deverão ser as seguintes:

1. Travessia exclusivamente dedicada a tráfego ferroviário de alta velocidade e convencional;

2- Travessia exclusivamente dedicada a tráfego ferroviário de alta velocidade e convencional, com reforço de alguns aspectos estruturais, que não ao nível do tabuleiro, permitindo a eventual utilização rodoviária A LONGO PRAZO (mínimo de 20 anos), se necessário.

Para terminar, não deixa de ser interessante divulgar as declarações do Ministro das Obras Públicas – Engº Carmona Rodrigues – do Governo PPD/PSD/CDS-PP, PROFERIDAS EM 08 DE NOVEMBRO DE 2003 …

«Terceira Travessia sobre o Tejo a partir de 2006

O Governo está a preparar a construção de uma terceira travessia sobre o Rio Tejo, no âmbito dos traçados aprovados no acordo para o comboio de alta velocidade (TGV). O local para a edificação da ponte está ainda em estudo, mas o ministro das Obras Públicas, Carmona Rodrigues, indica, para já, que esta será uma realidade dentro de cerca de dois anos.

Em entrevista à edição de hoje do PÚBLICO, Carmona Rodrigues avançou que existem duas possibilidades para a entrada do TGV em Lisboa: "uma é sair de Lisboa para o norte e fazer uma travessia do Tejo mais barata em Vila Franca ou Alverca e descer depois para Évora; a outra é uma nova ponte Chelas-Barreiro que no início será apenas ferroviária, mas que daqui a a 30 anos possa ser também rodoviária". »

Coincidências? Falta de coerência? Memória curta? Irresponsabilidade? Leviandade ? Tentar lançar a confusão para a decisão final do Governo PS ?

Deixo ao vosso critério.

Zé do Barreiro.

quarta-feira, maio 09, 2007

A URBANIZAÇÃO DO CAMPO DAS CORDOARIAS E OUTRAS URBANIZAÇÕES AFINS … Vamos pôr os Barreirenses a pensar ? - PARTE IV


Meus Amigos, vamos, então, continuar nesta saga de informar os Barreirenses, pô-los a pensar e depois ouvir e ler, nos comentários, as suas opiniões e entendimentos sobre este grande empreendimento actualmente em pleno desenvolvimento no Barreiro.

Hoje iremos debruçar-nos sobre um Estudo da Divisão de Planeamento da Câmara com data de 31 de Julho de 2003 e que serviu de suporte para uma Proposta de Alteração/Revisão do Plano de Pormenor apresentada, discutida e aprovada, pelo Executivo PS, numa Sessão de Câmara realizada em 06 de Agosto de 2003.

Duas pequenas Notas Prévias : 1ª Aqui se inicia a “romaria” de Revisões, de Alterações e de Anulações ao Plano de Pormenor da Urbanização do Campo das Cordoarias, aprovado - como divulgámos em Post anterior - em Agosto de 1993, como poderão verificar e constatar neste e nos artigos seguintes. Só visto !!!

2ª A partir deste artigo, os meus Amigos já terão termos de comparação bem definidos, os quais recomendamos que analisem, que retenham e que comparem com as informações já divulgadas no Blog.

Os principais índices, parâmetros e alterações, em relação às decisões anteriores, constantes no Estudo:

1. Área de Intervenção - 6,64 ha

2. Nº máximo de Fogos – 558 ( 84 fogos/ha )

3. Nº de fogos propostos - 550

4. Área de habitação – 45.592,62 m2 ( 30.110,98 m2 em 04 de Agosto de 1993…)

5. Área para comércio e serviços - 26.293,09 m2 ( 8.237,97 m2 em 04 de Agosto de 1993…)

Área para construção - 71.885,71 m2 ( 38.348,95 m2 em 04 de Agosto de 1993…)

7. Lugares para estacionamento – 1315 ( 2L/fogo + 1L/ 30m2 para o Comércio )

8. Área para equipamentos – 30 m2/ fogo ( 3.775 m2 em 04 de Agosto de 1993…)

9. É abandonado o Estacionamento em silo de 300 lugares, referido no PDM de 1993.

10. Passa a ser subterrâneo em duas caves.

11. O Mercado 1º de Maio e o Mercado do Peixe surgem inseridos num NÚCLEO COMERCIAL de dois pisos, com uma Área de 26.293,09 m2, que se desenvolve ao longo de um arruamento situado por cima de uma Cave de Estacionamento de dois pisos.

