A TENTAÇÃO DOENTIA DE SE DEFENDER O INDEFENSÁVEL - Parte II
Meus Amigos
Antes de postarmos a continuação do artigo iniciado no último Post, decidimos, intencionalmente, apresentar, como exemplo, um caso concreto de má gestão das finanças públicas no concelho do Barreiro.
A chamada derrapagem orçamental de verbas inicialmente previstas para a execução de qualquer empreitada.
Será, agora, sobre este assunto que se solicitam os vossos competentes comentários moderados e com a elevação que o assunto requer.
Como se sabe, foi noticiada uma derrapagem orçamental nas obras do Metropolitano de Lisboa em que a administração dessa Empresa já disse concordar, em termos gerais, com a auditoria do Tribunal de Contas que aponta irregularidades na gestão das obras da Linha Amarela, entre o percurso Campo Grande e Odivelas.
Em reposta ao documento, que revelou um desvio de 61 por cento no custo da obra, a administração do Metro de Lisboa remete, no entanto, responsabilidades para as anteriores administrações.
O relatório do Tribunal de Contas aponta para derrapagem orçamental, défice crónico e suborçamentação. A auditoria detectou, ainda, falta de controlo e responsabilização pela obra e a realização de trabalhos a mais.
Quem nos acode …
Bom, então cá vai o caso concreto do Barreiro:
Que fique muito claro: não se põe em causa a importância, a utilidade e o interesse da construção da Av. do Parque da Cidade e respectiva Ciclovia.
O meu alerta - mais um - vai, desta vez, para os custos finais gastos naquela Avenida.
A acreditar nos O.C.S. - não tenho acesso a nenhuma fonte oficial da Câmara - em 24 de Novembro de 2004 a obra estava orçamentada em cerca de 629.000 Euros.
Em 08 de Agosto, aquando da sua inauguração, é noticiado que o seu valor final foi da ordem dos 890.000 Euros.
Mais 261.000 Euros, qualquer coisa como 52 mil e trezentos contos.
Penso que não será difícil de entender que se trata de uma derrapagem considerável, atendendo à obra que foi construída. Isto é, não foi propriamente a construção da Av. do Bocage ( embora também esta necessite de obras ).
Quais teriam sido as razões que levaram à derrapagem ? Falta de fiscalização por parte da Câmara ? Deficiente planeamento / orçamentação do projecto ? Falta de competência de alguém ? Ou todas estas razões conjugadas ?
É que 52.325 contos a mais é muito dinheiro a sair dos bolsos dos contribuintes... Se os elementos do executivo da Câmara, responsáveis por estes projectos, governassem deste modo as suas casas há muito que estariam falidos.
E a Câmara do Barreiro, a ser gerida deste modo, não nos admira nada que já não esteja falida.
Quem quiser e souber que responda. E … meus Senhores, quem nos acode …
Um Cidadão, um Contribuinte, um Barreirense que é, obviamente, o
Zé do Barreiro.