A Paragem do 18 no Cabeço Verde

Este Blog é muito abrangente e heterogéneo...Destina-se aos políticos,aos cidadãos normais,aos sócios do Benfica,aos apreciadores de jaquinzinhos fritos,aos funcionários públicos,aos adeptos do Sporting,aos que pagam impostos e aos que nem sabem o que isso é,aos ouvintes da Rádio Renascença,aos descontentes com a administração do condomínio,aos internautas que acham que Linux é a Liga Internacionalista para a União dos Xiitas,aos que gastam o tempo de trabalho a ler estas coisas,aos médicos ...

quinta-feira, novembro 29, 2007

O ESTUDO DA C.I.P SOBRE A LOCALIZAÇÃO DO N.A.L. EM ALCOCHETE – E as servidões militares do Campo de Tiro de Alcochete e da Base Aérea n.º 6 (Montijo)





Meus Amigos,

Um dos problemas que se teriam de resolver, se o NAL fosse localizado em Alcochete, seriam as servidões militares. As suas novas localizações. Obrigatoriamente.

Referimo-nos ao Campo de Tiro de Alcochete e à Base Aérea do Montijo e aos custos – também – que essas mudanças implicariam.

Vejamos.

Relativamente às estruturas militares e quanto à utilização do espaço aéreo, se fosse considerada a hipótese H6 do estudo da CIP, haveriam impactes no CTA, em Vendas Novas e na Base Aérea n.º 6 (Montijo).

A proposta de travessia da CIP inviabilizaria, sem qualquer tipo de duvidas, a Base Aérea do Montijo, cuja reconversão não é contabilizada no estudo. O valor médio estimado para uma eventual relocalização da Base rondará os 300 milhões de euros.

Quanto ao CTA, existem, já várias opiniões e declarações de vários responsáveis militares da força Aérea.

Pela sua dimensão e importância iremos debruçarmo-nos com algum detalhe sobre esta estrutura militar.

O Chefe do Estado-Maior da Força Aérea, General Luís Araújo, afirmou já que a construção do NAL naquele local tem de salvaguardar um local alternativo para treino de tiro ar-chão.

Se o novo aeroporto for para Alcochete, «nós vamos apresentar a factura» e exigir um local alternativo de treino de tiro ar-chão junto do poder político, prometeu o general, recordando que isso é um requisito essencial para os pilotos portugueses.

Quanto ao eventual local alternativo para o CTA, certa Imprensa já veio a terreiro afirmar que essa infra-estrutura da Força Aérea de Alcochete seria deslocada para o Alentejo.

Escrevem esses “jornalistas da treta” que estaria já encontrada a alternativa ao Campo de Tiro de Alcochete, no caso da zona ser escolhida para o novo aeroporto de Lisboa. Os terrenos para acolher o campo de treino da Força Aérea ficariam numa região quase abandonada entre Serpa e Mértola.

Vão mais longe, estes “muito bem informados “ profissionais da Comunicação Social, ao afirmarem que a localização encontrada pela Força Aérea, pasmem, já está “em avançada fase de estudo” ( !!! ) e fica entre Serpa e Mértola, a norte do Pulo do Lobo e a sul de Vila Verde de Ficalho.

Pormenorizam que é uma significativa faixa de terreno, com perto do triplo da área ocupada pelo actual Campo de Tiro de Alcochete e que, neste momento, é a única alternativa em estudo e apresenta várias vantagens relativamente a Alcochete, em particular no que respeita à área disponível.

Especificam, finalmente, que nesta altura falta contabilizar os custos da transferência do Campo de Tiro de Alcochete para a margem esquerda do Guadiana, localizado imediatamente a norte do Parque Natural do Vale do Guadiana.

Pois é, meus Amigos, aqui - na contabilização dos custos - é que a “ porca irá torcer o rabo” … Para não falar nos aspectos ambientais …

Mas, a verdade é que, como referimos acima, todas estas “notícias” foram publicadas por certa Imprensa e redigidas por “ jornalistas da treta”, uma vez que a Força Aérea Portuguesa, imediatamente, veio desmentir as notícias e esclarecer que, de facto, estão a proceder a estudos, ainda em fase preliminar, com vista à selecção e posterior recomendação ao Ministério da Defesa Nacional, de um campo de tiro em Território Nacional, isto na eventualidade do actual CTA poder ser utilizado no âmbito do Novo Aeroporto de Lisboa.