12. Na Sessão de Câmara de 06 de Agosto de 2003, o vereador Rui Ferrugem sugeriu que se alterasse a designação de Proposta do Plano de Pormenor para Proposta de ESTUDO URBANÍSTICO, o que mereceu a concordância dos restantes vereadores e … do Presidente Emídio Xavier. Ou seja, a partir dessa Reunião do Executivo a Proposta em discussão passou de Revisão do Plano de Pormenor para ser um ESTUDO URBANÍSTICO.

Deixo para as pessoas entendidas e especialistas no assunto, o que isto significa, abstendo-nos, nós, de emitirmos, agora, qualquer tipo de opinião.

13. A área considerada para o Novo Mercado Municipal terá, no mínimo, 2700 m2 e é equivalente às áreas do Mercado 1º de Maio e do Mercado do Peixe com o acréscimo de 30 %, tal como havia sido solicitado pelo anterior Executivo da Câmara ( da CDU )

14. [ Ainda não se fala, em nenhum documento disponível até esta data, no Centro Comercial/Forum do Barreiro ]

15. A bomba de combustível mantém-se na localização definida no Projecto de Loteamento apresentado pela Empresa Espaço 3030 em 05 de Setembro de 2001.

16. A área destinada a habitação desenvolve-se em edifícios com uma volumetria que varia entre os 6 e os 8 pisos, nos quais o piso térreo é destinado a Comércio/Serviços, envolvendo uma Praça pedonal.

A Proposta de ESTUDO URBANÍSTICO ( atenção que esta designação é importantíssima para aquilo que pretendemos analisar e desenvolver nos Posts seguintes ) foi aprovada com Três votos a Favor, do PS; Duas Abstenções – Rui Ferrugem e Joaquim Matias da CDU e com a Abstenção do vereador Mendes Costa do PSD.

Meus Amigos, como costumamos dizer, hoje ficamos por aqui para não vos “encharcar” com a divulgação de demasiada informação que poderia ser manifestamente aborrecida. Iremos devagarinho, muito devagarinho, com a publicação dos artigos sobre um assunto que entendemos ser importantíssimo para o conhecimento da comunidade Barreirense.

No próximo Post continuaremos no ano de 2003 ( um ano extremamente fértil, em tratar desta matéria, por parte da Câmara ... ) no qual abordaremos a REVISÃO DO ESTUDO URBANÍSTICO, aprovado em 06 de Agosto de 2003 … Isso mesmo, não nos enganámos …

Talvez, até Sábado.

Zé do Barreiro.

sexta-feira, maio 04, 2007

O RELATÓRIO E CONTAS DE 2006 DA C.M.B. - Acreditam que a CDU está a fazer “milagres” ? Não ? Então leiam este Post.







Gostariamos de oferecer e de dedicar este Post, com toda a solidariedade e amizade, ao Secretariado da CPC do PS/Barreiro.

E perguntar-lhes, ao mesmo tempo, se arranjam alguma explicação plausível para o que aqui iremos tratar.

Como é que é possível a CDU, no mandato de 2006, apresentar um relatório e Contas que deu um Resultado Líquido – Lucros - de 372.698,43 Euros ( 74.719 contos ), coisa que o anterior executivo ( do PS ) nunca conseguiu em quatro anos de mandato, não obstante o actual executivo ter herdado os resultados económico-financeiros negativíssimos que se conhecem ? Por exemplo, os Resultados Líquidos de 2005 tiveram um valor negativo de – 540.335,96 euros.

Milagre ? Demagogia ? “Martelamento dos Números” ?

Caros Amigos, nestas coisas de Números - Ciências Exactas - não existem milagres. Ou são ou não são.

Demagogia, bom, um Relatório e Contas e um Plano e Orçamento – GOPs - sem alguma demagogia será, já dizia o saudoso Jorge Perestrelo, como comer uma Moamba sem Gindungo ( piri-piri ).

Quanto à “Martelamento dos números”, não há, nestas coisas, ninguém que seja Santo, né verdade ? Mas este conceito é para todos os autarcas de todos os partidos, convém reforçar.

Todos se medem pela mesma bitola … A questão é saber o comprimento da bitola de cada um …

Olhem, entendemos ter existido grossa demagogia quando foi apresentado o Orçamento para 2006, em que o valor planeado para as DESPESAS foi de 48.918.020 Euros, sendo o valor realmente aplicado nas DESPESAS do Relatório e Contas de 2006, 36.388.509,63 Euros.