Referem, ainda, no seu comunicado oficial, que a única fonte oficial da Força Aérea é o Gabinete do Chefe do Estado-Maior da Força Aérea e que não corresponde à verdade ter a Força Aérea divulgado ou confirmado publicamente quaisquer localizações específicas para este efeito.

Posto isto e perante toda esta realidade, será que a F.A.P. consegue encontrar, em Portugal, um local mais apropriado e com as condições que tem o Campo de Tiro de Alcochete ?

Afirmamos com toda a convicção que não.

Mais um parâmetro para o LNEC ter em consideração nas conclusões que apresentará ao Governo.

Zé do Barreiro.

PS: Claro que a Força Aérea Portuguesa está, compreensivelmente, a fazer o seu papel, em “procurar” terreno alternativo para o seu campo de tiro ar-chão … á cautela !

quinta-feira, novembro 22, 2007

O ESTUDO DA C.I.P SOBRE A LOCALIZAÇÃO DO N.A.L. EM ALCOCHETE – “shuttles” e novos ramais que terão de se construir … Parte II





Meus Amigos,

Recomendo-vos que, à medida que vão lendo este Post, atentem na figura que apresentamos.

Acreditamos que qq pessoa, ainda que menos atenta a este assunto, mas honesta intelectualmente, já se apercebeu que uma eventual ligação do TGV a outra localização, nomeadamente, a Alcochete, implicaria profundas alterações ao projecto, tendo de ser ponderada uma ligação entre Lisboa e a infra-estrutura aeroportuária ( NAL em Alcochete ), através de um shuttle que atravessasse a TTT.

Claro que em engenharia quase tudo, hoje em dia, se pode fazer. Mas, como já se aperceberam, um dos factores que aqui pretendemos realçar, são os elevados custos adicionais ( relativamente ao projecto inicial ) que irão/iriam sobrecarregar claramente todo o projecto.

Portanto, teria de se considerar, obrigatoriamente, uma zona de circulação e estacionamento para o 'shuttle' de ligação ( comboio “vai-vem”) entre a estação do TGV em Lisboa e o NAL ( hipoteticamente em Alcochete ) .

É verdade ( e nós não somos sectários – parvos – fanáticos ) que, se o NAL for na OTA, também terá de existir um “shuttle. É verdade sim senhor.

Mas reparem, se o aeroporto for na OTA, o 'shuttle' vem pela linha do Norte e segue para a OTA, que fica praticamente “em caminho”, se for em Alcochete, atravessa a ponte – TTT - e segue para esse destino, por meio de uma nova linha que se teria de construir.

Estão a ver as distancias, não estão … ( ver figura )

Terá de ser feito um estudo rigoroso das acessibilidades ao novo local. Uma hipótese de trabalho é a construção de um linha nova em rede convencional entre o Barreiro e Alcochete que serviria para um shuttle directo para o aeroporto.

Como o objectivo da Alta Velocidade é ligar cidades e não aeroportos, caso o novo Aeroporto Internacional de Lisboa se localize em Alcochete e não na Ota, não será construída uma estação ferroviária nesta última localidade.

Sabendo-se já que a eventual construção da infra-estrutura para a margem Sul do Tejo ( Alcochete ) não implicará desvios no traçado do TGV, levará inquestionavelmente à construção de um ramal de acesso/ nova linha.

Ora, se o traçado do TGV é aquele que está projectado ( a azul, na figura ) e se, por eventual e remota hipótese, o Aeroporto fosse construído em Alcochete, os meus Amigos reparem nas novas linhas que se teriam de construir da Plataforma Logística do Poceirão – a maior do País - para o NAL …

Claro que o “insuspeito” Laboratório Nacional de Engenharia Civil já “filou” este parâmetro … Será um dos sete ?

VEREMOS.

LÁ P´RO DIA 12/17 DE DEZEMBRO !