Caros responsáveis da CDU do Barreiro, tenham um maior cuidado a elaborar os próximos Orçamentos da Câmara, sob pena, se o não fizerem, serem considerados os maiores utilizadores e especialistas em demagogia. É que a diferença dos nºs de 2006 é manifestamente elucidativa, não dando lugar a qualquer tipo de dúvidas …

Bom, mas vamos ao resto que nos interessa realmente tratar neste artigo. Que é fazer uma análise, embora rápida, do Relatório e Contas de 2006.

Alguns Pontos Fracos/Desfavoráveis

1. As Despesas Orçamentais de 2006 - 36.388.509,63 Euros - aumentaram
2.035.882,74 Euros, relativamente a 2005.

2. O Saldo das Disponibilidades de Caixa - 3.152.698,00 Euros - foi inferior em 2.348.868,53 Euros, relativamente a 2005.

3. As dívidas a Fornecedores c/c – 4.301.015,28 euros – aumentaram 741.364,21 Euros, relativamente a 2005.

Alguns Pontos Fortes/Favoráveis

1. As Receitas Orçamentais de 2006 - 33.840.035,45 Euros - aumentaram 615.082,06 Euros, relativamente a 2005.

2. Os Resultados Líquidos de 2006 tiveram pela primeira vez, na história do Município, desde que se aplica o POCAL ( Plano Oficial de Contabilidade das Autarquias Locais ), um saldo positivo de 372.698,43 Euros.

3. Uma forte redução do valor dos cabimentos em – 3.452.885 Euros, relativamente a 2005.

4. Pagamento das Empreitadas concluídas e com facturas passadas por liquidar, no montante de 4.708.623,51 Euros, sendo de um valor superior a 1.000.000 de Euros o pagamento da Empreitada do POLIS.

5. Pagamento de compromissos assumidos – e em atraso – pelo anterior Executivo, através de Protocolos estabelecidos com as várias Entidades: de 219.648 Euros à EDP; de 306.548 Euros à Simarsul e de 268.000 Euros à ADSE, este pagamento havia sido interrompido há mais de um ano …

6. O endividamento Global da Autarquia, que em 31/12/2006 era de 31.435.220,48 Euros, foi reduzido em 3.024.758,47 Euros, em relação a 2005.

7. As dívidas a Fornecedores Diversos – 5.453.176,61 Euros – tiveram uma redução de 1.064.983 Euros relativamente ao ano anterior.

8. A divida à Banca ( Empréstimos de Médio/Longo prazo ) – 23.577.202,12 Euros - teve uma amortização, em 2006, de 1.937.016 Euros e um pagamento de Juros de 711.037 Euros.

9. As dividas a Terceiros de Médio e Longo Prazo, ainda no montante total de 23.689.792,81 Euros por liquidar, reduziram-se em 1.935.405,32 Euros relativamente a 2005.

10. A divida a Terceiros de Curto Prazo, que em 31/12/2006 era de 8.951.972,31 Euros, foi reduzida em 877.330,04 Euros em relação ao ano anterior.

11. O PASSIVO da Autarquia teve uma redução de 1.750.195 Euros. Em 2005 era de 42.860.638,52 Euros, passou a 41.110.443,29 Euros em 31/12/2006.

De salientar que em 31/12/2004 o PASSIVO era de 38.472.760,19 Euros, ou seja teve um aumento de 4.387.878,33 Euros só no ano de 2005.

Terminamos como começámos, deixando a questão sacramental: como conseguiu o Executivo da CDU apresentar estes resultados no ano de 2006? Teria sido milagre?
Demagogia ? Ou teria sido aplicada a velha técnica da “martelada nos números” ?

E porque não COMPETÊNCIA e VISÃO ESTRATÉGICA ?

A Palavra é dada, agora, aos Barreirenses.

E … cá estaremos para analisar o Relatório e Contas de 2007.

Zé do Barreiro.


PS: A URBANIZAÇÃO DO CAMPO DAS CORDOARIAS E OUTRAS URBANIZAÇÕES AFINS … Vamos pôr os Barreirenses a pensar ? - PARTE IV, irá seguir dentro de momentos. É que não há bela sem senão …



 

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