Zé do Barreiro.

domingo, novembro 18, 2007

O ESTUDO DA C.I.P SOBRE A LOCALIZAÇÃO DO N.A.L. EM ALCOCHETE – Algumas desvantagens inquestionáveis. Parte I





Meus Amigos,

Não iremos repetir os zig-zags, os desmentidos, o diz-que-disse, as contradições, os desabafos, a alteração de posições iniciais, a que nas ultimas semanas os Cidadãos deste País, especificamente aqueles que habitam na Península de Setúbal, têm estado sujeitos pelos altos Especialistas, Industriais e Empresários que decidiram, AGORA, elaborar um novo estudo para uma nova localização do Aeroporto de Lisboa na zona do Campo de Tiro de Alcochete. Não. Não queremos sujeitar os nossos Leitores a mais atentados à sua inteligência.

No entanto, recordamo-nos da “promessa” do Presidente da C.I.P. - Francisco van Zeller – o qual garantiu que a equipa liderada por José Manuel Viegas estava empenhadíssima em responder «ponto por ponto» às acusações da RAVE, e que deveria apresentar em breve essas respostas.

Como até ao momento não vislumbrámos rigorosamente nada, relativamente às “ respostas ponto-por-ponto “ do Sr. Professor José Manuel Viegas às acusações da RAVE, decidimos, aqui neste Blog, tomarmos a ousadia e o atrevimento de nos substituirmos a tão ilustre personalidade.

O que, convenhamos, é para nós uma grande honra …

Assim, até ao dia 12 de Dezembro, mais dia, menos dia, altura em que serão divulgadas ( pelos menos entregues ao Governo ) as conclusões do Laboratório Nacional de Engenharia Civil sobre a comparação OTA/Alcochete, iremos publicar cinco pequenos textos onde serão apresentadas as claras e inequívocas desvantagens se o N.A.L. for construído em Alcochete.

Cá vai o primeiro.

Caros Amigos, já perguntaram a vós próprios, com toda a honestidade intelectual, quais serão os “outros” custos que serão devidos, obrigatoriamente, às várias alterações ao projecto inicial ( NAL na OTA ), que constam no Estudo da CIP ?

Esses custos estarão contabilizados ?

Atentem, mais uma vez, para mais um pequeno exercício que vos proponho.

# Apresentam um estudo que, para além do NAL em Alcochete, localizam um túnel do Beato para o Montijo.

# Um túnel de Algés para a Trafaria.

# Reordenam e relocalizam, de uma penada, toda a linha de TGV, cuja passagem passaria a ser efectuada pela margem esquerda do Tejo, precisamente através da nova travessia ferroviária ( o túnel Beato - Montijo ) e a construção de uma estação em Santarém.

É obra. É sim senhor. E uma grande obra … Mas, quanto vai custar em comparação com o projecto inicial ?

# E no ordenamento do território, o estudo está feito. Não está.

# E estudos sobre o ambiente ? Não existem.

# E o estudo das acessibilidades, concretamente do TRÁFEGO AÉREO, foi apresentado ? Não conheço.

E isto também custa uma pipa de massa, ou não custa ?

Vi e ouvi – como certamente muitos de vós - o Professor Carlos Borrego na RTP 2.

Disse que não apresentaram estudos sobre a fluência de tráfego, nem sobre os aspectos ambientais/ecológicos.

Então é realizado estudo desta dimensão e importância e não apresentam os aspectos ambientais – que para a zona em questão são imprescindíveis - e que deveriam ser esmiuçados “até ao tutano” e nada apresentam, também, sobre a mobilidade e tráfego, quer ferroviário, quer rodoviário, quer aéreo, para toda a zona envolvente do estudo que eles próprios apresentam …

Bom, por hoje ficaremos por aqui.

Ah, ia-me esquecendo, os espanhóis já estão em fase muito adiantada da construção do seu TGV. Soube há poucos dias que JÁ está a chegar a Badajoz …

Resto de um bom Domingo e uma excelente semana,

Zé do Barreiro.

sexta-feira, novembro 09, 2007

UMA OPORTUNA E SÉRIA REFLEXÃO SOBRE O ESTUDO DA C.I.P. e … umas “alfinetadazitas” muito bem espetadas num certo “ Opinion - Maker" da nossa praça



Meus Amigos,

Nas últimas duas semanas o Barreiro tem estado, digamos, no centro das atenções, sendo “protagonista” de acontecimentos importantes que se estão a desenvolver no domínio da A.M.L., mais concretamente a sul do Tejo.

Casos do N.A.L., do TGV e da Ponte Chelas –Barreiro.

Aos Leitores – muito atentos - do nosso Blog tais acontecimentos não têm passado despercebidos.

É só – e pasme-se – os meus Amigos se darem ao trabalho de consultarem os comentários dos nossos últimos 4 – QUATRO – Posts !!!

Como facilmente se aperceberão, devido à excelente qualidade e à consequente extensão de alguns textos, os Posts poderão ficar “intragáveis” e fastidiosos para quem os lê e pretende fazer uma análise, mesmo superficial que seja, de assuntos de importância inquestionável para o Barreiro.

Nesta linha de raciocínio, recebemos um comentário ( de qualidade inegável e extensão a condizer ) de um Leitor perspicaz e muito atento a “fenómenos” que se estão a passar – ou que se poderão vir a passar – na nossa terra, relativamente a possíveis decisões e a cenários mais ou menos rocambolescos que poderão acontecer eventualmente no NAL, TTT, TGV e afins.

No nosso entendimento, este texto poderia “perder-se” na “floresta” de comentários já publicados nos nossos Posts anteriores. E o assunto que aborda é demasiado importante para que todos o analisemos e estudemos convenientemente com muita atenção.

São as razões porque o publicamos na integra e o “promovemos” a Post.

Cá vai:

«“ Caro Zé

Então, cá estou eu para comentar os ditos do Sr. Gonçalo Rego no Jornal Margem Sul do passado dia 2. Vai ser longo, mas tem que ser.

Ressalvo, desde já, que não sou um defensor do NAL na Ota. Para mim ele deverá ser feito no local onde, ponderadamente, reúna as melhores condições tendo em conta as seguintes premissas:

- Vantagem económico-financeira;
- Aspectos ambientais;
- Aspectos de planeamento e desenvolvimento do território, especialmente da AML, na suas várias vertentes;
- Articulação com a rede transeuropeia de alta velocidade

Porém, tenho para mim, que a proposta da CIP, por muito "pia" e "santa" que possa parecer, não tem como epicentro das preocupações aquelas que diariamente são enfatizadas pelos seus mentores, ou seja, o muito menor custo da construção do NAL em Alcochete.

Diria mais: o NAL em Alcochete não é, a meu ver, o real motivo de toda esta movimentação e altruísmo da CIP. É, tão só, um argumento. De peso, reconheço! Mas argumento.

Senão vejamos:

A CIP começou por questionar a localização do NAL. Fez um primeiro estudo que continuava a restringir-se a esta questão.

Agora apresenta um estudo que, para além do NAL fala em túneis do Beato para o Montijo e ponte/túnel Algés para a Trafaria. Reordena e relocaliza ainda, de uma penada, a linha de TGV.

Não vou aqui debater as questões que uma coisa destas implicaria em termos de ordenamento do território, ambiente etc., muito especialmente em toda a região de Lisboa e Vale do Tejo. São tantas, tão complexas e tão gravosas que isso daria pano para manga. Acredite! Por alguma razão, tanto quanto pude informar-me, elas são totalmente ignoradas ou superficialmente abordadas pelo estudo da CIP.

Ficar-me-ei pelo seguinte:

1 - O túnel Beato/Montijo iria desembocar na margem Sul na actual Base Aérea que, com o NAL em Alcochete terá que ser desactivada.

2 - O túnel/ponte Algés/Trafaria chega ali, mesmo em cima, da Costa da Caparica e, logo, toda a costa até ao Cabo Espichel.

3 - Existe uma zona, ali mesmo ao lado do local sugerido para o NAL em Alcochete, chamada Infantado com o projecto Portucale, sobejamente conhecido, para além da também conhecida urbanização de Stº. Estêvão. Curiosamente, ou talvez não, a zona onde a CIP prevê o entroncamento das várias linhas de AV. Há ainda toda a zona de Rio Frio, Poceirão, Águas de Moura e, claro, a Tróia.

Já se adivinha o que vou dizer de seguida. Perante tudo isto, será difícil ter as maiores dúvidas sobre as reais intenções da CIP ?

Vejamos alguns factos. A margem Sul, nas suas zonas ainda não urbanizadas é, pela sua natureza topográfica e pela abundância de espaço disponível, a zona de expansão de Lisboa mais desejada. Para isso basta construir qualquer acessibilidade que seja e é ver os prédios a crescerem como cogumelos. Foi assim com a ponte Salazar (hoje 25 de Abril) - vejam-se os concelhos de Almada, Seixal e até Sesimbra. Voltou a ser assim com a ponte Vasco da Gama (Montijo, Alcochete e até Palmela). Porque acha que, então a ponte não foi feita para o Barreiro? Pois é! Já não havia espaço para o betão. Pelo menos o espaço que eles queriam!

Com estas duas acessibilidades e a relocalização das redes ferroviárias tal como a CIP as apresenta, abre-se um enorme espaço para aquilo que eles (os associados da CIP) mais desejam. São as centenas de hectares da Base Aérea do Montijo, ali bem junto ao Rio com uma esplêndida vista sobre a margem Norte; é toda uma costa da Caparica ao Cabo Espichel para grandes projectos turísticos e imobiliários; é todo o interland de Alcochete a Setúbal e do Montijo até Mora e ainda a Tróia.

Haverá melhor el dorado, melhor árvore das patacas? O que significa o território da Quimiparque comparado com tudo isto?

Dir-me-á que na Quimiparque também existem oportunidades. É verdade. Mas para além da questão da dimensão há um outro pormenor nada desprezável: Na Quimiparque poderão ser investidores, no que preconizam são os promotores. Faz toda a diferença! Não acha?

E entretanto o Barreiro fica ali, mais uma vez encravado, só porque não é atractivo, só porque é um concelho "cheio", "construtivamente" falando. É a "guetização" completa. É uma aberração em termos de ordenamento e desenvolvimento do território. Foi a razão pela qual o ministro da respectiva pasta, do PSD, se demitiu quando o Eng. Ferreira do Amaral decidiu a construção da Ponte Vasco da Gama. Ainda se recorda como era toda a região do Montijo e Alcochete. Passe por lá agora. Nove anos depois é um amontoado de prédios e mais prédios, rotundas e mais rotundas. Onde estão as infra-estruturas de serviço público (escolas, creches/infantários, lares, redes de transporte, etc.)? Em contrapartida os hipers e sucedâneos proliferam. Não é verdade?

Pois bem, é isto que de facto eles querem. E sabem que só com o NAL conseguem. Por isso digo que o NAL é um argumento e não o motivo, é o meio e não o fim. Vá-se convencendo disso!

Posto isto, um pequeno comentário à afirmação de Gonçalo Rego: "QUANTO À HIPÓTESE DE O BARREIRO "PERDER" A SUA PONTE É UMA NOTÍCIA BOA DE MAIS PARA EMBANDEIRAR EM ARCO. COM UM BOCADO DE SORTE AINDA DEIXARÃO EM PAZ ESTA PACATA CIDADE".

Começarei por dizer que, consigo, o Barreiro não precisa de inimigos. Com amigos destes!...

Depois a questão da "paz" da "pacata cidade". Não consigo perceber porque acha que a pacatez, ou melhor, paz da pacatez (perdoe-me a cacofonia) é para si algo a enaltecer e a preservar! Palavra que não percebo! Será que pacatez é para si sinónimo de desenvolvimento? A paz que procura na pacatez é alguma espécie de voto de recolhimento?

Meu caro Senhor, se são esses os seus sentimentos, então procure o recolhimento na "paz" e na "pacatez" de uma qualquer aldeia mais ou menos exótica ou, então, se preferir, nalgum mosteiro onde ainda isso seja possível.

Lá dizia o Prof. Oliveira Salazar: "... pobres mas honrados!"

Por fim, gostaria que explicasse melhor o seguinte:

Porque razão os estudos agora apresentados por "empresários" são mais "sérios" que os anteriormente feitos para as várias localizações possíveis (Ota, Alcochete, etc.)? Não foram eles também feito por técnicos? Técnicos, à partida, tão competentes quanto os contratados agora pela CIP. Ou será que o Sr. conhece uns e outros e tem competência específica para os avaliar? Se não, então faça o favor de dar o benefício da dúvida.

Ainda quanto à questão do rigor e da qualidade técnica dos estudos. Deixe-me dizer-lhe, até porque também é a minha actividade profissional há longos anos, que qualquer estudo vale o que vale. É isso mesmo! E vale o que vale, não porque os técnicos são mais ou menos capazes; mais ou menos competentes; mais ou menos qualificados. Vale o que vale porque os técnicos fazem estudos orientados para objectivos concretos. Objectivos esses que, em regra, não são eles a determinar, mas fixados por alguém que, naturalmente pretende alcançar algum benefício, seja ele de que natureza for. Poderá não ser "politicamente correcto" dizer isto, mas é a mais pura das verdades. O resto é música agradável para embalar o "zézinho".

Portanto, meu caro Senhor, não nos deixemos embalar por contos de fadas e manifestações exacerbadas de altruísmo e de "nacional porreirismo". Como diria o ilustre Prof. João César das Neves, a verdade é que "não há almoços grátis".

A referência às "universidades de pacotilha" é, neste contexto, de manifesto mau gosto e uma mera expressão discursiva de intervenção e acção política que seria suposto o Senhor não ter na qualidade em que escreve. Portanto, façamos de conta que nem lemos e adiante! “» - Final da transcrição.

Então, caríssimos Amigos, o “assunto” merece ou não merece ser analisado, estudado e … comentado, muito atentamente ?

Como este Post é longo, que tal aproveitarem este fim de semana para, com calma, o descascarem com toda a tranquilidade ?

Fica a sugestão.

As efusivas saudações do sempre vosso Amigo,

Zé do Barreiro.

segunda-feira, novembro 05, 2007

ATÉ QUANDO EXISTIRÃO, NO BARREIRO, CASOS COMO O “BOIAGATE” E MUITOS OUTROS AINDA NÃO REVELADOS ? Apresentação de sugestão expedita à C.M.B..


Meus Amigos,

Relativamente ao nosso Post “ PARA QUANDO - E EM QUE O.C.S. - A GRANDE ( mas mesmo grande ) ENTREVISTA AO Sr, CARLOS OLIVEIRA “BOIA” ( para dar respostas às inúmeras dúvidas dos Barreirenses ) ? ”, recebemos o ultimo comentário que os Amigos poderão consultar nesse artigo e que resultou de um pequeno comentário que nós próprios postámos.

Escreveu o nosso Leitor:

«“ Constar no "cardápio" das colectividades da CMB significa tão só que alguém preencheu uma ficha com a informação e a remeteu para a Divisão de Desporto e esta juntou-a a uma lista sem verificar se de facto tem alguma actividade. Não me admiraria mesmo que atribua um subsidiozito a alguma que não tenha qualquer actividade!

Porém, como outras colectividades que lá constam, não tem qualquer actividade, não se lhe conhecem órgãos sociais, contas, etc.

Criar um clube ou associação é coisa fácil (agora, com a "associação na hora", recentemente criada pelo governo, ainda mais!). Basta fazer uns estatutos. Podem-se adaptar de uns que já existem, registam-se no notário, publicam-se no DR - III Série, e pronto! Temos clube!

Já agora vejam onde é sede:

Ginásio do Bóia
Avª da República, 52
2830-306 Barreiro
Tel. 21 207 63 02

in: http://www4.webng.com/ginasiodoboia/contactos/contactos.htm

Ele há coincidências!!! “» Fim do excerto do comentário.

Caros Amigos, salvo melhor e mais douta opinião, entendemos que este “Boiagate” já raia os contornos de escândalo.

Acreditando no que o nosso Anónimo Leitor nos informa, relativamente à eventual existência de colectividades sem qq tipo de actividade, sem Corpos Sociais, sem orçamentos, sem apresentação de Contas, entendemos ser oportuno sugerir à Câmara do Barreiro que instrua a Divisão dos Assuntos Sócio - Culturais o sentido de fazer um levantamento, actualizando TODAS as Colectividades existentes no nosso Concelho.

Será um trabalho de sapa, será sim senhor. Dará algum trabalho, dará sim senhor. Mas, de um vez por todas a Câmara saberá quais são as Colectividades que estão dentro da legalidade e aquelas que estão, actualmente, claramente ilegais.

Será certamente uma difícil decisão político-estratégica. Não o escondemos. Mas porque não, uma vez que seja, somente uma vez, existirem no Barreiro decisões com coragem política ?

Aguardamos, da parte da C.M.B., o acolhimento desta nossa sugestão.

Desejos de uma excelente semana para TODOS. Dirigentes e Associados das Colectividades do Barreiro incluídos, obviamente …

Zé do Barreiro.
 

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